sexta-feira, 19 de agosto de 2016

BOMBARDEIO SOBRE ALEPPO: “MAIS” UM GRUPO CANALHA REVISIONISTA A SERVIÇO DA CIA, DO PENTÁGONO E DA OTAN!


A imagem dramática de uma criança sangrando na cidade síria de Aleppo, após ter escapado de uma explosão, vem servindo de propaganda para o imperialismo, seus meios venais de alienação de massas e os revisionistas do trotskismo atacarem o governo nacionalista de Bashar Assad e seu aliado russo, Vladimir Putin. Todos em uníssono “murdochiano” acusam as forças armadas da Síria e da Rússia de serem responsáveis pela destruição da cidade e dos mortos civis, terem bombardeado duramente o vilarejo deixando um rastro de sangue. A CIA, a OTAN e o Pentágono, mestres em promover essa propaganda de guerra para manipular a chamada “opinião pública” mundial em favor dos interesses das grandes potências capitalistas agradecem aos grupos de “esquerda” que se somam a essa cantilena enganosa a serviço de resguardar os “rebeldes” que vinham sendo derrotados em Aleppo! O “MAIS”, ruptura recente do PSTU, debutou no cenário internacional na condição de papagaio de Obama e do imperialismo ianque, reproduzindo a versão espalhada pela FOX, NBC, CNN e afins: “A imagem de um pequeno sobrevivente, com olhar perdido e rosto ensanguentado, lembrou ao mundo o desespero da aparentemente interminável guerra civil síria. Omran Daqneesh, de cinco anos, estava na traseira de uma ambulância no bairro de Qaterji, localizado no coração da zona rebelde de Aleppo. Ele sobreviveu a mais um ataque aéreo na campanha dirigida por Vladmir Putin, Bashar Al-Assad e a República Islâmica do Irã contra a insurreição popular árabe, produto do processo revolucionário aberto no Egito em janeiro de 2011” (Esquerda On Line, sítio do MAIS, artigo "Vida e morte sob os céus de Aleppo", 18.08). Em resumo para esses calhordas, os membros do “Eixo do Mal” (Rússia, Síria e Irã) como Bush intitulou tais países, atacou de forma vil os “rebeldes” combatentes da democracia e matou mulheres e crianças inocentes que agora precisam de ajuda e socorro urgente! Os estúdios de Hollywood não poderiam produzir um roteiro tipo “Rambo” tão a gosto da Casa Branca. Esses canalhas revisionistas seguem a linha do PSTU-LIT de estabelecer uma frente única com Obama contra o regime de Assad, principal inimigo fronteiriço do enclave sionista, em nome da defesa da “Revolução Árabe”, inclusive apoiando os grupos terroristas da Frente Al-Nursa e do Estado Islâmico no combate as forças armadas sírias. Para não deixar dúvidas do campo político e militar em que se encontra, o “MAIS” não vacila em afirmar descaradamente: “Mesmo com todas as necessárias críticas aos rebeldes que lutam contra Assad, a batalha pela libertação síria do regime Assad e do domínio russo é causa justa. E mesmo que os anseios por dignidade e liberdade, que abasteceram a primeira fase do levante e foram esmagados por Damasco pela militarização do confronto pareçam ter sido uma miragem distante, é no campo militar dos rebeldes em que podemos localizar” (Idem). Em resumo, estamos ao seu lado contra Assad e Putin, nos somamos aos esforços da OTAN, da CIA e do Pentágono em apoio a seus “guerreiros da liberdade”! Ressaltamos que apesar de numa guerra haverem baixas civis quando as forças em conflito ocupam cidades e batalham em seus entornos, como é o caso de Allepo dominada pelo EI e outros grupos “rebeldes” (que inclusive usam os civis como escudos humanos), a aviação síria e russa não bombardeou as instalações em que se encontrava o menino Omran Daqneesh. Trata-se mais uma farsa montada pela grande mídia imperialista sob as ordens do Departamento de Estado ianque e reproduzidas pelos seus papagaios de “esquerda” como o “MAIS” justamente no momento em que as forças armadas sírias e russas estavam derrotando o EI em todo o país. O Ministério da Defesa russo publicamente negou relatos de vários meios de comunicação ianques e europeus sobre um suposto bombardeio da cidade síria de Aleppo. Lembrou que sua Força Aérea na Síria não bombardeia alvos em cidades e áreas povoadas: “Temos enfatizado várias vezes que os aviões da Força Aérea da Rússia em operação na Síria nunca apontam contra alvos em áreas povoadas. Esta regra é ainda mais relevante em relação ao distrito Qaterji de Aleppo, que está localizado perto de áreas abertas recentemente para resgate da população civil” insistiu o porta-voz da Defesa russo Ministério Igor Konashenkov. O porta-voz do Ministério salientou ainda que o dano não corresponde ao de um ataque aéreo. “Se houve uma explosão não foi causada por um ataque aéreo foguete: em vez danificar os danos foram provocados pela explosão de um cilindro de gás ou uma mina (como comumente usado por terroristas EI)” (Russia Today, 19.08). A prática é generalizada entre os jihadistas que tentam impedir a entrega de ajuda humanitária à população civil. Ele por fim lamentou “Todas as crianças que estão em áreas sob controle terrorista em situação crítica representam uma tragédia. O fato de alguns usá-las cinicamente para atacar a Rússia como objetivo de propaganda é um crime” (Idem). Na verdade a Rússia e o governo sírio estabeleceram corredores para a população civil sair da zona de guerra, mas os "rebeldes" impedem sua saída. Como se observa, a imagem da criança “bombardeada” vem sendo usada como propaganda de guerra para legitimar uma nova ofensiva militar contra a Síria após várias derrotas impostas ao EI pela aliança entre Putin-Assad. O “MAIS” vergonhosamente soma-se esse cínico engodo “made in CIA” para melhor justificar sua adesão à frente única com o imperialismo democrata contra o “ditador” sírio. Esclarecemos que os Marxistas Leninistas nunca nutrimos a menor simpatia política pelo regime da oligarquia burguesa de Assad, porém declaramos abertamente e sem dissimulações que temos um “lado” na guerra civil da Síria, o nosso campo é frontalmente oposto aquele que o imperialismo e seus “amigos” apostam suas “fichas”. Impedir que a OTAN abra um corredor militar desde a Síria, passando pelo Líbano, para atacar o Irã, é neste momento a tarefa central da classe operária internacional em seu combate revolucionário e anti-imperialista. No campo oposto, o “MAIS”, o PSTU e a LIT estão ao lado dos mercenários “rebeldes” terroristas e da contrarrevolução, são adversários das nações atrasadas atacadas pelo imperialismo e da política nos legada por Trotsky!

