domingo, 2 de outubro de 2016

UM PRIMEIRO BALANÇO DOS RESULTADOS DESTE DOMINGO: DIREITA DA CLASSE DOMINANTE AVANÇA NO TERENO ELEITORAL ENQUANTO ESQUERDA BURGUESA RETROCEDE SUA FATIA NA GERÊNCIA ESTATAL. PARA OS TRABALHADORES E O POVO OPRIMIDO MUDA APENAS O GRAU DA ESPOLIAÇÃO EM QUE É VÍTIMA DESTE SISTEMA CAPITALISTA, A ÚNICA SAÍDA É A REVOLUÇÃO SOCIALISTA! HADDAD E FREIXO VÃO AO SEGUNDO TURNO REAPRESENTANDO NACIONALMENTE A ESQUERDA BURGUESA NESTAS ELEIÇÕES


O esforço da mídia "murdochiana" para tirar o PT do segundo turno na cidade de São Paulo parece que não surtiu efeito desejado, possívemente Haddad irá representar nacionalmente a esquerda burguesa neste pleito, embora esteja fadado a derrota no final das eleições em função da fraude eleitoral que o aguarda. Na segunda cidade mais importante do país, Rio de Janeiro, a esquerda burguesa também estará representada por Marcelo Freixo do PSOL, porém ao contrário de Haddad o "socialista" terá o apoio da família Marinho e poderá ganhar a disputa contra o candidato da Igreja Universal.

Vale ressaltar que a candidatura do PT em São Paulo estava coligada com o PR e o PROS, além do PDT. Gabriel Chalita (PDT) é o vice de Haddad, um homem que até ontem estava no PMDB de Temer, que inclusive intermediou apoio financeiro para sua campanha a prefeito em 2012. Por seu turno, o PR de São Paulo é controlado pelo mafioso Valdemar Neto e tem como representante maior o “palhaço-picareta” Tiririca, que junto com o grosso da bancada do partido na Câmara Federal, foi um dos puxadores de votos pelo impeachment de Dilma, ou seja, integrou escancaradamente o time dos “golpistas”. No Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, apesar de coligado apenas com o PCB, tem o apoio das Organizações Globo, tanto que a novela “Velho Chico” que acabou na sexta-feira (vésperas as eleições) tem como seu protagonista um jovem "socialista gourmet" que publicitou o programa ecorreformista do PSOL até o ultimo capítulo. A própria cobertura simpática da Globo, com Merval Perreira dizendo ser difícil Crivella ganhar de Freixo no segundo turno, não deixa dúvidas do apoio da Famiglia Marinho para o candidato do PSOL no Rio de Janeiro.

A expectativa inicial do PSOL ter excelentíssimas chances em Cuiabá,Porto Alegre e Belém não deve se confirmar, apesar do ex-prefeito Edmilson Rodrigues garantir sua ida ao segundo turno. O PT está sendo "cercado" cidade a cidade e onde conquistou a segunda posição ainda sofre a ameaça da fraude liquidar a fatura com uma única tacada, ou seja, por exemplo a vitória de Dória já no primeiro turno.
O PDT como um coadjuvante tímido da Frente Popular, sai fortalecido neste segundo turno, apesar da espetacular derrota do prefeito Fruet em Curitiba. Em particular o grupo da oligarquia Gomes possivelmente ganhará prefeituras em Fortaleza, Sobral, na capital potiguar e São Luís. Se confirmadas as vitórias do PDT, o nome de Ciro Gomes ganha peso para a corrida presidencial ao Planalto em 2018, podendo inclusive arrastar o neoestalinista PCdoB nesta empreitada.

Caso seja confirmada a "virada da virada" da fraude eletrônica em São Paulo, eliminando a chance assegurada pelo voto popular em Haddad de pelo menos disputar o segundo turno, se estabelece plenamente os prognósticos marxistas da LBI: Apesar do massacre midiático e do alijamento da gerência do Estado burguês, o PT mantém uma influência política muito considerável nas parcelas mais exploradas da população brasileira. Tudo indica que no seio das classes dominantes se impôs a linha política da fraude absoluta. Porém caberá ao PSOL, na disputa eleitoral da"cidade maravilhosa"em desigualdades sociais, representar nacionalmente a esquerda social democrata nesta eleição marcada pela brutal manipulação midiática.

Os Marxistas Leninistas devem manter bem firme sua posição do Voto Nulo neste segundo turno, explicando pacientemente as massas que a fraude não é uma "conspiração" e sim uma necessidade política da burguesia em uma conjuntura de extrema crise. Demarcando vigorosamente com a nova alternativa social democrata que surge no cenário nacional, o PSOL, que segue a mesma trajetória programática de colaboração de classes inaugurada pelo PT há mais de três décadas atrás.