quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Na “dança das cadeiras” da democracia dos ricos, PSOL perde vaga no Senado para Jader “Barbada”

O STF, com atraso de quase um ano, acaba de deferir a posse do ex-governador do Pará Jader Barbalho em sua vaga no Senado da República. Com a entrada de Jader, ocupando a segunda cadeira do estado do Pará no Senado, perde um assento na casa o PSOL que ocupou a vaga por quase um ano. A atual ex-senadora Marinor Brito foi a quarta mais votada no Pará, mas acabou assumindo o posto em função da impossibilidade de Jader (PMDB) e Paulo Rocha (PT), respectivamente segundo e terceiro mais votados, poderem tomar posse em virtude da chamada lei da “ficha limpa”. Revoltada, Marinor definiu assim a sentença da mais alta corte do país: “Não será uma decisão antipopular e reacionária do STF que nos afastará da luta pela ética na política”. O estranho é que meses atrás a “indignada” Marinor pensava justamente o contrário: “Confio plenamente na correção absoluta da mais alta justiça do meu país”. Para um partido como o PSOL, que se diz defender a “democracia radical”, soa meio esquisito querer “tungar” uma vaga no Senado através de uma candidata que ficou em quarto lugar na “preferência do voto popular”. Mas a verdade é que Marinor desfrutou por quase um ano de todos os privilégios da “casa” dos oligarcas mais corruptos da nação e agora “chora” por ter que lagar a “boquinha”. Jader “Barbada” como é conhecido por sua “nobre reputação” de articulador de negociatas estatais, sem dúvida alguma representará melhor as empreiteiras no Senado, mas a permanência de Marinor nesta “casa” tampouco acrescentaria alguma mudança na vida do povo pobre e trabalhador do Pará.

Agora o PSOL fica exclusivamente representado no Senado pelo “Sarneysista” Randolfe Rodrigues, eleito pelo estado do Amapá com o apoio de seu padrinho político. Como se pode aferir, o “impoluto” PSOL não está muito preocupado com a “ética” na política quando a questão está relacionada com defender seus postos no Parlamento burguês, neste caso impera a regra do “vale tudo” para os revisionistas envergonhados. O recente congresso do PSOL, que elegeu o deputado federal Ivan, o “terrível oportunista”, como presidente do partido, definiu cristalinamente a nova “abrangência” policlassista de sua política de alianças eleitorais. Nas palavras de seu novo presidente: “O PSOL tem vocação de poder”, faltou complementar, o “poder” de continuar praticando o cretinismo parlamentar mais rasteiro!

Já o parceiro do PSOL na “oposição de esquerda”, o PSTU, finge que nada ocorre no “bloco dos revisionistas” e continua insistindo na mesma política de aliança, denominada cinicamente de “frente classista”. Na realidade, tanto o PSOL como o PSTU comungam da mesma estratégia programática, da democracia burguesa como um “valor universal”, estabelecendo o corrompido Parlamento como o “santuário” da política oportunista que praticam. A classe operária enquanto mantiver ilusões em direções políticas do calibre do PSOL e seus “parceiros”, estará muito distante da estratégia da revolução proletária e da ditadura do proletariado, consideradas por estes “doutos senhores” adeptos da “modernidade” capitalista como verdadeiras peças do museu bolchevique.