sábado, 23 de julho de 2011

Sérgio Cabral e Eduardo Paes doam R$ 30 milhões à “amiguinha” Rede Globo

O Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014 contratou em regime de exclusividade a Geo Eventos, ligada à Rede Globo e o Grupo RBS, para “conseguir” patrocínios para a festa na qual serão sorteados os jogos das eliminatórias, uma espécie de “preliminar” da Copa. Não teve dúvidas, foi direto ao governo municipal de Eduardo Paes e estadual de Sérgio Cabral, cada um doará, a fundo perdido, R$ 15 milhões. A farra com o botim estatal está prevista para o dia 30 de julho, evidentemente com transmissão ao vivo para todo o mundo pela Rede Globo. Mas, afinal quem pagará a conta? A Fifa, as empresas fantasmas de Ricardo Teixeira, a chamada “iniciativa privada”? Não. Mais uma vez será o “caixa da viúva”, ou seja o orçamento público.

Chama a atenção é de onde partem estes “recursos” públicos: nada mais, nada menos desviando verbas destinadas à prevenção de tragédias provocadas pelas enchentes na região serrana do Rio de Janeiro, da educação (os professores do estado estão em greve há quase dois meses) e do falido sistema de saúde! Em muitas regiões do estado a população segue à míngua até hoje, esperando por estas verbas em meio aos escombros provocados pelas enchentes. Na capital fluminense, com os morros sob estado de sítio, aumenta a criminalidade, bueiros explodem, trânsito caótico... Enquanto isto, a Globo que detém para si a exclusividade dos direitos de transmissão pela TV, a verdadeira dona da festança, arrecadará milhões e encherá os bolsos da família Marinho, que devolverá a “gentileza” com o apoio às falcatruas de Cabral e sua anturragem.

Aqui fica comprovado que o megaevento da Copa do Mundo em nada beneficiará a população brasileira. Ao contrário, servirá em essência para sangrar os já combalidos (desviados) recursos públicos destinados à área social, saúde e educação. A conta, em suma, será paga pela população pobre que será removida à força do entorno das obras dos estádios, seus bens tomado por atos de desapropriações ilícitas. Para os genuínos revolucionários está colocada a tarefa de denunciar, contra a maré da opinião pública burguesa, todas as mazelas provocadas pela Copa do Mundo das empreiteiras, da Rede Globo e da máfia multinacional que é a Fifa e seus consortes.