domingo, 23 de outubro de 2016

DEPOIS DA GLOBO AGORA É VEJA QUE APOIA FREIXO: AS FAMIGLIAS CIVITA E MARINHO EMBARCAM COM FORÇA TOTAL NA CANDIDATURA DO PSOL NA RETA FINAL DA CAMPANHA


Quando denunciamos que setores burgueses de peso apoiavam cada vez mais a candidatura de Marcelo Freixo no Rio de Janeiro neste 2º turno a esquerda reformista e os grupos revisionistas atacaram violentamente a LBI por supostamente “fazer o jogo da direita”. Agora que a asquerosa revista Veja e o grupo Civita (Editora Abril) embarcou de cabeça na campanha do PSOL, dedicando sua capa da edição carioca para atacar aberta e diretamente Crivella na véspera da eleição, o que nos dizem esses senhores? Sem dúvida, a capa de Veja revela que está em curso um verdadeiro “golpe eleitoral” a favor de Freixo, que já subiu nas últimas pesquisas e deve “virar” o resultado na semana antes da realização do 2º turno, em 30 de Outubro. A ultra-direitista Veja, cujas capas são conhecidas na esquerda por atacar violentamente o PT, pedir a prisão de Lula e apoiar o Golpe Institucional e a farsa da Lava Jato, representa os interesses de uma ala conservadora da burguesia que optou claramente por opor-se a Crivella, o candidato da Igreja Universal e da Rede Record. Desta forma, os Civita somaram-se aos Marinho para atacar o preposto do Bispo Macedo. A LBI já havia alertado dessa movimentação de bastidores da burguesia no dia 05 de outubro, quando da apuração dos votos do 1º turno. No nosso balanço inicial pontuamos premonitoriamente “No Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, apesar de coligado apenas com o PCB, tem o apoio das Organizações Globo, tanto que a novela ‘Velho Chico’ que acabou na sexta-feira (vésperas as eleições) tem como seu protagonista um jovem ‘socialista gourmet’ que publicitou o programa ecorreformista do PSOL até o ultimo capítulo. A própria cobertura simpática da Globo, com Merval Perreira dizendo ser difícil Crivella ganhar de Freixo no segundo turno, não deixa dúvidas do apoio da Famiglia Marinho para o candidato do PSOL no Rio de Janeiro” (Blog da LBI, 05.10). O fato das Edições Globo ter publicado em segredo uma nova tiragem do livro “501 pensamentos do Bispo Macedo” compilados por Crivella em 1997 (que estava esgotado ou recolhido) cujos trechos reacionários vem servindo de munição para o PSOL atacar Crivella foi um claro sinal dessa aposta em Freixo. Tanto que o jornal dos Marinho deu grande destaque em vários artigos aos trechos mais escandalosos do livro que “ataca religiões e homossexualidade” (http://oglobo.globo.com/brasil/em-livro-crivella-ataca-religioes-homossexualidade-terrivel-mal-20296731) ou “sustenta que mulher deve ser submissa a marido (http://oglobo.globo.com/brasil/livro-organizado-por-crivella-sustenta-que-mulher-seja-submissa-ao-marido-20312277) em uma linha editorial claramente simpática ao PSOL. A adesão da Veja e do grupo Civita neste 2 º turno a candidatura de Freixo foi tão explícita que forçou a Record do Bispo Macedo a reagir. Em artigo no portal R7, a IUDR reclama “Capa sobre Crivella põe linha editorial da Veja sob suspeita. Revista publicou foto sensacionalista do candidato do PRB, líder na corrida à Prefeitura do Rio” e conclui “um serviço ridículo de sensacionalismo para atacar o candidato Marcelo Crivella na desesperada tentativa de eleger Marcelo Freixo” (http://noticias.r7.com/eleicoes-2016/rio-de-janeiro/capa-sobre-crivella-poe-linha-editorial-da-veja-sob-suspeita-22102016). A pergunta que muitos ativistas honestos nos fazem é porque Veja e Globo vem apoiando a candidatura de Freixo no Rio, em tese identificada com a esquerda, ligada a um partido que se diz socialista, etc... A burguesia sabe que o PSOL é um partido social-democrata que já provou que pode gerenciar o Estado burguês sem colocar em risco seus interesses, é uma cópia do Siryza na Grécia que com seu discurso inicial "radical" vem aplicando um duro ajuste neoliberal. Edmilson Rodrigues em Belém é a prova concreta disso no Brasil, já foi prefeito duas vezes pelo PT e agora no PSOL no segundo turno tem o apoio de uma frente apoiada pelo PMDB, PRB, PDT, Rede além do PT e PCdoB, ou seja, é uma nova frente popular ainda mais domesticada que a capitaneada anteriormente pelo PT e substancialmente frágil, que tem experiência de administrar para o capital atacando os trabalhadores. Freixo seguirá o mesmo caminho de seu colega do Pará. No Rio de Janeiro em particular, cidade sede das Organizações Globo, não interessa que a capital do estado fluminense seja governada por um pastor da Universal e criador da Rede Record, sua adversária política e comercial. O reacionário Crivella não faz o perfil que os Marinho gostam, optaram pelo social-democrata com um inofensivo discurso da "eco-sustentabilidade" e de parcerias com o capital. O fato do PMDB e PSDB terem decidido pela “neutralidade” em um segundo turno polarizado entre PSOL e PRB já apontava nesse caminho. As recentes fotos do atual prefeito Eduardo Paes simpáticas a Freixo não deixam dúvida que os setores de peso da burguesia foram forçados diante desse quadro político a apoiar candidato do PSOL. O apoio do PSB e da Rede também confirmam o que afirmamos, com PT e PCdoB chamando o voto em Freixo porque seu eleitorado migrou automaticamente para a candidatura do PSOL, mas registre-se que Freixo não aceitou o apoio público de Lula e Dilma. Isso porque Freixo apoia a Lava Jato e seu “combate a corrupção”, sendo paladino da defesa da “ética na política”, toda uma plataforma de uma “nova esquerda” que os Civita e os Marinho querem fortalecer no Brasil contra o PT, vide os aplausos entusiastas de Luciana Genro ao Juiz Sérgio Moro. Soma-se a isso a defesa decidida de Freixo a Israel nos últimos dias e das parcerias com o sionismo na compra de armas. O apoio da reacionária Veja a Freixo na reta final da campanha (antes já anunciado pela Globo), demonstra o acerto de nossa posição em defender o Voto Nulo e desmoraliza o chamando do PSTU e outras “pulgas” revisionistas de apoiar o PSOL para derrotar a “direita”, quando na verdade a burguesia e um setor de sua ala conservadora estão dando suporte ao PSOL como parte da disputa entre alas capitalistas.