terça-feira, 25 de outubro de 2016

FALSA “PRISÃO” DO EX-SENADOR SÉRGIO MACHADO REVELA A OLHO NU A ABERRANTE FARSA DA LAVA JATO


O ex-senador e presidente da Transpetro no governo Dilma, Sérgio Machado, depôs no último sábado (22/10) na condição de testemunha no processo judicial movido pelo PSDB junto ao TSE em que pede a cassação conjunta da chapa Dilma/Temer eleita em 2014, pelo fato de ter cometido crime eleitoral. O depoimento de Sérgio Machado, que está formalmente preso pela Lava Jato por conta de seu envolvimento em corrupção na estatal que presidia, foi colhido na sede do TRE do Ceará localizado no centro de Fortaleza. A farsa completa da Lava Jato começou a ser desnudada no momento em que o "preso" Sérgio Machado desembarcou de seu luxuoso Mercedes Bens na porta do TRE, em pleno sábado a tarde, sem dar uma única palavra aos poucos repórteres que o aguardavam. Machado deveria cumprir pena de prisão domiciliar determinada pela justiça federal no prazo de dois anos e três meses, além da devolução de cerca de 75 milhões de Reais aos cofres da Transpetro, obtidos pela via de recebimento de "comissões" de empresas privadas que forneciam equipamentos e serviços para a estatal. O ex-senador tucano migrou para o PMDB assim que Lula assumiu o governo em 2003, já sem mandato foi nomeado para presidir a Transpetro de onde comandou um esquema que alimentava a máfia de Renan, Sarney, Jucá e Eunício Oliveira. Capturado em maio no vazamento de ligações telefônicas feitas para Jucá e Sarney, Machado estranhamente se auto delatava como corrupto, comprometendo toda a cúpula do PMDB, o curioso mesmo é que as gravações foram realizadas pelo próprio ex-presidente da Transpetro. Suspeita-se que as gravações foram encomendas pelo juiz Moro com o objetivo de chantagear o golpista Temer, que recém tinha assumido o governo. Porém o que era dúvida agora se transformou em certeza com desmascaramento da falsa "prisão" de Machado, que formalmente cumpre sua pena em seu sofisticado resort à beira mar, na praia do Futuro em Fortaleza. O bandido Sérgio que deveria usar uma tornozeleira eletrônica passeia quase todas as noites em requintados restaurantes da capital alencarina, como o "Pulcinella" no bairro Meireles, além de promover festas noturnas em sua mansão nas dunas com a presença da "elite" burguesa local. A farsa aberrante de uma falsa prisão de "alto luxo" contrasta com o fato dos dirigentes petistas estarem encarcerados em celas imundas na cloaca da "República de Curitiba". Sérgio Machado é uma testemunha chave no processo que tramita no TSE de cassação da chapa Dilma/Temer, que nessa altura só interessaria aos Tucanos e ao próprio Moro pois se vitorioso resultaria na convocação de novas eleições presidenciais por via indireta, ou seja, pelo Congresso Nacional. Em seu primeiro depoimento ao TSE no sábado, Sérgio confirmou o repasse de "propinas" (comissões) para a chapa Dilma/Temer, entretanto faltou a apresentação de provas materiais da grana desviada da Transpetro, caso efetive a acusação a possível consequência será a deposição do golpista Temer. Neste interregno a barganha entre o "vestal" Moro e a quadrilha do PMDB prossegue, com cenas de intimidação como as registras no cerco do Senado pela Polícia Federal, o único consenso entre as forças reacionárias é enquadrar criminalmente as lideranças do PT e finalizar o duro ajuste neoliberal iniciado por Dilma. Capítulo a parte é a vergonhosa posição da direção do PSOL, legitimando a burla da Lava Jato e tentando atrair o fascismo judiciário, na figura do justiceiro Moro, para uma aliança eleitoral em 2018. Os movimentos sociais devem combater vigorosamente com a ação direta, na mesma medida e intensidade, tanto os planos de arrocho do governo golpista e as contrarreformas exigidas pelos rentistas, como a monstruosa fraude jurídica e política da famigerada Operação Lava Jato.