segunda-feira, 26 de setembro de 2016

MAIS UM TRABALHADOR NEGRO MORTO PELA POLÍCIA ASSASSINA NOS EUA: TODO APOIO AS MOBILIZAÇÕES DA RESISTÊNCIA PROLETÁRIA NEGRA EM SUA LUTA HEROICA CONTRA O APARATO REPRESSOR RACISTA!


Acaba de ser divulgado na internet o vídeo que mostra o momento em que policiais assassinam o trabalhador negro de 43 anos Keith Scott em Charlotte, nos EUA. As imagens certamente aumentarão as manifestações que continuam cinco dias depois da morte em Carolina do Norte. Centenas de pessoas saíram nesta semana às ruas das principais cidades dos Estados Unidos pela quinta noite consecutiva para protestar contra as mortes de negros nas mãos da polícia. Os manifestantes participaram das passeatas convocadas pelo movimento “Black Lives Matter” (As vidas dos negros importam), surgido há dois anos após a morte de outro afro-americano em Ferguson (Missouri). A viúva de Keith Lamont Scott publicou outro vídeo em que ela é vista pedindo aos agentes que não atirem em seu marido, que gritava que estava desarmado. No vídeo gravado por Rakeyia, ela grita dizendo: “não disparem, não está armado, não vai fazer nada contra vocês”. A mulher explica aos policiais que Scott tinha tomado seu remédio para tratar a lesão traumática cerebral de que padecia. Escuta-se um policial advertindo Scott e posteriormente se escuta quatro disparos, Rakeyia grita então para os agentes “Atiraram nele? Atiraram nele? É melhor que ele não esteja morto”. Scott foi assassinado quando os policiais perseguiam outro indivíduo negro em um complexo de apartamentos. Sua morte provocou uma onda de protestos que já dura 5 dias e que, fruto da repressão aos manifestantes, deixou um novo morto e vários feridos. Na noite de quinta-feira as autoridades decretaram o estado de emergência e o toque de recolher na cidade, ao que se somou a chegada da Guarda Nacional enviada sob as ordens de Obama. Cinicamente, o informe policial assegura que Scott estava armado e pressupunha “ameaça de morte iminente” para eles, um relato que testemunham negam, enquanto a família diz que o falecido portava um livro. Desde a LBI deixamos claro que toda nossa solidariedade está incondicionalmente com o movimento negro que resiste a repressão estatal e ao genocídio dos trabalhadores e jovens plebeus negros. Consideramos justo e legítimo o ódio do povo negro, compreendemos que a melhor forma de combater a ofensiva assassina da nova KKK e dos bandos fascistas apoiados pela polícia ou a violência desferida diretamente pelo aparato estatal comandado por Obama é a formação de milícias de auto-defesa unindo trabalhadores negros e brancos contra a exploração e o racismo. Reafirmamos que hoje nos EUA não vacilamos em dizer que toda nossa simpatia e solidariedade estão com os jovens negros e seu “ardente desejo de vingança”, que lutam com as “armas” que tem a mão contra o terror estatal e fascista no coração dos EUA, forjando um partido revolucionário e internacionalista para dar consequência política e programáticas a essas ações pontuais que apesar de corajosas são limitadas na luta contra o imperialismo ianque. Nesse sentido, para derrotar a ofensiva assassina do Estado capitalista e a bárbara ação policial deve-se construir milícias de autodefesa do povo pobre e dos trabalhadores, convocando uma paralisação geral nas principais cidades dos EUA! Os lutadores que estão nas ruas nos EUA não podem ter nenhuma ilusão na justiça capitalista e em seu Estado, são instrumentos de classe da burguesia contra os trabalhadores! Devem combater pela liquidação do imperialismo ianque unindo o povo pobre, negro com o conjunto da classe trabalhadora explorada contra o regime de opressão e espoliação capitalista mais forte do planeta! Como não há um contraponto revolucionário à degradação de uma sociedade doente que recorre a um estado policial contra seu próprio povo, a humanidade tende a caminhar para a barbárie imposta pelo império decadente. Desgraçadamente, se não houver uma direção política que aponte uma saída comunista para os trabalhadores de todo o planeta, assassinatos racistas, carnificinas neonazistas e guerras genocidas acontecerão como norma de sobrevivência do regime capitalista senil. Sem a intervenção do proletariado nesta conjuntura fascistizante em defesa da liquidação deste estado policial representados por Obama, Hillary e Trump, o capitalismo não se extinguirá, nem cairá de podre, ao contrário, arrastará a humanidade para a barbárie. Estamos vendo a volta com força do fascismo ianque em escala interna e planetária. Para que não se repitam novas cenas sanguinárias como o assassinato diário de negros dentro e fora dos EUA, somente a ação revolucionária do proletariado mundial poderá reverter estas tendências nefastas, se valendo da luta pela liquidação do modo de produção capitalista e tendo como estratégia a imposição de seu próprio projeto de poder socialista.