Não esqueçamos que desde o início do conflito na Síria, a LIT, corrente internacional que o “MAIS” se apresenta como “simpatizante” depois que rompeu com o PSTU, se coloca ao lado dos “rebeldes”, armados pelas potências imperialistas e Israel, contra o governo de Assad. Até aí nenhuma surpresa! O que chama atenção é que os Morenistas também reivindicam dos EUA, da União Europeia e seus títeres mais armas pesadas para os “rebeldes amantes da democracia”: “É necessário exigir de todos os governos do mundo, começando por aqueles países da região que são parte da revolução, como Egito, Tunísia e Líbia, que rompam relações diplomáticas e comerciais com a ditadura de Assad e que enviem aviões, tanques e armas pesadas, medicamentos, alimentos e todo tipo de apoio material para as milícias rebeldes, para que estas possam derrotar e acabar com este regime que oprime o povo sírio” (Cercar a Revolução Síria com solidariedade ativa - Suplemento Correio Internacional, 22/05/2013). Trata-se de um verdadeiro chamado à intervenção militar na Síria em socorro aos “rebeldes” não só pelos exércitos controlados pelo Pentágono no Oriente Médio e Norte da África (Egito, Líbia e Tunísia), mas pelo próprio imperialismo, já que “todos os governos do mundo” obviamente inclui EUA, Israel, França, Inglaterra e Itália!!!

Ao mesmo tempo em que conclama o imperialismo agredir a Síria ainda com mais intensidade, a LIT ataca violentamente o Hezbollah, assim como denuncia o apoio dos governos da Venezuela e Irã ao governo de Assad, também alvos da ofensiva neocolonialista da Casa Branca. Segundo os morenistas, “A contraofensiva do regime, que parecia esgotado e amargurava uma série de derrotas pontuais, baseia-se em um elemento novo e de muita importância política e militar: a entrada de forma aberta e contundente dos combatentes do Hezbollah, a partido-milícia xiita libanês, no campo militar da ditadura síria. Desta forma, o Hezbollah, que conseguiu uma importante autoridade e admiração de milhares de ativistas em todo o mundo por ter derrotado a invasão de Israel ao Líbano em 2006, na guerra civil síria está cumprindo um papel literalmente contrarrevolucionário, colocando toda sua autoridade política e seu poder militar a serviço da sustentação da ditadura da família Assad. Este elemento leva-nos a reafirmar uma conclusão: a esta altura da guerra civil, a ditadura mantém-se no poder fundamentalmente devido ao apoio externo que recebe, como é sabido, não só do Hezbollah, mas também do regime teocrático e reacionário do Irã, que lhe proporciona mísseis e especialistas militares; da Rússia, que lhe provê armas modernas e dispositivos antiaéreos, além de todo o trabalho diplomático e o peso de sua base naval em Tartus; e de países como a Venezuela governada pelo chavismo, que lhe fornece uma parte do combustível utilizado pela aviação do regime para bombardear os rebeldes e a população civil” (Idem). Como se observa, trata-se de uma política de completo alinhamento político e militar destes revisionistas canalhas aos planos belicistas do Pentágono, sem meias palavras.

