quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Sirte, que não se rende, é cercada e bombardeada criminosamente pela OTAN há quase um mês: e os canalhas da LIT ainda falam em “revolução dos rebeldes” como vitória popular!

A população da cidade líbia de Sirte enfrenta heroicamente há quase um mês os covardes e criminosos bombardeios da OTAN, além de um cerco por terra que cortou o fornecimento de água potável, alimentos e energia. Como já havíamos noticiado antes, a resistência nacional à ocupação imperialista da Líbia continua viva e combate bravamente em condições completamente desproporcionais às poderosas forças militares da OTAN. Nesta quarta-feira (14/09) o coronel Kadaffi, que ao contrário das manchetes da mídia “murdochiana” não fugiu do país, fez um apelo a comunidade internacional “humanitária” para que cessem os bombardeios contra a população civil, a mesma que a ONU “jurou” defender.

Segundo o porta-voz de Kadaffi, Moussa Ibrahim, o caudilho nacionalista burguês ainda está na Líbia e animado, com um exército poderoso por trás dele. “O líder está com boa saúde, moral elevada. Claro que ele está na Líbia”, disse Ibrahim por meio de uma linha de telefone via satélite: “A luta está mais longe de terminar do que o mundo possa imaginar. Ainda estamos muito poderosos, nosso exército ainda é poderoso. Temos grandes áreas na Líbia sob nosso controle, estamos reunindo nossas forças”. O governo títere do CNT recém fez sua primeira aparição pública em Trípoli, para uma pequena audiência de cerca de cinco mil pessoas, contrastando com as imagens fabricadas pela CNN, na Praça Verde onde milhares apareciam festejando a chegada dos “rebeldes” em Trípoli. A verdade é que o suposto apoio de “massas” dos monarquistas “rebeldes” não passa de uma ficção veiculada pela Casa Branca com o suporte dos “barões” da mídia capitalista mundial. A guerra civil está em pleno curso e a rapina imperial sobre um país semicolonial ainda não pode comemorar seu “triunfo popular”.

A integração da esquerda revisionista ao campo imperialista desta vez deu um salto de qualidade. Se na derrubada contrarrevolucionária da URSS ficaram no campo político dos EUA, agora na guerra de ocupação a Líbia além de postaram-se no campo político ianque, estacionaram de malas e bagagens no campo militar da própria OTAN, ao ponto de festejarem os bombardeios de seus caças em apoio à investida dos “rebeldes” como uma “revolução”! Correntes revisionistas como a LIT, UIT e SU, desta vez conseguiram enlamear completamente o nome do Trotskismo, a ponto de serem enxovalhadas por stalinistas do PCB e PCdoB, mestres da colaboração de classes. Afirmam os stalinistas: “O PSTU nos acusa de apoiar o governo burguês de Dilma, mas muito pior é apoiar a OTAN e os rebeldes queridinhos de Obama”. O silêncio destes revisionistas diante dos bombardeios diários da OTAN sobre Sirte é a prova cabal de sua cumplicidade com o imperialismo, cabe aos militantes honestos que ainda restam no interior destas correntes, exigirem uma retificação imediata desta política que macula o verdadeiro legado do Trotskismo.