sexta-feira, 17 de julho de 2015


FORA CUNHA, RENAN E O PARLAMENTO BURGUÊS CORRUPTO QUE APROVOU O AJUSTE NEOLIBERAL E A CONTRARREFORMA POLÍTICA! CONSTRUIR UMA ALTERNATIVA REVOLUCIONÁRIA DE PODER DOS TRABALHADORES!

As denúncias que vieram à tona de que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) recebeu 5 milhões de dólares de empreiteiras não são nenhuma novidade. É de conhecimento público que o fascista presidente da Câmara dos Deputados é financiado pelos planos de saúde, empreiteiras, a Rede Globo e grandes empresas, assim como o são o grosso dos deputados e senadores. Renan Calheiros segue o mesmo script, assim como os parlamentares da base de apoio do governo Dilma e da oposição conservadora, tendo o PSDB na cabeça. São estes os responsáveis por aprovar o ajuste neoliberal de Dilma-Levy, os ataques aos direitos dos trabalhadores, a terceirização, a redução da maioridade penal e a contrarreforma política que representa em um verdadeiro golpe contra as liberdades democráticas e o direito de organização política dos explorados. Nesse sentido, a vanguarda classista deve lutar através de sua ação direta não só pelo Fora Cunha, Renan... mas denunciar o conjunto do corrupto parlamento burguês serviçal dos grandes grupos econômicos capitalistas. Acuado, Cunha rompeu com o governo Dilma: “Eu, formalmente, estou rompido com o governo. Politicamente estou rompido. Vou tentar que o meu partido vá para a oposição”. Mas esta “ruptura” representa apenas uma tentativa desesperada de chantagem contra Dilma, sem que represente nenhum recuo na ofensiva contra os explorados, pelo contrário, o “Zumbi” Cunha sai atirando para que a direita se fortaleça ainda mais em sua sanha reacionária contra o frágil governo da frente popular, uma gerência burguesa totalmente refém do PMDB e dos demais partidos patronais que controlam todos os cargos chaves da República em uma sangria incessante dos recursos estatais. O PMDB, como já declarou sua direção nacional, segue com Dilma rapinando o botim estatal e apoiando o ajuste neoliberal, personificado na figura do Michel Temer como articulador político do governo. O momento agora é, como dizia Lenin, aproveitar a crise “dos de cima” para forjar uma alternativa política independente e de classe através de mobilizações diretas dos trabalhadores da cidade e do campo em conjunto com a juventude plebeia. Agitar somente o “Fora Cunha” como fazem os revisionistas e reformistas de plantão (PSOL e PSTU) não basta, é preciso denunciar o parlamento corrupto e o conjunto do regime político burguês em que se assenta a democracia dos ricos, apontando a necessidade de se construir uma alternativa revolucionária ao PT, sem nunca abrir espaço para a direita demo-tucana e a reação fascista como em geral faz a mal chamada “oposição de esquerda” que deseja capitalizar eleitoralmente a crise petista. O PSOL, por exemplo, defende a saída de Cunha como uma forma de preservar o parlamento burguês, como afirma a nota de sua bancada parlamentar de 17.07 “Não havendo expectativas no gesto de grandeza que seria ele próprio licenciar-se temporariamente da presidência, nós do PSOL vamos buscar construir uma posição conjunta de partidos para que essa cobrança seja feita, em defesa da Câmara dos Deputados”. Desgraçadamente, o movimento operário acompanha a crise política dos partidos burgueses e os ataques neoliberais perpetrados pelo governo Dilma sem uma reação à altura. Já passa da hora de aproveitar esse momento de disputa fratricida entre as diversas alas da burguesia para colocar em cena o movimento de massas empunhando suas reivindicações políticas e econômicas, para forjar uma conjuntura que possibilite aos explorados de forma organizada sair da defensiva a fim de avançar na resistência para derrotar os ataques deferidos pelo conjunto dos bandidos burgueses que estão alojados em todos os partidos da ordem, no parlamento e no Palácio do Planalto!