O ataque da LIT, do PSTU e do "MAIS" ao Hezbollah, assim como ao Irã, Rússia, Síria e a Venezuela, enquanto os morenistas chamam os EUA e o gendarme de Israel a apoiarem os mercenários sírios, é uma prova contundente de que estamos diante de uma força política corrompida política e materialmente que se passou de malas e bagagens para o terreno da contrarrevolução! Não por acaso, o artigo da LIT declara que “O processo na Síria é principal confronto da revolução e da contrarrevolução mundial hoje” e prognostica: “Nestes momentos em que o regime de Assad empreende uma brutal contraofensiva com a colaboração do Hezbollah e com armas e assessores militares do Irã e da Rússia, baseada em ações genocidas contra o povo sírio, como os massacres atrozes e o uso de gases tóxicos, reiteramos que não existe tarefa mais urgente do que envolver com todo o apoio e solidariedade ativa a causa da revolução síria. Trata-se do principal confronto, atualmente, da revolução e da contrarrevolução mundial. Uma vitória ou uma derrota na Síria teriam impactos muito fortes na região do Oriente Médio e no mundo” (Suplemento Correio Internacional, 22/05/2013). De fato, uma vitória do imperialismo na Síria após destruição da Líbia pela OTAN, que depois do assassinato de Kadaffi encontra-se totalmente sob o controle das transnacionais do petróleo, consolida uma etapa de aberta ofensiva imperialista mundial contra os povos que se aprofunda desde a queda do Muro de Berlim e da liquidação da URSS. Nesse sentido, os planos de Obama contra a Síria e o Irã fazem parte de uma estratégia global para a transição em 2016 para uma gestão com traços cada vez mais fascistas sob o comando da víbora Clinton. A LIT cinicamente ainda lamenta a suposta timidez das grandes potências capitalistas no tratamento ao governo sírio, reclamando “em que pese algumas declarações formais contra a violenta repressão, a ONU e os países imperialistas, especialmente os EUA, silenciam diante deste verdadeiro ‘banho de sangue’”. Para a LIT, não basta condenações formais, pressões diplomáticas, sanções econômicas, ataques terroristas que geram terríveis consequências ao povo sírio, é preciso agir, ou seja, intervir já militarmente “contra a ditadura Assad”, assim como fizeram a ONU e a OTAN na Líbia.

Como nos ensinou Trotsky, em meio a uma guerra é necessário tomar posição clara. O MAIS, o PSTU e a LIT encontram-se no campo do imperialismo, os revolucionários leninistas se postam incondicionalmente no terreno das nações oprimidas atacadas, em frente única com os governos burgueses e as forças populares que o apoiam, como o Hezbollah, mas com total independência política diante deles. Até o momento não ocorreu uma intervenção imperialista direta porque os EUA temem que esta ação desestabilize o conjunto da região em um conflito de grandes proporções que saia do seu controle, com uma nova guerra civil no Líbano, na Palestina e o maior envolvimento do Irã no conflito. O proletariado mundial deve permanecer alerta à nova guerra de rapina que o imperialismo prepara, e assim como ocorreu no Vietnã desencadear a mais ampla solidariedade com os povos e nações atacadas pela besta imperial. Cabe aos marxistas leninistas na trincheira da luta contra o imperialismo e pelas reivindicações imediatas e históricas das massas árabes, postarem-se em frente única com os governos das nações atacadas ou ameaçadas pelas tropas da OTAN e combater os planos de agressão das potências capitalistas sobre os países semicoloniais da região, desmascarando vigorosamente aqueles como o "MAIS" que se camuflando de “esquerda” avalizam a sanha neocolonialista do chacal Obama e seus sócios sionistas.