sexta-feira, 4 de julho de 2014


LBI organiza combativo protesto internacionalista contra a presença do genocida Santos em Fortaleza

A militância da LBI organizou um pequeno, porém corajoso, ato político contra a presença do presidente da Colômbia em Fortaleza, o recém reeleito genocida Manuel Santos, antes da partida de futebol contra a seleção do Brasil na Copa da FIFA realizada neste dia 04/07. Rompendo o ostensivo bloqueio de segurança imposto pelo aparato de repressão montado pelo Estado colombiano com o apoio da CIA na capital cearense, foi aberta uma faixa da LBI em frente ao hotel onde se hospedaram os membros da comitiva oficial do governo Santos. Diante da completa covardia das organizações de esquerda que se reivindicam em oposição ao evento mundial da mafiosa FIFA (PSOL e PSTU), que optaram por se concentrar a quilômetros de distância do facínora (no bairro alencarino da Parangaba), o núcleo revolucionário chegou inclusive muito próximo ao ônibus da seleção colombiana, gritando palavras de ordem para denunciar as prisões políticas que ocorrem tanto na Colômbia como no Brasil. Em meio à “ousadia” da LBI e ativistas independentes, logo foi acionado o imenso aparato policial do governo Dilma (inclusive com tropas das FFAA) que imediatamente chegou ao local com blindados e helicópteros para reprimir a combativa atividade internacionalista.
Manifestação internacionalista em frente ao Hotel que 
hospedou membros da comitiva do governo colombiano


O nítido refluxo do movimento “Não vai ter Copa”, hegemonizado pelo PSOL e PSTU, é reflexo direto da política eleitoreira que estas organizações imprimiram a esta campanha. Como era previsível nenhuma “catástrofe” (tão sonhada pelo PIG) aconteceria para impedir a abertura do Mundial, somente a mobilização independente de massas com um eixo classista, bem distinto da demagogia eleitoral da Frente de Esquerda, poderia impor um contraponto à “farra” das empreiteiras e das corporações capitalistas chamada de Copa do Mundo. Sem galvanizar politicamente a “puteza” da população oprimida com a precarização dos serviços básicos do estado burguês, as organizações revisionistas “preferiram” trilhar o caminho da “torcida” eleitoral por um “desastre” do governo Dilma, o que poderia render mais votos nas próximas eleições. O resultado prático do oportunismo ilimitado da Frente de Esquerda (PSOL e PSTU) foi a desconfiança política de parcelas significativas da população com o movimento “Não vai ter Copa”, que acabou se emblocando objetivamente com a oposição conservadora de direita.

No outro campo desta “batalha” política estiveram os reformistas da esquerda “chapa branca”, apologistas do suposto legado social da Copa para a população pobre do país. Nesta barricada oficialista estiveram o PT, PCdoB e surpreendentemente o PCO, juntos na defesa da falsa “neutralidade” do megaevento mercantil da FIFA para a luta de classes. Este bloco não cansou de afirmar que o futebol seria uma “paixão nacional”, ignorando cinicamente que o grande “legado” da Copa foi na verdade o incremento da repressão policial e a ofensiva neoliberal (maior concentração de renda e corrupção) dos governos contra as condições de vida da população pobre e negra, totalmente alijada dos “templos arenas” do torneio internacional.

Apesar da retração das mobilizações contra a Copa, a LBI buscou participar com uma plataforma revolucionária, concentrando suas modestas forças nas principais atividades que aconteceram no curso das capitais brasileiras, inclusive com detenções de seus militantes por parte das polícias controladas pelos governos estaduais. No jogo da seleção desta última sexta-feira em Fortaleza, levantamos com nossas bandeiras a defesa de todos os presos políticos vítimas da sanha reacionária do capital, seja na Colômbia, Brasil ou no mundo!

Repúdio a Santos granjeia simpatia de ativistas da esquerda
colombiana que estiveram em Fortaleza