domingo, 8 de junho de 2014


Greve dos Metroviários: LBI questiona diretamente o presidente do sindicato a inócua política de “apelos” a Alckmin! Fora Estado, patrões e pelegos da luta dos trabalhadores!

Ocorreu neste sábado, 07 de junho, o ato político em solidariedade à greve dos Metroviários de São Paulo e, na sequência, a assembleia geral da categoria. A militância da LBI se fez presente na atividade, inclusive com o Secretário Geral da LBI, Candido Alvarez, questionando diretamente o presidente do sindicato e militante do PSTU, Altino Melo dos Prazeres, sobre a política inócua de fazer “apelos” ao governador fascista Geraldo Alckmin para que ele “autorizasse” a Catraca Livre, a fim de que a população trabalhadora tivesse acesso gratuito ao metrô nos dias de greve. Diante da negativa do “companheiro tucano”, a direção do sindicato/Conlutas lamentou a conduta “intransigente” do governador e não encaminhou na assembleia que os próprios trabalhadores impusessem através de sua ação direta o transporte gratuito para os explorados para ampliar a solidariedade à greve. Longe disso, os sindicalistas da CONLUTAS/PSTU aguardam o julgamento da greve pelo TRT neste domingo, 08, submetendo os metroviários aos ditames do tucanato e sua justiça patronal. Desgraçadamente, como alertou o dirigente nacional da LBI, esta orientação levará à derrota da greve, já que também a direção do Sindicato aprovou entrar em contato com a presidenta Dilma Rousseff e pedirá que ela venha a São Paulo intermediar uma negociação com o governador Alckmin, relegando para segundo plano os piquetes e a radicalização da luta que foi duramente reprimida nos últimos dias pela PM. A polícia chegou a ocupar com a tropa de choque as estações, lançando bombas de gás lacrimogêneo contra os trabalhadores. A burguesia e seu Estado tenta a todo custo jogar politicamente a população contra as mobilizações dos trabalhadores do setor estatal alegando “prejuízo” para a população, particularmente a mais carente dos serviços públicos. Métodos de greves mais radicalizados que gerem prejuízo direto ao Estado burguês, causando menos “transtornos” para a população, devem ser incorporados à tradição de luta dos explorados por isso é necessário impor a Catraca Livre por meio da mobilização dos trabalhadores!

Dirigente da LBI dialoga com diretores do Sindicato

Como parte desta política reformista de apostar em um acordo rebaixado com Alckmin intermediado pela frente popular, a direção do sindicato convidou para o ato de solidariedade à greve pelegos notórios, representantes das centrais sindicais “chapa branca”. Em nota conjunta, também assinada pela Conlutas, os mafiosos presidentes da Força Sindical, UGT, NCST, CUT, CTB, CGTB e CSB, estes verdadeiros fura-greves clamam para que “o governador Geraldo Alckmin negocie imediatamente e assim seja possível transpor o referido impasse”! Em nenhum momento convocaram sequer um dia estadual de luta em apoio à greve dos metroviários, que paralisasse outras categorias e colocasse o governo tucano contra a parede. Na verdade, esta política visa desgastar eleitoralmente o PSDB nas eleições paulistas e não arrancar as reivindicações através da luta direta que questione a própria justiça burguesa e o tucanato. Como alertou a militância da LBI, que organizou um piquete na entrada da assembleia e distribuiu centenas de panfletos para os trabalhadores, para enfrentar o reacionário governo Alckmin e a corrupta direção da empresa, mergulhada em escândalos de superfaturamento, que começa a ameaçar a categoria com demissões de ativistas em greve, é necessário ampliar o apoio político “interno e externo”, aprofundando os métodos de luta da paralisação e não por meio de negociações que visam estrangular a greve pela via de um acordo rebaixado. Para essa tarefa é fundamental superar a política da Conlutas e seus parceiros das centrais “chapa branca” de submeter a soberania das decisões da categoria às imposições das instituições do estado burguês.

Piquete da militância da LBI na entrada da assembleia de sábado (7/06)

Neste domingo haverá o julgamento da greve pelo TRT às 10hs e, logo mais à tarde, a assembleia geral da categoria. Pelo quadro de isolamento da greve imposto pelas direções sindicais e, ao mesmo tempo, diante do incremento da repressão pelo governo Alckmin, a direção do sindicato tende a nos próximos dias recuar da paralisação, como afirmou Altino: “Não queremos prolongar essa greve até segunda-feira e por isso esperamos uma proposta do governo. Não sei se vamos passar de domingo, muito menos chegar à Copa. Nosso interesse não é acabar com a Copa. Não queremos criar esse problema para o país nem para os jogadores nem para a população” (G1, 7/6). Neste momento crucial a tarefa colocada é radicalizar a greve, ampliar os piquetes e decretar a catraca livre já, galvanizando desta forma o justo ódio da população contra o corrupto governo Alckmin. Ao mesmo tempo, é preciso manter a revindicação de 12,5% (já rebaixada) e chamar a unidade com outras categorias em luta, na medida em que a paralisação às vésperas da Copa do Mundo da FIFA vai colocar a burguesia em polvorosa, sendo um forte elemento de pressão dos trabalhadores contra o governo tucano e a justiça. Manter a greve e fechar todas as estações, inclusive as que estão funcionando com o pessoal administrativo através do “plano de contingência” patronal é tarefa central nos próximos dias, passando por cima da decisão do TRT! Fora o Estado, os patrões e pelegos da luta dos trabalhadores!

Categoria presente na assembleia mostrou disposição de manter a greve até a vitória