terça-feira, 12 de maio de 2015


TODO APOIO À GREVE DOS MOTORISTAS E COBRADORES DE SÃO PAULO CONTRA A PRECARIZAÇÃO E INTRANSIGÊNCIA PATRONAL!

Os motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo organizaram hoje (12.05) uma forte greve contra suas péssimas condições de trabalho, fechando completamente todos os 29 terminais de ônibus administrados pela SP Trans, espalhados pela cidade. Os trabalhadores resistem às condições de trabalho completamente degradante, marcada em grande medida pelo criminoso assédio moral praticado pelos fiscais, inspetores e chefes de trafego contra os companheiros, a pressão psicológica insuportável com ameaças de imposição de punições para o cumprimento de horários num transito completamente caótico como o da cidade de São Paulo, o fim do abuso das demissões indiscriminadas por justa causa, além de reivindicarem a reposição da inflação (em torno de 8%), 7% de aumento real, reajuste no valor do ticket alimentação, convênio médico e pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). O sindicato patronal por sua vez, de forma intransigente apresentou a proposta ridícula aos trabalhadores do reajuste de 7,21%, uma verdadeira afronta, visto que não repõem nem mesmo a inflação do período, numa conjuntura de alta absurda dos preços de todos os produtos básicos de consumo dos trabalhadores como energia elétrica, água, alimentos, aluguéis e etc, fato que pode caminhar para uma inflação galopante de toda a economia, resultando inexoravelmente junto com os ajustes de Dilma e Levy, num profundo arrocho do padrão de vida de toda massa operária. Segundo os companheiros da oposição classista da categoria que nos contataram, “a adesão dos trabalhadores à greve foi quase unanime e o espírito de combatividade de cada trabalhador empurrou a burocracia do SINDMOTORISTAS dirigido pela UGT à paralisação. (...) Ainda é muito pouco, mas já significa um avanço da categoria, que pode repetir a poderosa greve organizada pela base do ano passado, pondo pânico em toda burguesia da cidade que teve sua dinâmica de circulação de mercadorias e exploração sobre nossa força de trabalho temporariamente desestabilizada, fato que só não teve uma repercussão ainda maior devido a vergonhosa traição da burocracia do PSTU-CONLUTAS, que não moveu uma palha para organizar a greve nos metroviários que eles dirigem, apesar das condições objetivas favoráveis, unificando nossas lutas o que colocaria a dupla Alckmin-Haddad e a patronal contra a parede e permitiria um grande avanço na consciência dos companheiros; (...) além de que pode haver a integração da luta dos motoristas e cobradores ao dia 29 próximo, que pode ser o princípio da preparação de uma greve geral no país contra os ajustes e a terceirização, levado a cabo tanto por PT-PMDB, como pela oposição reacionária PSDB-DEM”. A Oposição dos Rodoviários de Guarulhos, dirigida pela Tendência Revolucionária Sindical (TRS), presta todo apoio e solidariedade aos combativos companheiros, apontando que é indispensável a radicalização da luta, atropelando pela base a tendência conciliatória e de capitulação da burocracia do SINDMOTORISTA-UGT, diante da intransigência patronal, que neste momento articula um verdadeiro pacto das elites e todos os partidos da ordem burguesa para caçar os direitos operários e impor um verdadeiro arrocho contra as massas, diante da crise estrutural do capital em todo o globo.



Além da greve dos trabalhadores das empresas de ônibus, os motoristas e cobradores dos micro-ônibus do transporte alternativo intermunicipal, que prestam serviço para a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) controlada pelo facínora Geraldo Ackmin- PSDB, organizaram uma combativa manifestação em frente a Secretária de Transportes Metropolitanos. A manifestação foi contra a transferência dos trabalhadores para linhas diferentes da que atuam e em outros municípios mais distantes da região Metropolitana de SP, aumentando os custos operacionais dos trabalhadores, abrindo caminho para o monopólio das máfias das empresas de ônibus que faturam milhões às custas dos cofres públicos, apesar do péssimo serviço prestado à população e da superexploração sobre os motoristas e cobradores.

É necessário unificar todas as lutas e campanhas salariais atuais da classe, organizar assembleias e plenárias democráticas pela base em todos sindicatos e oposições, impulsionar as lutas nas universidades públicas, criar os Comitês de Luta Contra o Ajuste e a terceirização a fim de preparar um grande dia de lutas e paralisações no dia 29 de maio, pressionando a burocracia das centrais sindicais em direção a greve geral contra a precarização. Esta deve ser a tarefa central do proletariado no momento para barrar com nossos métodos de luta direta, sem ilusão no parlamento burguês, os ataques capitalistas contra a classe implementados por todos os partidos das classes dominantes! 

OPOSIÇÃO DOS RODOVIÁRIOS DE GUARULHOS
TENDÊNCIA REVOLUCIONÁRIA SINDICAL