segunda-feira, 12 de janeiro de 2015


Frente estatal terrorista para combater o “extremismo islâmico”? O proletariado europeu não pode cair nesse engodo político!

Uma “Comissão de Frente” sinistra formada por chefes de estados terroristas esteve a cabeça da marcha deste domingo que reuniu 1,5 milhões de pessoas em Paris. Usando como pretexto o atentado a revista Charlie Hebdo (cada vez mais se revela produto de uma ação militar coordenada pelo Mossad para favorecer a direita e o neofascismo francês) o presidente da França, François Hollande, responsável por ordenar a invasão militar ao Mali e avalizar as provocações da OTAN contra a Síria, estava de braços dados como o chacal nazisionista Benjamin Netanyahu, homem que comandou diretamente o assassinato de milhares de palestinos, incluindo centenas de crianças como verificou-se na última ofensiva militar de Israel sobre a Faixa de Gaza. Ao lado deles, Angela Merkel, David Cameron e Mariano Rajoy, representado Alemanha, Inglaterra e Espanha, três países-membros da OTAN responsáveis pela ocupação da Líbia após uma guerra covarde que impôs um banho de sangue no país, quando antes já haviam feito o mesmo no Afeganistão e Iraque. A esta lista macabra presente em solo francês soma-se o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, seu governo é sustentado por grupos fascistas cujas hordas saem as ruas matando comunistas e imigrantes negros, além do premiê turco, Ahmed Davutoglu, que arma os “rebeldes” terroristas contra o governo de Assad na Síria e extermina a população kurda, do ministro de Relações Exteriores do Egito, Sameh Choukryou, cuja bárbara ditadura militar impôs vários massacres aos membros da Irmandade Muçulmana! Essa “sagrada” frente política estatal que uniu o imperialismo ianque e europeu além de seus governos serviçais pelo planeta foi conformada para supostamente combater o “extremismo islâmico” quando na verdade seus governos são os mandantes dos maiores crimes contra a humanidade, acobertados pela mídia que manipula o sentimento popular em favor dos interesses das classes dominantes! Como Marxistas Revolucionários desde já alertamos que a “folha corrida” destes criminosos oficiais travestidos de defensores da “civilização contra a barbárie” é a maior evidência que o proletariado europeu e mundial não pode cair neste engodo político a serviço de recrudescer em todo o planeta a tendência fascistizante que vem ganhando força e cujo alvo inicial são os “radicais islâmicos” e a resistência palestina usados neste caso claramente como bode expiatório, mas que logo se voltará contra o conjunto dos trabalhadores dos países imperializados e de suas mais elementares liberdades democráticas! Em oposição a este frente burguesa reacionária defendemos a mobilização revolucionária do proletariado mundial contra estes terroristas estatais como tarefa urgente para barrar a sanha contrarrevolucionária que vem ganhado corpo na Europa e no resto do mundo! A nova etapa histórica aberta com o fim da ex-URSS e do 11 de setembro, “elegeu” a resistência nacional dos povos muçulmanos e asiáticos como o “inimigo nº 1” do império!

O mais simbólico desta ampla unidade contrarrevolucionária se deu quando do encerramento da marcha, justamente na Grande Sinagoga judaica (sionista) de Paris. Lá o presidente francês, François Hollande e o carniceiro primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foram ovacionados ao entrarem, em uma demonstração que o atentado a revista Charlie Hebdo cumpriu a primeira fase do seu objetivo político: intensificar a unidade burguesa em sua “guerra ao terror”, colocando Israel como centro desta ofensiva contra os povos árabes. Ao representante do enclave sionista Hollande garantiu: “todos os esforços na contra o extremismo islâmico” ao que Netanyahu respondeu: “Aprecio a posição muito firme e a determinação do presidente François Hollande e do primeiro-ministro Manuel Valls contra o novo antissemitismo e contra o terrorismo”. Ao final foram entoados gritos de “Israel viverá, Israel vencerá”, agitando-se a bandeira da ocupação sionista! Quanto cinismo, foi o Mossad que coordenou a ação terrorista a revista satírica para criar justamente este clima político em Paris. Com esse aval das potências imperialistas, o chacal sionista irá no próximo período incrementar as ações genocidas contra os palestinos e patrocinar atos terroristas contra a Síria e o Irã, usando com o pretexto o combate aos “radicais islâmicos” que atacaram a Charlie Hebdo! Não por acaso, Netanyahu ainda afirmou “Quando nós nos defendemos, nós defendemos o conjunto dos valores do Ocidente. Israel está ao lado da Europa e os judeus têm o direito de viver em segurança, onde escolherem, em particular na França”, proclamando uma verdadeira declaração de guerra contra os oponentes do enclave imperialista no Oriente Médio. As primeiras medidas já forma anunciadas neste mesmo domingo: representantes de 12 países da Europa, juntamente com o secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder e de Israel anunciaram que irão reforçar a vigilância sobre as fronteiras além de fortalecer o monitoramento de suspeitos de pertencerem aos grupos “extremistas islâmicos” que estejam viajando para a Síria ou para o Iraque.

