segunda-feira, 12 de novembro de 2012


Enclave terrorista de Israel ataca a Síria após 40 anos da rapina de Golã. Enquanto isto, no Brasil, PSTU promove jornada de debates com militante “rebelde” pró-sionista!
O exército nazi-sionista disparou vários mísseis contra a Síria neste final de semana logo depois que tropas do governo de Bashar Al Assad atacaram os mercenários “rebeldes” entrincheirados em áreas próximas das Colinas de Golã, território originalmente sírio rapinado por Israel na Guerra dos Seis Dias em 1967. Pela primeira vez em quase 40 anos, desde a Guerra do Yom Kipur, em 1973, Israel lançou mísseis antitanques, o altamente destrutivo modelo Tamuz, contra solo sírio. O ataque foi seguido de uma ameaça por parte do ministro de Defesa israelense, Ehud Barak: “Eu espero que isto não continue, e que os rebeldes vençam na Síria, que Assad caia e que, finalmente, uma nova etapa na vida da Síria comece” (Reuters, 09/11). As palavras e os atos de Israel mostram claramente o apoio da máquina de guerra sionista aos “rebeldes” pró-imperialistas, colocando os revisionistas do trotskismo, como a LIT, no mesmo campo político e militar dos carniceiros nazi-sionistas Netanyahu e Ehud Barak! Não por acaso, enquanto Israel ataca a Síria, o PSTU promove no Brasil uma “jornada de debates” com a militante “rebelde” pró-sionista Sara Al Suri, que defende junto com Israel e os (muy) “amigos da Síria” patrocinados pela víbora madame Clinton, a queda da “ditadura sanguinária” de Bashar Al Assad!

O ataque de Israel ocorreu justamente quando o exército sírio estava retomando as cidades de Kuneitra e Bir Adjam, a poucos quilômetros da fronteira imposta pela ocupação israelense, e não por acaso, controladas atualmente pelos “rebeldes”, próximas da chamada “zona desmilitarizada” estabelecida pela ONU em 1974 em apoio à rapina sionista. O exército sionista enviou uma queixa formal às Forças Observadoras de Separação da ONU (UNDOF), afirmando que “o fogo que chega a Israel a partir da Síria não vai ser tolerado e poderá ser respondido com severidade”, buscando assim reforçar a necessidade de uma futura intervenção militar aprovada pela ONU e operada pela OTAN. Paralelamente, os militares sionistas dispararam o míssil Tamuz, teleguiado, alvejando uma área síria. Como se vê, trata-se de uma ofensiva orquestrada em apoio aos “rebeldes” por parte de Israel e da ONU, os mesmos mercenários que contam com o apoio entusiasta dos revisionistas da LIT. Tanto que o vídeo da “rebelde” trazida pelo PSTU ao Brasil mostra claramente que esta repete à exaustão mesma cantilena montada pela mídia murdochiana contra o governo sírio, acusando-o de bárbaras torturas contra seu próprio povo, enquanto não faz uma única crítica a Israel, a verdadeira cabeça de ponte do imperialismo na região, responsável pelo massacre dos palestinos como em Sabra e Chatila, já que o ELS recebe armas e munições do enclave sionista e informações do Mossad.
Estamos vendo a verdadeira aliança entre o PSTU e o enclave sionista, tanto que no artigo “Quem defende Assad?” (09/11), a LIT ataca violentamente o Hezbollah ao dizer que "No Líbano, o Hezbollah, que ganhou um grande prestígio por haver infligido uma derrota militar e política a Israel em 2006, agora sai em defesa de Assad". O que Israel deseja (e a LIT também!) é o fim do regime Assad e a ascensão de um governo títere das potências capitalistas aberto aos investimentos imperialistas (principalmente no setor de gás e minerais), que encerre a querela militar com o gendarme sionista. Isto significaria reconhecer a invasão israelense das Colinas de Golã como um fato histórico irreversível e abrir mão definitivamente da influência política síria sobre o Líbano. A anulação da Síria como “potência” militar regional, pela via da ascensão de um novo governo neoliberal, manietado diretamente pelos centros imperialistas, deixaria completamente isolados a Palestina e o Irã, parada final da ofensiva imperial sobre os povos árabes, ironicamente batizada pela Casa Branca e os revisionistas de “revolução árabe”.

Em oposição à política vergonhosa da canalha revisionista sob o comando da LIT defendemos incondicionalmente o direito da Síria a utilizar todos seus recursos militares (convencionais ou não) contra a agressão imperialista à soberania de seu território e responder imediatamente os ataques sionistas, chamando a solidariedade internacional dos povos do Oriente Médio a luta contra o enclave de Israel. Denunciamos vigorosamente a demagogia “humanitária” dos carniceiros sionistas, como Netanyahu e Ehud Barak e seus novos “companheiros” da esquerda revisionista, que possuindo o maior arsenal atômico clandestino do planeta, “gritam” como hienas assassinas contra as armas da Síria, país que não se ajoelhou diante dos amos imperiais. Tendo total independência diante do regime burguês de Assad, pois sabemos que os governos burgueses “nacionalistas”, como o da Síria, são impotentes em enfrentar consequentemente as potências capitalistas por suas próprias características de classe, os marxistas revolucionários tem como centro programático o combate mortal ao imperialismo, postando-se sem vacilações na trincheira oposta a do pior inimigo dos povos e pela destruição de seu enclave assassino no Oriente Médio!