segunda-feira, 18 de julho de 2011

A "operação Chalita" e a crise terminal do Serrismo no cenário nacional

 
O deputado federal Gabriel Chalita recém filiado ao PMDB depois de uma rápida passagem pelo PSB, ex vereador do PSDB paulista e quadro dirigente do movimento carismático da igreja católica (Opus Dei) junto com o padre Fábio de Melo, está sendo lançado a prefeitura da cidade de São Paulo em uma operação política que envolve uma aliança entre o vice presidente Temer e o governador Geraldo Alckmin, também membro da Opus Dei.

Seria a "vingança" política de Alckmin contra Serra pelo fato deste ter boicotado sua candidatura a prefeitura paulista em 2008. Nesta ocasião Serra, então governador de SP, decidiu apostar suas  fichas no "filhote" Kassab filiado ao DEM. Serra que tinha um projeto nacional, optou por criar um marionete por fora do ninho tucano já pensando que a luta interna do PSDB poderia lhe ser desfavorável. Com a derrota nas últimas eleições e a consolidação da hegemonia política da frente popular no cenário nacional, o prefeito  Kassab resolveu abandonar o padrinho a própria sorte, criando um novo partido filiado a base de sustentação parlamentar do governo Dilma.

O lançamento de Chalita pelo PMDB, com o apoio velado de Alckmin, deixaria Serra com a obrigação de disputar a indicação do PSDB à vaga de prefeito, correndo inclusive o risco de perder a disputa interna para Bruno covas, neto do ex governador Mario Covas. Quanto a Kassab que tenta uma coligação com o PT paulistano, ficaria a "missão inglória" de  jurar fidelidade a Serra enquanto nos bastidores da política suja burguesa já trabalha para viabilizar um nome de sua confiança a sucessão municipal, com o aval do palácio do planalto.

O ocaso da oposição Serrista corresponde a própria ascensão política da frente popular que poderá se dar ao "luxo" de apoiar três candidaturas a prefeitura paulista(PSD, PMDB e PT) e ainda por cima neutralizar o PSDB da ala Alckmin, deixando o isolado Serra afundar sozinho na oposição conservadora de direita ao atual  governo "ponte" para o retorno de Lula em 2014. O céu de "brigadeiro" da frente popular que esteve ameaçado  pelas nuvens  recentes dos escândalos ministeriais, volta a se recompor com o apoio decidido dado pelo PMDB no meio da "crise" e pela ausência absoluta da presença ofensiva do movimento de massas para combater a corrupção endêmica do estado burguês, com seus próprios métodos de ação direta.