sexta-feira, 16 de junho de 2017

FRENTE AMPLA PELAS DIRETAS FICA AINDA MAIS AMPLA: AGORA FOI FHC QUE SE UNIU AO PSOL, MAIS, PDT, PCdoB e PT... COM O MESMO OBJETIVO DE SALVAR A LEGITIMIDADE DO REGIME DEMOCRÁTICO


O tucano FHC acaba de aderir à campanha pelas “Diretas Já” lançada inicialmente pela “Frente Ampla” comandada pelo PSOL, MAIS, PCdoB e PT. Segundo o “príncipe iluminado” da sociologia: “Se tudo continuar como está com a desconstrução continua da autoridade, pior ainda se houver tentativas de embaraçar as investigações em curso, não vejo mais como o PSDB possa continuar no governo. Preferiria atravessar a pinguela, mas se ela continuar quebrando será melhor atravessar o rio a nado e devolver a legitimação da ordem à soberania popular” e concluiu reivindicando que o próprio Temer convoque eleições “A responsabilidade maior é a do Presidente que decidirá se ainda tem forças para resistir e atuar em prol do país. A ordem vigente é legal e constitucional (dai o ter mencionado como "golpe" uma antecipação eleitoral) mas não havendo aceitação generalizada de sua validade, ou há um gesto de grandeza por parte de quem legalmente detém o poder pedindo antecipação de eleições gerais, ou o poder se erode de tal forma que as ruas pedirão a ruptura da regra vigente exigindo antecipação do voto”. Como se observa o ex-presidente aderi a seu modo a campanha das “Diretas Já” patrocinada pela esquerda reformista (PT, PCdoB e PSOL) e seus satélites como o MAIS assim como pelo PSB e PDT. O PSDB inclusive já ensaia lançar Tasso Jereissati como candidato à presidente, não sendo estranho que agora o neocoronel cearense comece a criticar Aécio e Temer, seria uma forma também de barrar a ascensão de Alckmin como nome “natural” do partido para disputar o Palácio do Planalto. De quebra, o nome de Tasso poderia sepultar a candidatura de Ciro Gomes (PDT), na medida que o Tucano voltou a ser aliado da oligarquia Gomes no Ceará e tomaria grande parte de sua base eleitoral. A Rede Globo já vem chancelando essa perspectiva via a atuação de seus artistas nos atos pelas Diretas e pode entrar oficialmente na campanha em breve, o que reafirma nossa análise que o chamado a essa falsa “saída democrática” não passa de um engodo para legitimar uma nova ofensiva contra os trabalhadores. Lembremos que a poucos dias a chamada “Frente Ampla pelas Diretas Já" também em carta defendeu que “Só a eleição direta, portanto a soberania popular, é capaz de restabelecer legitimidade ao sistema político”. Não por acaso até a suposta “Greve Geral” do dia 30.06 está sendo rediscutida porque apesar de todas suas limitações polarizaria a situação política nacional, o que neste momento não desejam nem a Frente Popular nem o Tucanato ligado a Tasso e FHC. Toda essa movimentação política visa criar a ilusão nas massas de que agora “votando certo” o país voltaria a crescer e se livrar da corrupção estatal, a grande vilã da crise nacional segundo a “doutrinação” da mídia “murdochiana”. Se hoje o proletariado mostra os primeiros sinais de movimento e ação direta após mais de uma década entorpecido pela política de colaboração de classes da Frente Popular, não seria minimamente justo novamente lhe empurrar o esbulho da democracia burguesa como via de sua emancipação social. Na verdade, a reivindicação das “Diretas Já” não é uma pendência histórica democrática não realizada pela burguesia, como seria a reforma agrária por exemplo, na atual conjuntura serve apenas para dar legitimidade eleitoral a um novo governo que irá implementar o ajuste neoliberal iniciado por Dilma e aprofundado por Temer, porém ainda inconcluso. Por essa razão FHC a defende ao abertamente. A farsa da democracia dos ricos está se revelando para as massas na intensa dinâmica da crise interburguesa, o momento é fértil para os Marxistas Revolucionários apresentarem sua plataforma socialista como uma alternativa concreta para derrubar o gerente golpista e suas reformas neoliberais exigidas pelo “mercado”. A Greve Geral de massas, ativa e insurreicional por tempo indeterminado é o primeiro degrau na construção de uma alternativa de poder dos trabalhadores. A campanha pelas “Diretas Já”, sem qualquer conteúdo democrático real serve apenas como um escape eleitoral para a profunda crise do regime vigente, os Comunistas Leninistas não embarcarão nesta canoa furada, ainda mais agora que Lula, FHC e o PSOL/MAIS estão abraçados na tarefa de salvar a nau à deriva da democracia dos ricos.