quinta-feira, 10 de julho de 2014


Genocídio contra o povo palestino: Responder a agressão do enclave de Israel com a retomada da Intifada e a solidariedade internacionalista para derrotar a máquina de guerra sionista!

Nos últimos três dias bombardeios de caças israelenses na Faixa de Gaza já deixaram 81 mortos e o número de feridos graves já passa de 500, em um verdadeiro genocídio perpetrado pela máquina de guerra sionista. Edifícios residenciais foram atacados com armas proibidas inclusive pela Convenção de Genebra, como bombas de fósforo, queimando vivos diversos moradores, incluindo mulheres e crianças. A operação de guerra “Margem Protetora” foi lançada desde 7 de julho e já realizou 160 ataques aéreos fulminantes. Até mesmo o presidente da ANP, Mahmud Abbas, quem patrocina a vergonhosa política de acordos com Israel, foi obrigado a denunciar a agressão assassina: “O assassinato de famílias inteiras é um genocídio cometido por Israel contra o povo palestino. Não é uma guerra contra uma facção ou outra, ou mesmo contra o Hamas, mas sim contra o povo palestino” (Actualidad, 09/07). Na verdade, o alvo de Israel é o conjunto do povo palestino e, em particular o Hamas, já que os bombardeios se concentram em Gaza, governada pelo grupo islâmico, enquanto a Cisjordânia encontra-se cercada por tanques. Para barrar esta agressão é necessário armar o povo palestino e retomar a Intifada com o objetivo de destruir a máquina de guerra assassina, rompendo de vez com as “negociações de paz” que visam unicamente debilitar a resistência palestina frente os crimes bárbaros da ocupação sionista.

O chacal nazisionista Benjamin Netanyahu já avisou que a operação em curso será “longa, contínua e dura”, ameaçando inclusive com uma incursão terrestre. O enclave mobilizou 40 mil reservistas para a fronteira com a Faixa de Gaza, deixando clara a sua intenção de ocupar novamente a região e perpetrar um massacre ainda maior contra a população palestina. Como sempre, o imperialismo ianque e seus sócios, os principais financiadores da máquina de guerra incrustada na Palestina, manifestaram seu apoio à ofensiva militar contra Gaza e o seu direito de “se defender”, nada falando sobre as dezenas de mortes de palestinos até agora. As forças de ocupação sionista prosseguem com a política de repressão e tortura contra o povo palestino em todas as cidades e aldeias, aprisionando centenas de pessoas e elevando o número de presos para seis mil. Os arquirreacionários colonos israelenses, sob a proteção do exército, praticam violentos crimes como sequestros, assassinatos e atropelamentos contra os palestinos. O crime de sequestro do adolescente Mohammed Abu Khudair e sua violenta morte, onde foi queimado vivo, confirma, sem dúvida, a brutalidade do enclave. A política criminal sionista está atacando Gaza neste exato momento. São ataques bárbaros contra o povo palestino, bombardeando, ferindo e matando dezenas de palestinos. O que está acontecendo nos territórios palestinos é uma continuação da ocupação e colonialismo sionista, baseado na limpeza étnica contra o povo palestino desde 1948, onde se cometeram massacres e a expulsão de mais de 800 mil palestinos que passaram a viver em campos de refugiados na diáspora. Hoje, são seis milhões de refugiados vivendo nos países vizinhos e na própria Palestina, negando-lhes o direito de retorno às suas casas e às suas terras milenares. Desde a agressão de 1967, que resultou na a ocupação do resto dos territórios palestinos, o enclave sionista pratica a política de confisco das terras, chegando a 60% do total da área da Cisjordânia, com construções de mais assentamentos para os colonos judaicos administrados pelo Movimento Sionista Mundial. Também confiscou mais de 80% da água e mais de 250 mil palestinos foram presos, incluindo crianças e mulheres com acusações de luta pela independência e rejeição à ocupação.

A propaganda midiática venal de que os colonos são “vítimas” do “terrorismo palestino” não se sustenta. Trata-se, na verdade, da resistência militante à ocupação israelense. Em represália aos ataques sionistas, o Hamas iniciou o lançamento de foguetes a Israel, que até agora não fizeram nenhum vítima, já que são armas artesanais de pequeno alcance e poder de fogo porque o imperialismo e Israel bloqueiam a chegada de armamento aos territórios palestinos. Em contrapartida, o ministro da Defesa sionista, Moshe Yaalon, declarou de forma ameaçadora que “Estamos preparando uma batalha contra o Hamas que não terminará em poucos dias”. Apesar de o governo israelense afirmar que se trata de alvos militares do Hamas, as imagens mostram inúmeros civis feridos chegando aos abarrotados hospitais da região, incluindo mulheres e crianças. Os alvos do Exército sionista incluem residências e prédios civis. Os objetivos dessa operação de guerra são o estabelecimento de um acordo ainda mais desfavorável aos palestinos, a desmoralização completa do Hamas, a exemplo do que aconteceu com a OLP, o isolamento da Faixa de Gaza da Cisjordânia e o estrangulamento das condições de vida em Gaza, hoje uma região completamente dependente do Egito e da UE, aliados dos EUA.

Desde a LBI nos somamos ao chamado feito pelo Comitê de Solidariedade a luta do Povo Palestino do Rio de Janeiro para que prestemos solidariedade internacionalista com a Palestina neste momento de dor e luta. Fazemos nossas suas palavras: “Estamos convocando as organizações sociais e políticas, os militantes internacionalistas, simpatizantes e solidários com a causa palestina para organizar a nossa manifestação de solidariedade à luta deste bravo e incansável povo, que está sendo vítima da terrível e covarde ofensiva do exército de ocupação sionista. Os palestinos contam com nossa solidariedade internacionalista” (Blog “Somos todos Palestinos”, 07/07). Ao mesmo tempo em que nos integramos às iniciativas militantes chamadas para denunciar o massacre em curso e preparar a resistência, reafirmamos que para vingar a ofensiva genocida de Israel é preciso unir o povo palestino e seus aliados da região no combate pela destruição do enclave sionista e por uma Palestina Soviética baseada em conselhos de operários e camponeses palestinos e hebreus, rompendo com as “negociações de paz” que tem debilitado a causa palestina em nome da fracassada política dos “dois estados”. Para vencer Israel e derrotar sua ofensiva militar é preciso impulsionar uma frente única com a resistência palestina, o Irã, a Síria e o Hezbollah, onde as organizações marxistas revolucionárias atuem na mesma trincheira de combate destes países e dos grupos políticos na luta contra o imperialismo, tendo completa independência política diante do programa burguês-teocrático destes regimes e grupos. Nesse sentido, é preciso que os trabalhadores pelo mundo se levantem em luta contra Israel se postando pela vitória militar da resistência palestina para destruir o enclave nazi-sionista! Os revolucionários se colocam incondicionalmente em defesa do Hamas, da Jihad islâmica, da FPLP e de todas as organizações da resistência palestina e árabe perseguidas pelo imperialismo, o sionismo e seus tentáculos assassinos. As guerrilhas anti-imperialistas da Palestina, Afeganistão, Iraque, Síria, Irã e Líbano devem colocar todo seu aparato militar em solidariedade a Gaza para o armamento de todo o povo palestino e em nome de uma nova Intifada contra o gendarme nazi-sionista. Mãos à obra, esta é tarefa dos revolucionários leninistas e internacionalistas neste momento crucial!