domingo, 29 de setembro de 2013

 
PM reprime professores que ocupavam Câmara Municipal do Rio de Janeiro: Todo apoio a greve dos trabalhadores em Educação! Fora Cabral e Paes! Liberdade imediata para os presos políticos!
No final da noite deste sábado, 28 de setembro, por volta das 21h, o Batalhão de Choque da PM invadiu a Câmara Municipal do Rio de Janeiro e desalojou a força cerca de 200 professores em greve que ocupavam o plenário como forma de protesto contra os ataques promovidos pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB). Três professores foram presos e cinco ficaram feridos. A PM do odiado Sérgio “Caveirão” arrombou uma porta lateral da Câmara Municipal e recorrendo a extrema violência expulsou os manifestantes. Foram usadas armas de choque. Do lado de fora da Câmara, trabalhadores que apoiavam os professores e funcionários da ocupação (a maioria formada por mulheres), foram atingidos por bombas de efeito moral, bombas de gás, gás de pimenta e cassetetes. Para marcar o repúdio contra os ataques dos governos Paes, Cabral e contra a violência da PM assassina, os professores da rede municipal de educação promoverão neste domingo, 29, um protesto na porta da Câmara de Vereadores. O ato está previsto para ter início às 10h, bem em frente à entrada lateral do prédio, onde parte da categoria se encontra acampada desde quinta-feira.


Até o momento os professores que foram presos durante a violenta desocupação da Câmara de Vereadores, promovida pela Polícia Militar do governador Sérgio Cabral, ainda continuavam detidos. Os professores foram levados para a delegacia sob a alegação dos policiais militares de terem resistido no processo violento de desocupação da Câmara, quando a PM usou força contra homens e mulheres que participavam da ocupação. Relatos de manifestantes que foram retirados do interior do prédio mostram que os policiais, além de arrastarem os ocupantes, utilizaram armas de choque para imobilizar vários deles. Um dos professores que teria “resistido” foi levado desmaiado para a delegacia. Os professores da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro entraram em greve no dia 8 de agosto e, após assembleia realizada nesta sexta-feira (27), na Cinelândia, ao lado da Câmara Municipal, decidiram pela manutenção da paralisação e pela continuidade da ocupação do plenário: Segundo o SEPE-RJ: “Entramos em greve no dia 8 de agosto por uma educação pública de qualidade. Temos uma pauta enorme que o governo nem sequer discutiu. A proposta enviada à Câmara prejudica a carreira de todos os profissionais da educação. Queremos a retirada desse projeto de plano de cargo do prefeito”.

Como estamos vendo, está em curso uma escalada repressiva no Rio de Janeiro contra as manifestações populares. O alvo inicial da sanha fascistizante desatada pelo governador Sérgio “Caveirão”, sua polícia assassina, a mídia “murdochiana” tendo a frente a Rede Globo e a justiça burguesa primeiro foram os “Black Blocs” e agora se volta contra o conjunto dos movimentos sociais. As recentes prisões de manifestantes mascarados, o monitoramento das páginas do “grupo” na internet e a acusação de formação de quadrilha, inclusive imputando-lhes o uso de armas e patrocínio de pedofilia mostram bem os objetivos macabros que estão em curso por trás das ações do aparato repressivo fluminense: passar a ofensiva contra o conjunto dos movimentos sociais, criminalizando suas lideranças políticas e isolando os setores mais radicalizados que são vanguarda da luta direta contra o governo e a prefeitura. 

A LBI e o Núcleo de Trabalhadores em Educação da Tendência Revolucionária Sindical repudiam mais um ato de violência contra os educadores do Rio de Janeiro, promovido pelos governos Cabral, Paes e pela direção da Câmara de Vereadores, que promoveram a expulsão dos manifestantes, além de agredirem e ferirem manifestantes na Rua Evaristo da Veiga, com gás de pimenta e bombas de efeito moral, que provocaram ferimentos em várias pessoas. Exigimos a imediata liberdade do presos políticos do governo Paes e Cabral! Chamamos o conjunto da esquerda classista a repudiar a ação da PM e se somar ao ato político que ocorrerá neste domingo pela manhã na Cinelândia. Para responder a mais esses ataques covardes é necessário o fortalecimento da greve rumo a vitória, unificando a luta com outras categorias, como bancários e correios que estão em plena campanha salarial!