quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

MAIS E NOS ANUNCIAM TENTATIVA DE FUSÃO: AGRUPANDO O QUE JÁ ESTÁ UNIFICADO NO REFORMISMO DO PSOL


Os grupos MAIS e NOS acabam de anunciar publicamente uma "possibilidade de unificação" no próximo período da luta de classes. Podemos aferir politicamente o MAIS enquanto uma organização da esquerda revisionista recém formada, já os caracterizamos em inúmeros artigos da LBI como uma espécie de "Morenistas arrependidos" (primos carnais do MES), quanto ao NOS a tarefa é bem mais "complexa" pois trata-se de um grupo amorfo de pressão sobre o PSOL, conformado por dirigentes de pequenos círculos de militantes oportunistas sem nenhum critério programático minimamente relevante. O compasso de unificação entre os grupos revisionistas em debandada na defesa da Ditadura do Proletariado é um processo inexorável e tende a ser ainda mais amplo, sendo o abrigo orgânico do PSOL o desaguadouro natural desta empreitada. Podemos afirmar que a plataforma programática desta iniciativa do MAIS, como grupo propulsor, não passa de um enredo de velhos bordões que tem como eixo provar para o movimento de massas a "tese" do abandono da violência revolucionária e do fim do "sectarismo" inerente as correntes Leninistas, obviamente sob a ótica dos militantes da "pós-modernidade" pequeno burguesa, amplamente majoritária no interior do PSOL. Chama a atenção até dos mais ingênuos militantes que a "carta de intenções" entre o MAIS e o NOS  elenque somente inúmeros pontos políticos de acordo entre os dois grupos e absolutamente nenhuma divergência encontrada até o momento, talvez no futuro quem sabe..: "E embora já tenhamos identificado uma série de acordos e convergências, tanto em relação à estratégia e ao programa, quanto no que diz respeito à intervenção na conjuntura atual, certamente encontraremos diferenças e desacordos ao longo desse processo, mas encaramos isso como algo natural e até certo ponto inevitável. Desacordos teóricos, políticos e até programáticos não são, por si só, impedimento para um processo de fusão. Em primeiro lugar, porque podem ser superados pelo debate e pela prática comum. Em segundo, porque rejeitamos a ideia de uma organização monolítica, onde todos pensam igual em absolutamente todos os pontos." (Declaração conjunta MAIS e NOS). A verdadeira razão de tantos acordos e possíveis diferenças quiçá "ao longo deste processo" reside no fato de que realmente não existem divergências maiores  no campo dos sociais-democratas de esquerda que caminham em direção ao "farol" programático do PSOL! Nesta questão tanto o MAIS como o NOS estão sendo absolutamente sinceros em suas intenções de fusão: "Ambas as organizações rejeitam a ideia de que um partido revolucionário possa se construir unicamente por meio do crescimento linear. Ao contrário, pensamos todos que a construção de um partido marxista passa inevitavelmente por um processo de fusões e reagrupamentos, sempre pacientes e respeitosos" (Idem). A confluência da esquerda revisionista no rumo do abrigo eleitoral do PSOL certamente já imanta um arco de tendências que até se reclamam de "principistas e ortodoxas", como o MRT/LER por exemplo, imaginem os "MAIS" desconfigurados ideologicamente do quilate do NOS...Personalidades como Freixo, um típico político burguês da geração do "capitalismo sustentável", são uma referência mítica para estes agrupamentos da "nova esquerda" revisionista do Programa de Transição. Com este grau de adaptação ao regime democratizante e seus ícones eleitorais (Freixo, Erundina, Edmilson etc..) pode se ter uma dimensão que as "exortações socialistas" do MAIS e do NOS são absolutamente vazias do conteúdo real da luta pelos objetivos históricos da classe operária. Sinceramente desejamos toda sorte do mundo aos nubentes MAIS e NOS, para que possam concluir o processo de unificação já iniciado, para os Comunistas a decantação política dos campos da revolução e contrarrevolução é fundamental para a construção do Partido Operário Leninista. Quando todos os revisionistas tiverem fixado suas poltronas no vasto auditório do PSOL, ficará cristalino para a vanguarda classista o "vaticínio" da LBI no surgimento do grupo MAIS: Os que abandonaram o legado teórico do Trotskismo marcham como "viciados" na senda da "cocaína" eleitoral do PSOL, será apenas uma questão de tempo...