quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Ato na Praça da Sé em solidariedade aos moradores do Pinheirinho: Alckmin, o rato fascista covarde, foge e Kassab é alvo de “ovos e pedras”

Ocorreu nesta quarta-feira, 25/01, em São Paulo, um ato contra a desocupação policial do Pinheirinho. Mais de 3 mil ativistas compareceram ao protesto realizado durante a missa que comemorou os 458 anos da capital paulista. Estiveram presentes diversas correntes políticas, como LBI, PCB, PCO, PSTU, LER, PSOL, TPOR, além de representantes da Conlutas e da CUT. O PCdoB, que compõe a administração municipal paulista não deu o ar da graça e poucos militantes petistas apareceram.

Alckmin, que ordenou a ação do batalhão de choque da PM em São José dos Campos, agiu como um rato fascista covarde e não compareceu à celebração temendo as manifestações populares. Em sua ausência, Kassab, o odiado prefeito que montou a operação de cerco policial à “cracolândia”, acabou sendo o alvo principal dos protestos. Mesmo com a coordenação da manifestação tentando desmontar a própria atividade para que não houvesse confronto, alegando que se tratava de uma manifestação pacífica, centenas de ativistas cercaram o carro do prefeito e o impediram de sair temporariamente da Igreja, jogando ovos na comitiva governamental. Mais uma vez, a PM atacou brutalmente os manifestantes, deixando vários feridos, permitindo que o filhote de Hitler saísse em fuga para a prefeitura, onde iria entregar uma medalha para... Dilma Rousseff! Na cerimônia, a presidente petista elogiou Kassab e sua “capacidade para agregar” demonstrando seu apoio ao prefeito do PSD, alvo dos protestos.


 Porta-voz da LBI intervêm na caminhada da Sé até a prefeitura de SP

A LBI participou  na atividade, distribuindo milhares de panfletos e utilizando o carro de  som no trajeto entre a Praça da Sé e a Prefeitura, o seu dirigente nacional, Marco Queiroz interveio  em solidariedade aos moradores do Pinheirinho. O porta-voz da LBI alertou que o movimento deveria abstrair as lições da derrota ocorrida em São José dos Campos. Como pontuou o companheiro, a ausência de uma greve em apoio ao Pinheirinho por parte dos operários da região, além  da falta do armamento popular e da construção de comitês de autodefesa acabou por minar a resistência inicial montada pelos próprios moradores. Nesse sentido, como denunciou Marco Queiroz, o PSTU, devido a sua política de pacifismo pequeno-burguês, acabou por não organizar uma verdadeira resistência popular contra a ação policial, patrocinando ilusões na justiça burguesa e no próprio governo federal. A prova da falência desta política é que no próprio ato ocorrido hoje (25/01) o eixo do PSTU, inclusive com faixas, era “Dilma: desaproprie o terreno do Pinheirinho”, jogando claramente todas as fichas na pressão sobre a frente popular e não apostando na luta direta para impor essa medida. Desta forma, não está descartado que o próprio Pinheirinho seja “desapropriado” pelo governo federal pagando uma milionária indenização a Naji Nahas, já que o terreno agora murado e terraplanado, está muito mais valorizado para a especulação imobiliária.

É preciso organizar  seriamente a reocupação do terreno para impor através da luta direta a sua expropriação sem indenização! Para preparar essa ofensiva é necessária uma decisiva ação do movimento de massas em apoio aos moradores do Pinheirinho, sem nenhuma ilusão na justiça burguesa e no governo petista, nossos inimigos de classe. Para tanto, mais do que nunca está na ordem do dia a convocação pela Conlutas de uma greve geral de solidariedade em toda a região e do armamento dos moradores que devem se organizar em comitês de autodefesa para retomar a área e defender seu legítimo direito a moradia!