Com o atentado a Charlie Hebdo estamos diante de um acontecimento histórico da dimensão do incêndio do incêndio do Reichstag na Alemanha na década de 30, que impulsionou a ascensão do nazismo e com as mesmas características de fraude, no passado contra os comunistas. Agora a culpa recai sobre os “radicais islâmicos”. Se na Alemanha os SS armaram o ataque ao parlamento e acusaram o PC, nos dias de hoje o DNA do Mossad está presente na ação e a projeção de Netanyahu na marcha deste domingo demonstra bem a armação descarada e seu planejamento, como um exemplo típico de “false flag”, um ato que uma organização política ou militar realiza contra alvos aliados para culpar terceiros adversários e, em seguida, impor determinada agenda política! Mas os detalhes da ação aos poucos vão revelando a farsa montada. Apesar de toda a precisão e frieza que os supostos terroristas demonstraram ter, cobrindo seus rostos e ocultando suas impressões digitais, eles gritaram que “Vingamos Maomé” e mais... deixaram um passaporte no interior do veículo roubado, revelando sua identidade, deixando pistas para as forças de segurança e mídia os apresentarem como “extremistas islâmicos”! Obviamente este documento foi plantado pelo Mossad para se fazer esta ligação política imediata. O primeiro carro abandonado pelos supostos terroristas foi em frente a um restaurante judaico e o terceiro suspeito, o negro Amedy Coulibaly, também invadiu um supermercado judaico, Hyper Cacher, justamente para que Israel e os judeus fossem apresentados como vítimas. O mais rocambolesco desta farsa é que os homens que desejavam na ação contra a revista o total anonimato em meio a perseguição da polícia ligaram para a TV a fim de assumir sua identidade e se dizerem integrantes da Al Qaeda do Iêmen “Fui enviado, eu, Cherif Kouachi, pela Al Qaeda do Iêmen. Eu fui lá e foi Anwar al Awlaki que me financiou”, disse ele à BFM-TV por telefone, de acordo com uma gravação transmitida pelo canal de TV depois do fim do cerco. Também durante o sequestro no mercado, Coulibaly falou que pertencia ao Estado Islâmico à televisão francesa!!!Em resumo, agora todos os supostos terroristas estão mortos em uma evidente queima de arquivo, enquanto a namorada-cúmplice de um deles fugiu justamente para a...Síria! Mas antes de seu silêncio mortal os 3 supostos terroristas trataram de anunciar a que grupo islâmico pertenciam e quem os financiava, deixando o caminho aberto para a reação contra os muçulmanos e para Israel (devido a morte de alguns judeus franceses) acender no cenário mundial como vítima na França da ação terroristas destes grupos!

Note-se que a Frente Nacional (FN) de Le Pen e sua filha não foram convidados para a marcha em uma clara intenção de Hollande, que esteve ladeado por Sarkozy, de preparar a transição pactuada entre o PSF com a direitista UMP em nome da “União Nacional” e barrando desta forma temporariamente o ascenso da FN, muito arriscado para os planejamentos ianques para a Europa. Ocorre que as pesquisas de opinião indicam que Marine Le Pen estaria em primeiro lugar se uma eleição presidencial fosse realizada hoje, reflexo do aprofundamento do giro à direita na França após o atentado. Não por acaso seu slogan foi “Mantenha a calma e vote Le Pen”. Após o atentado à redação do jornal “Charlie Hebdo”, a Frente Nacional vinculou o ato a imigração e exigiu um referendo para restabelecer a pena de morte. Como se observa, o cenário se polarizará em uma disputa entre a UMP de Sarkozy e a FN de Le Pen nas próximas eleições presidenciais francesas, onde o PS cujo governo em crise será “castigado” acabará por apoiar a UMP no segundo turno. Por esta razão, Sarkozy ao lado de Hollande na marcha declarou “Foi declarada guerra à França, a suas instituições, à República, pelos bárbaros que negam a própria ideia de civilização e os valores universais da humanidade. Esta situação trágica chama cada um de nós a respeitar a unidade nacional que devemos às vítimas”. Diante da falsa disjuntiva “Civilização ou Barbárie” proclamada pela boca dos verdadeiros terroristas que assassinam povos inteiros através de guerras e da fome, o proletariado europeu não pode cair no engodo político de apoiar uma frente estatal terrorista para combater o suposto “extremismo islâmico”! A tarefa da esquerda revolucionária é denunciar esta frente contrarrevolucionária mundial e preparar a resistência tendo como eixo a solidariedade de classe aos povos oprimidos na Síria, Líbano, Iraque, Afeganistão, Palestina e Irã, que serão alvo militar no próximo período da ofensiva destes terroristas assassinos que hoje se reuniram no “Palais de l'Élysée” e estiveram na “Comissão de Frente” da marcha gigantesca em Paris! Este fato tragicamente revela a extrema confusão política que está submetida a sociedade francesa e particularmente os trabalhadores do país, cabendo a tarefa aos Marxistas Revolucionários “remarem contra a maré” e combater com vigor para que o proletariado aponte suas “armas” para o verdadeiros terroristas a serviço do capital: François Hollande, Sarkozy, Le Pen, o parceiro-chacal nazisionista Benjamin Netanyahu e seu patrono Obama!