sábado, 14 de novembro de 2015

JIHADISTAS DO EI ASSUMEM ATAQUES TERRORISTAS NA FRANÇA: UMA “BOA” JUSTIFICATIVA PARA A AÇÃO DA OTAN NA SÍRIA E EM TODO ORIENTE MÉDIO. NÃO AO ESTADO DE EXCEÇÃO DECRETADO POR HOLLANDE!



Mais uma vez as "digitais" terroristas do Estado Islâmico (EI) aparecem no cenário mundial, desta vez no coração da Europa Imperialista, os ataques na capital francesa teriam causado a morte de mais de 150 civis parisienses, em vários pontos da cidade. Chama atenção de imediato que brigadas jihadistas tenham tanta "liberdade" de ação em uma capital europeia que sofreu atentados similares em menos de um ano. O presidente Hollande convocou o Estado de Emergência, fechando as fronteiras do país em uma situação próxima a uma guerra. Antes mesmo de qualquer apuração do que estava ocorrendo, Hollande se entrincheirou no Ministério do Interior afirmando que a França estava sob ataque de grupos muçulmanos fundamentalista, conclamando a "união nacional" contra o terrorismo internacional. Quase na mesma velocidade o EI declarou ser o autor dos atentados terroristas, como a expressão de uma vingança contra a atuação da França na guerra civil síria. Mais além do intenso espetáculo midiático nacional e mundial, explorando a tragédia pessoal de centenas de vítimas civis do terrorismo jihadista ou estatal imperialista, nos parece que está em curso uma simbiose perfeita entre os interesses de uma intervenção de larga escala da OTAN na Síria e os terroristas reacionários do EI, que buscam conformar um cenário de barbárie e destruição social em todos os países da região governados por regimes nacionalistas burgueses. Não por coincidência os Estados Imperialistas que dizem combater o EI, organizando supostos bombardeios aéreos em territórios controlados pelos jihadistas, condenaram energicamente a intervenção efetiva e concreta da Rússia no enfrentamento militar ao EI na Síria. Quando o EI sabotou e derrubou um avião de turistas russos em pleno ar no Egito, matando mais de duas centenas de civis, a mídia "murdochiana" não derramou nenhuma lagrima de solidariedade ou condenação veemente contra os terroristas. Agora na França, novamente com muita liberdade, brigadas jihadistas atuam nos principais distritos urbanos da capital portando armas próprias das forças de segurança de um exército nacional. Mais uma vez os ataques terroristas devem ser utilizados pela burguesia para incrementar a xenofobia e a perseguição contra os imigrantes muçulmanos. Na ação mais letal do EI, na casa de shows Bataclan, o governo francês contabilizou mais de cem mortos metralhados pelos jihadistas. A França amanhece em clima de guerra civil onde os "inimigos" visíveis não são o EI, mas milhares de árabes e africanos (incluindo suas famílias) que vivem em território francês. A luta contra os fundamentalistas terroristas do EI, patrocinados originalmente pelo imperialismo na Líbia para derrubar Kadaffi e depois pelo Mossad na Síria, deve ser assumida pela classe operária mundial em aliança com os governos nacionalistas burgueses que estabelecem confrontos pontuais com o imperialismo. Nenhum apoio ao chamado da "união nacional" com a burguesia europeia, seja realizado pela "esquerda socialista" neoliberal ou pela direita reacionária xenófoba!