sábado, 20 de agosto de 2011

Aplastar a ofensiva contrarrevolucionária da OTAN sobre Trípoli! Armar as milícias populares para a batalha final! Denunciar o silêncio criminoso do revisionismo como cúmplice do imperialismo!

Nos últimos dias a OTAN recrudesceu os bombardeios sobre a capital líbia, Trípoli, com o objetivo de destruir toda a infraestrutura e logística da principal cidade do país, sob o total controle das forças sociais que apóiam o regime nacionalista-burguês do coronel Muamar Kadaffi. A brutal ofensiva da OTAN, que mobilizou em menos de uma semana o deslocamento de mais de 700 caças ianques, franceses e ingleses de última geração, teria o poder de aniquilar uma superpotência militar como a Rússia, por exemplo. A decisão de “barbarizar” a população civil líbia, tomada pelos EUA (que, de fato, controla a OTAN) teve como base as seguidas derrotas políticas e militares dos chamados “rebeldes” no terreno da guerra civil em curso. O assassinato do principal comandante militar do “Conselho Nacional de Transição (CNT)”, general Yunes, por uma feroz disputa intestina no CNT, acionou o sinal vermelho dos piratas imperialistas da OTAN de que os “rebeldes” estavam a um passo da liquidação de sua “aventura” reacionária. Sem o colossal suporte bélico aéreo fornecido pela OTAN, as tropas mercenárias monarquistas, sem o menor apoio nas massas líbias, não ofereceram a menor possibilidade de triunfarem sobre o exército nacional, representante, ainda que deformadamente, das conquistas históricas da “revolução dos coronéis”, ocorrida no início da década de 70. A fenomenal resistência do atual regime, enfrentando quase seis meses do maior bombardeio já presenciado em toda a história da humanidade, superando inclusive os ataques sofridos pela URSS na Segunda Guerra Mundial, só se explicam pela enorme disposição do proletariado líbio em defender com o próprio sangue suas conquistas diante dos saqueadores imperialistas.

Se restava alguma dúvida acerca do caráter político neofascista dos “rebeldes”, agora a máscara caiu completamente diante das comemorações que esta escória mercenária realiza a cada covarde bombardeio da OTAN contra os alvos civis e da infraestrutura nacional. A marcha contrarrevolucionária destes “rebeldes” em direção a Trípoli é marcada por um rastro de sangue deixado por cada ataque das centenas de modernos caças da OTAN. Neste sentido, estes agentes colaboracionistas, tal qual o regime de Vichi na França ocupada pelos nazistas, dirigem suas atenções para as refinarias e campos petrolíferos da Líbia na intenção de amealhar milhões de dólares na venda do óleo junto ao mercado comprador de Rotterdam.

Não menos criminoso do que a ação dos “rebeldes” mercenários à soldo da OTAN, é o atual silêncio cínico do centro revisionista mundial (LIT, PTS, PO, CMI, SU etc...) no momento em que o imperialismo despeja milhares de toneladas de bombas sobre uma nação oprimida, com o claro objetivo de pilhagem de seus recursos materiais e naturais. Esta verdadeira confraria revisionista foi a mesma que saudou em uníssono a destruição contrarrevolucionaria da URSS, classificada por estes elementos antimarxistas como o “cárcere dos povos”. Agora torcem freneticamente pelos sucessos dos “rebeldes” líbios, mesmo que para isso tenham que ser coniventes politicamente com o brutal massacre perpetrado pela OTAN ao povo líbio. Esta “central” do antileninismo, que desconhece completamente as lições do líder bolchevique que afirmou que “o imperialismo é o pior inimigo dos povos”, deve ser colocada no mesmo balaio da contrarrevolução mundial junto com seus novos “amigos” pró-imperialistas do famigerado CNT.

Para aplastar definitivamente a ofensiva imperial e seus cúmplices “internos e externos” é necessário armar as milícias populares para triunfarem na batalha final que se delineia no horizonte da guerra civil. Esta é a tarefa imediata que se coloca para o regime de Kadaffi, no qual os revolucionários estabelecem uma frente única militar, sem depositar nenhum apoio político incondicional em suas ações ou medidas estatais. Para os genuínos trotskistas a construção do Partido Operário Revolucionário se impõe como uma necessidade histórica e imediata, confluindo politicamente com a necessidade da mais ampla unidade de ação para derrotar o imperialismo.