quarta-feira, 23 de agosto de 2017

DEPOIS DE FHC E DILMA PRIVATIZAREM A DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA E AS HIDROELÉTRICAS, TEMER ANUNCIA A ENTREGA DA ELETROBRAS: ORGANIZAR A GREVE NACIONAL DOS TRABALHADORES DE TODO O SETOR ELÉTRICO!


A quadrilha de Temer instalada no Palácio do Planalto anunciou a privatização da Eletrobras. A proposta causou frenesi no cassino financeiro: valor da “venda” avaliado pelo mercado não corresponde nem a 10% do potencial real da estatal. A Privataria Tucana desorganizou o setor, privatizando praticamente toda a distribuição de energia do país ("filé mignon" ou ponto final do negócio), Dilma continuou a trilha neoliberal entregando a iniciativa privada as novas hidrelétricas recém construídas e sequer concluídas, agora o "tiro de misericórdia" do golpista Temer com a "doação" aos rentistas das antigas usinas de geração (a exceção de Itaipu) e das redes de transmissão de todo território nacional. A perda do controle estatal da geração e transmissão de energia é um hediondo crime que afetará a segurança nacional do Brasil na medida que entregar centenas de bilhões de dólares em capital investido em hidrelétricas, termelétricas e linhas de transmissão. O dinheiro arrecadao com a privatização será gasto com títulos da dívida pública que consome quase 50% do orçamento. As subsidiárias da Eletrobras respondem por 32% da capacidade de geração de energia do país, e a empresa tem 70 mil quilômetros de linhas de transmissão, o que corresponde a 47% da malha nacional. A estatal participa, também, da usina de Itaipu e de 178 projetos de energia com outras empresas. A privatização da Eletrobras representaria um duro golpe à soberania energética do Brasil. Com a geração e transmissão de energia nas mãos de multinacionais estrangeiras, o país perderia o controle de uma área estratégica para o desenvolvimento nacional. Lembremos que em 2015, Dilma leiloou 29 usinas hidrelétricas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). As hidrelétricas foram construídas há mais de 30 anos e pertenciam até o leilão, às companhias estaduais de energia de Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e São Paulo – respectivamente Cemig, Copel, Celesc e Cesp. Com a venda o Dilma arrecadou R$ 17 bilhões para amortizar os juros da dívida. Devemos lutar para impedir a entrega das empresas estatais ao mesmo tempo denunciar as "parcerias" e abertura de capitais e privatizações parciais que o PT promoveu. É necessário convocar uma greve dos trabalhadores de todo o setor energético em defesa da Eletrobras 100% estatal sob o controle pelos trabalhadores em todos os ramos, desde a geração, passando pela transmissão e a distribuição! Para vencer é preciso romper com a política de ilusões na eleição de Lula em 2018 e desde já organizar a luta direta contra os ataques privatistas do golpista Temer!