terça-feira, 5 de setembro de 2017

STF: COVIL DE BANDIDOS TOGADOS DA “JUSTIÇA” BURGUESA IMERSO NA DISPUTA DAS QUADRILHAS QUE SUSTENTAM O REGIME DA DEMOCRACIA DOS RICOS


Os áudios divulgados pelo Procurador Geral da República (PGR) Rodrigo Janot em sua disputa com o Ministro do STF Gilmar Mendes servem para desnudar o carácter corrupto e de classe da justiça burguesa e de sua “Suprema Corte”. Em um trecho da longa conversa que teve com o principal acionista do grupo JBS, Joesley Batista, o executivo Ricardo Saud incluiu o Supremo Tribunal Federal: “O cara falou que tem cinco ministros do Supremo na mão dele, inclusive muitos conversado, não é só palavreado não.’ Nesta segunda-feira, 4, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, declarou haver “Áudios com conteúdo grave, eu diria gravíssimo, foram obtidos pelo Ministério Público Federal na semana passada, precisamente quinta-feira, às 19h. A análise de tal gravação revelou diálogo entre dois colaboradores com referências indevidas à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal.”. Como se observa, o STF e o Judiciário vem ganhando força nos destinos do cenário político nacional como parte da transição rumo a um regime bonapartista planejado nos salões da Casa Branca e nos gabinetes do Departamento de Estado ianque. Como Marxistas Revolucionários temos uma certeza inquebrantável: sabemos do caráter de classe do STF, a corte maior da burguesa do país está a serviço da classe dominante. Nesse sentido, a vanguarda classista deve denunciar o STF como serviçal dos grandes grupos econômicos capitalistas, alertando inclusive que os “ilustres” ministros desta instituição considerada o sustentáculo “ético” do atual regime na verdade tomam suas decisões em função das pugnas políticas existentes nas entranhas do poder republicano. Enquanto os ministros do STF são indicados pelo governo, sob o crivo do Senado Federal, sem receberem um único voto da população, os congressistas são eleitos sob o patrocínio de grandes empresas, fortunas pessoais e apoio da mídia capitalista. São ambas instituições pilares do Estado burguês, sendo que a Corte Suprema, no formato monocrático que se encontra é um resquício da monarquia e o Congresso a expressão republicana do regime da democracia dos ricos. Os revolucionários, por sua vez, não acreditam na moralização do judiciário através do CNJ, até porque a justiça tem um caráter de classe e a PGR faz parte dessa estrutura burguesa, com suas disputas com o STF se limitando a uma briga de quadrilhas. Os trabalhadores devem lutar pela destruição do Estado burguês, desmascarando a cada fato da luta de classes todas as instituições desse regime senil, onde o judiciário representa uma das faces mais reacionárias! Por isso declaramos: nenhuma ilusão nas instituições do regime político, no parlamento e no judiciário, lutemos por construir uma alternativa de poder operário e popular baseado na democracia operária dos trabalhadores em luta contra a direita e a Frente Popular! Convocamos o combate de classe ao governo golpista de Temer, a direita reacionária e fascistoide sem capitular a política venal e covarde da Frente Popular, cujo objetivo é amortecer a luta de classes para um terreno que a burguesia domina: o circo eleitoral de 2018! Em um período de retrocesso ideológico das massas em todo o mundo, é necessária uma luta sem tréguas às tentativas de “moralização” do regime da democracia dos ricos, o que significa combater não só as “vias éticas” tão vulgarizadas hoje pela esquerda revisionista do trotskismo (PSOL, PSTU), como confrontar-se abertamente com a frente popular nos sindicatos, no movimento estudantil e popular. Não iremos “jogar” em nenhum “time” burguês, nesta verdadeira queda de braço que atravessa o Supremo e a PGR. Somente a destruição revolucionária do Estado capitalista poderá colocar um fim histórico à corrupção estatal, inerente a este regime decadente da democracia dos ricos. Cabe ao proletariado, guiado por um genuíno partido revolucionário, a tarefa de derrubar com sua ação violenta as instituições do Estado capitalista, não reformá-lo através da “tese” da radicalização da democracia burguesa.