segunda-feira, 9 de setembro de 2013


Apesar do esforço do PIG e seu “ANONYMOUS” acaba em fiasco “o maior protesto da história”, enquanto recrudesce a repressão dos governos a esquerda anticapitalista!

Acabou em fiasco a tentativa golpista da famiglia Marinho e seu “ANONYOMOUS”, que esperavam levar milhões de pessoas às ruas neste último 7 de Setembro para desmoralizar o governo Dilma. Com uma pauta reacionária, a convocatória cuidadosamente preparada nas redes sociais pretendia falsamente dar continuidade às “jornadas de junho”, ou pelo menos em sua etapa mais direitista hegemonizada pelas hordas fascistas. Era muito grande a expectativa do PIG em promover o que chamaram de “O maior protesto da história do país”. Nas páginas da mídia “Murdochiana” contabilizaram minuciosamente as cidades que já teriam confirmado a enorme adesão a panaceia patrioteira, focada centralmente na defesa da prisão aos “mensaleiros” petistas e exigindo a renúncia da presidenta Dilma. Às vésperas do “dia da pátria” circularam manifestos assinados por uma centena de altos comandantes das Forças Armadas conclamando a uma intervenção militar contra a “corrupção no governo”, nesta linha foram confeccionadas milhares de faixas a serem levadas para os desfiles militares com este mesmo eixo, mas o que se presenciou foram meia dúzia de cartazes pedindo a volta dos milicos. Durante toda a programação do sábado (07/09) a Rede Globo em flashes ao vivo tentava “animar” os ouvintes com relatos de conflitos entre manifestantes e a PM, em particular na Capital Federal onde se frustraram com a inexistência de tentativas de invasão do Palácio do Planalto ou mesmo do Congresso Nacional. Restou a Globo dar o máximo de cobertura aos confrontos no entorno do estádio Mané Garrincha onde acontecia o jogo da seleção brasileira. Em São Paulo a direita agrupada no vão do MASP era nitidamente minoria em relação à concentração dos Black Blocs, reunidos no outro lado da Av. Paulista. Como não contava com nenhuma multidão fascista para “orientar”, a grande mídia passou a dar destaque aos movimentos anticapitalistas, que mesmo reduzidos cruzaram todo pais. Intencionalmente o PIG passou a colocar no mesmo “balaio” os Black Blocs e o “ANONYMOUS”, como se ambos tivessem os mesmos objetivos políticos. Desgraçadamente a esquerda reformista também ajudou o PIG a disseminar esta “confusão”, enquanto os revisionistas do PSTU mostravam simpatia pelo movimento mais à direita, na Av. Paulista chegaram a seguir a rota do “ANONYMOUS” após a separação com os Black Blocs.

Mas se era interessante para o PIG, diante da falência política do inexistente “movimento de massas” fascista, noticiar com destaque os confrontos com os Black Blocs, também era “dever de classe” legitimar a violenta repressão policial contra o movimento genuinamente anticapitalista. A pressão pela condenação social aos “mascarados” foi tanta que fez até com que Caetano Veloso (ex-tiete de FHC e atual simpatizante do PSOL), que na véspera postou sua foto com o rosto coberto, declarasse que não era anticapitalista e que não teria autorizado a “Mídia Ninja” a publicar sua imagem! Também se revelou que outra foto “mascarada” de Chico Buarque, na verdade foi tirada em 2007 em Praga e nada tinha a ver com a defesa dos Black Blocs. A brutal repressão jurídica e militar que se abateu aos ativistas da esquerda, que legitimamente denunciam o caráter burguês do governo da Frente Popular, tem produzido um verdadeiro estado de “exceção” em alguns estados do país (notadamente o Rio), em muito foi ampliada com o espetáculo midiático do julgamento do chamado “mensalão” pelos falsos vestais reacionários do STF. Neste momento todo movimento social que ouse ultrapassar os estreitos limites da democracia dos ricos logo é criminalizado e classificado como “formação de quadrilha”, seguindo a mesma linha política da Corte Suprema.

O vexame do “ANONYMOUS” neste 7 de setembro foi a consequência natural da própria derrota do PIG em tentar manipular as “jornadas de junho” para o campo da oposição conservadora. Mesmo estando muito longe poder de ser caracterizada como um “fenômeno revolucionário” que “mudou o país”, as “Jornadas” encerraram num impasse entre a combatividade inicial do movimento e a ausência de uma perspectiva classista. Como o governo Dilma vem contornando a crise econômica mundial, o país continua apresentando índices positivamente medíocres, que garantem à Frente Popular uma relativa estabilidade política e sustentação entre as classes dominantes. Enquanto o nível do desemprego continuar “sob controle” e a bolha de crédito permanecer inflada (sem falar no constante aumento da poupança interna) será muito difícil “detonar” multitudinárias mobilizações que tenham como eixo o “Fora Dilma”. Como ainda não existe no país uma alternativa revolucionária de poder dos trabalhadores, o “Fora Dilma” empunhado pelos revisionistas de esquerda significa “Avante a direita no governo”, talvez seja por isso mesmo que o PSOL e PSTU flertam com a candidatura de Marina Silva!

Os Marxistas Leninistas devem estar na linha de frente na construção de uma oposição operária a Frente Popular, a LBI foi a primeira organização de esquerda a declarar-se como oposição revolucionária ao governo Lula ainda no início de 2003, mas de forma alguma esta posição pode ser “negociada” com o estabelecimento de alianças pontuais com a oposição Demo-Tucana ou configuração ainda pior, é o caso do REDE. A intransigente defesa de todo militante ou agrupamento do movimento social, diante da violência estatal capitalista, é um princípio pétreo dos comunistas e não pode ser confundida com o abono programático de todas as suas ações ou plataforma política. Diante do monopólio da violência militar pelo Estado burguês, os marxistas opõem a violência revolucionária das massas! Esta é a única senda para educar os melhores destacamentos da classe operária no sentido da necessidade da instauração da Ditadura do Proletariado em completa oposição à feroz ditadura de classe do capital.