sexta-feira, 27 de janeiro de 2012


Lula recebe o fascista Alckmin para felicitá-lo pela barbárie no Pinheirinho

Nesta sexta-feira, 27/01, o ex-presidente Lula recebeu no Hospital Sírio Libanês o rato fascista governador de São Paulo Geraldo Alckmin, do PSDB. O encontro ocorreu poucos dias após o “filhote” de Hitler paulista comandar o bárbaro ataque de seus cães de guarda, a PM assassina, sobre os moradores do Pinheirinho em São José dos Campos. O trágico saldo desta operação de guerra contra os pobres foram vários moradores feridos, presos, desaparecidos e denúncia de haver mortos. Cerca de seis mil pessoas não têm para onde ir, estão amontoadas em “campos de concentração” em condições subumanas.

A foto de Lula abraçado com Alckmin está estampada nas agências noticiosas “murdochianas” de todo o país, em uma demonstração de que o petista avalizou a ação do tucano, tanto que até agora Lula não deu nenhuma declaração condenando a operação militar. Mais grave ainda, a própria equipe de marketing político de Lula tratou de divulgar a foto mostrando que o PT está “em paz” com o sanguinário fascista. Esta conduta política revela que o PT é cúmplice da criminosa ação do governo paulista e da mafiosa “justiça” estadual. Lula não se solidarizou com os moradores do Pinheirinho, vítimas indefesas de uma autêntica operação de guerra contra os pobres comandada por Alckmin, mas, sem nenhuma vergonha, apertou as mãos sujas de sangue do governador tucano, felicitando-o pela barbárie.

Dilma Rousseff também não ficou atrás. Tratou de “absolver” o facínora Alckmin, afirmando durante o Fórum Social Temático em Porto Alegre que “o país é uma federação e que o caso estava sob responsabilidade de um estado e do judiciário, o que limita a atuação do governo federal” (Agora, 27/1). A postura “administrativa” e “tecnocrata” da presidente colocam-na na verdade em defesa de Alckmin e da venal “justiça” burguesa, ao alegar que não interferiria no caso. No entanto, para seus bajuladores da “esquerda” chapa branca (PT, PCdoB), Dilma teria criticado em segredo absoluto, dentro de quatro paredes, durante o Fórum Social de Porto Alegre, a ordem do governo tucano em atiçar seus cães de guarda contra o Pinheirinho como sendo uma “barbárie”. A divulgação “em off” de tais comentários fazem parte da artimanhas da frente popular para manter seu controle sobre o movimento de massas enquanto, de fato em público avaliza a ação do tucanato, como fez Lula.

A esquerda “chapa branca” que tanto brada contra a mídia “murdochiana” utilizou-se dela para “publicitar” o truculento Alckmin. Logo os monopólios de TV e os pastelões prontamente retiraram o Pinheirinho de sua pauta em troca da tragédia do desabamento de três prédios no centro do Rio de Janeiro. Em suma, Lula e o PT trataram de varrer toda a sujeira para baixo do tapete e lavar o sangue das mãos de Alckmin, no máximo desgastando o PSDB para a disputa eleitoral de 2012. A operação de guerra no Pinheirinho não foi “apenas” uma negociata em torno da especulação imobiliária, como apresenta o conjunto da oposição de esquerda (PSTU, PSOL), ela expõe uma posição da classe dominante em um período de profunda reação ideológica: a burguesia hoje em dia não cede a qualquer reivindicação por parte dos explorados, impondo uma verdadeira guerra civil contra a classe trabalhadora, com a cumplicidade da frente popular. A foto de Lula abraçado com Alckmin diz tudo!

É preciso abstrair como lição que a truculência da polícia no Pinheirinho é mais uma brutal expressão da etapa de ofensiva sobre o proletariado em todo o mundo por parte do imperialismo. A gestão da frente popular no Palácio do Planalto é parte integrante desta ofensiva com sua política de colaboração de classes, que impõe o engessamento do movimento operário e abre caminho para o fascismo!