terça-feira, 29 de novembro de 2011


HOJE, 29, AS 17 HORAS NA CINELÂNDIA (RJ)
Venha participar do Ato de solidariedade aos povos que estão enfrentando os mercenários sionistas e as ameaças de guerra!
DIGA NÃO À GUERRA CONTRA OS POVOS DA SÍRIA, DO LÍBANO, DO IRÃ e DA PALESTINA.
TODO APOIO À RESISTÊNCIA NACIONAL LÍBIA!

A esquerda revisionista pró-OTAN pretende transformar a Síria em uma nova Líbia!

Está se cumprindo contra a Síria o mesmo script político montado pelo imperialismo ianque contra a Líbia. A Liga Árabe acaba de adotar sanções mais duras contra o regime da oligarquia Assad exatamente porque este não aceitou o envio da sua missão de “observadores”, na verdade espiões escalados para montar uma provocação contra o país. Toda essa operação de servilismo tem como objetivo debilitar ainda mais o regime sírio, ao mesmo tempo em que os lacaios dos EUA na região apóiam internamente a oposição conservadora agrupada no “Conselho Nacional Sírio”, cópia do CNT líbio, usando como pretexto a defesa dos “direitos humanos”. Em meio a esta ofensiva neocolonialista imunda, cujo alvo principal é o Irã, os mesmos grupos de “esquerda” que saudaram como revolucionários os “rebeldes” pró-OTAN na Líbia agora saem a apoiar a derrubada do regime sírio (também considerado pelos revisionistas uma “ditadura sangrenta”) por via dessas forças reacionárias patrocinadas pelas potências capitalistas, a Arábia Saudita e Israel veiculando a farsa de que está em curso uma “revolução” no Oriente Médio.


A LOI-DO argentina, uma variante mais extremada do morenismo tipo LIT, brada furiosamente “Abaixo o regime assassino de Bachar Assad!” e vende as “manifestações” made in CIA armadas na Síria como ações revolucionárias, afirmando textualmente que “Os explorados se predispõem ao combate e as massas na Síria ameaçam transformar o país em uma ‘nova Líbia’” (Sítio DO). Desta forma calhorda, estes trânsfugas do trotsquismo ajudam a montar o mesmo cenário fantasioso de uma “brutal repressão contra as massas” para o imperialismo fazer da Síria uma “nova” Líbia servil aos interesses das corporações transnacionais! Com o cinismo mais descarado, apoiam uma frente política com os agentes do imperialismo e de Israel na Síria em nome de “derrubar o governo assassino”, dando uma cobertura de “esquerda” à transição democrática conservadora desatada pela Casa Branca na região. Soa como patético a esquerda revisionista apresentar as ações das arquirreacionárias tribos sírias como mobilizações espontâneas por “democracia”. O Mossad e a Arábia Saudita têm apoiado grupos islâmicos Salafi, os quais se tornaram ativos no Sul da Síria no início do movimento de protesto em Daraa em meados de março. Já o governo turco do primeiro-ministro Recep Tayyib está apoiando grupos de oposição sírios no exílio e ao mesmo tempo também “rebeldes” armados da Fraternidade Muçulmana no Norte da Síria. A Fraternidade Muçulmana síria, cuja liderança encontra-se exilada no Reino Unido está por trás dos protestos, tendo apoiado o M16 britânico. Vale lembrar que esta aliança está baseada em um tratado de cooperação militar entre a OTAN, Israel e a Turquia justamente para se contrapor às ameaças por parte da Síria, Irã e Hezbollah.

O ramo central da LIT clama para que o imperialismo seja ainda mais duro em suas medidas contra a Síria. Em sua “denúncia” de por que Obama e a OTAN supostamente estariam protelando um ataque militar a Síria, o PSTU cinicamente alega que “o imperialismo ainda sustenta Al Assad” e declara: “Diferente do que ocorreu com Kadafi, os governos imperialistas continuam sustentando-o acreditando, mesmo com muitas dúvidas, que Assad ainda possa controlar o levante contra seu governo. Consideram-no o guardião da ordem e da estabilidade regional. Os EUA e Israel temem que o regime sírio caia, pois seu maior medo é a ‘desestabilização’ de toda região. Isto é, o avanço da revolução árabe”(Sítio do PSTU). Desta forma, esses falsários pró-OTAN chegam ao delírio de afirmar que o governo nazi-sionista de Israel sustenta o regime de Assad para deter o avanço da “revolução árabe”, justamente quando o Mossad financia os “revoltosos” para debilitar a oligarquia síria devido a seu apoio militar ao Hezbollah, visando substituí-la por um marionete aliado e submisso integralmente a seus ditames! O PSTU cinicamente ainda lamenta a suposta timidez das grandes potências capitalistas no tratamento ao governo sírio, reclamando “em que pese algumas declarações formais contra a violenta repressão, a ONU e os países imperialistas, especialmente os EUA, silenciam diante deste verdadeiro ‘banho de sangue’” (sítio PSTU). Para a LIT, não basta condenações formais, pressões diplomáticas e sanções econômicas que geram terríveis consequências ao povo sírio, é preciso agir, ou seja, intervir já militarmente “contra a ditadura Assad”, assim como fizeram a ONU e a OTAN na Líbia.

Nesta lógica revisionista caberia ao Brasil romper relações comerciais e diplomáticas para isolar ainda mais o regime sírio, a fim de melhor sufocá-lo para facilitar a tarefa dos grupos tribais arquirreacionários financiados por Israel e a Arábia Saudita, aliados carnais dos EUA na região. Com essa “receita” que mais parece um golpe contrarrevolucionário tramado nos gabinetes do Pentágono teremos, segundo os morenistas da LIT, mais uma “revolução democrática” no Oriente Médio.

Em oposição à farsesca “revolução árabe” difundida pela esquerda pró-OTAN, é evidente que os EUA estão concentrando sua ofensiva “diplomática” neste momento contra a Síria, mas seu alvo belicoso principal está mesmo focado no Irã. Porém, para ter sucesso em sua investida contra o regime dos Aiatolás, depende da neutralização dos adversários militares de Israel em toda região, como Assad. Colocando o governo burguês de Assad na defensiva, sob o pretexto da violação dos direitos humanos contra uma oposição nazi-sionista, o imperialismo ianque e seus “sócios” buscam isolar o Irã de possíveis aliados, em sua próxima aventura guerreirista! Está colocado frente a escalada política e militar do imperialismo em apoio aos “rebeldes” made in CIA na Síria, assim como fez na Líbia, combater para que a luta dos povos do Oriente Médio não sirva para o imperialismo debilitar os regimes que têm fricções com a Casa Branca (Irã e Síria), ou mesmo como cínico pretexto para justificar intervenções militares “humanitárias” como a que ocorreu na Líbia. Cabe aos marxistas leninistas na trincheira da luta contra o imperialismo e pelas reivindicações imediatas e históricas das massas árabes, postarem-se em frente única com os governos das nações atacados ou ameaçados pelas tropas da OTAN e combater os planos de agressão das potências capitalistas sobre os países semicoloniais da região, desmascarando vigorosamente aqueles que se fingindo de “esquerda” avalizam a sanha neocolonialista de Obama e seus sócios.