terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

DERRUBADA DO F-16: NOTA DO "ESPECIALISTA" DO GRUPO MAIS (PSOL) NÃO DIZ UMA ÚNICA PALAVRA EM DEFESA DO REGIME SÍRIO ATACADO PELO ENCLAVE SIONISTA, UM "BLÁ-BLÁ-BLÁ" DE OMISSÃO CRIMINOSA DIANTE DO CONFRONTO ENTRE O REPRESENTANTE DO IMPERIALISMO NO ORIENTE MÉDIO E O GOVERNO NACIONALISTA BURGUÊS DE BASHAR  AL ASSAD


O enclave sionista de Israel, lançou no último sábado (10/02) a maior ofensiva militar aérea contra a Síria dos últimos 35 anos (mais concretamente desde a guerra do Líbano em 1982), com objetivo de destruir as bases logísticas do Irã que foram instaladas próximas a Damasco em apoio ao regime nacionalista burguês de Bashar Assad. Pelo menos uma dezena de caças F-16 de Israel bombardeou alvos estratégicos da Síria em represália a uma suposta invasão de um drone iraniano em seu espaço aéreo, em resposta ao covarde ataque sionista a defesa síria disparou centenas de foguetes terra/ar de fabricação russa, atingindo duas aeronaves israelenses e derrubando um caça F-16 da frota aérea sionista, toda "cedida" pelo imperialismo ianque ao gerdame terrorista do Oriente Médio. O general sionista Tomer Bar considerou uma "verdadeira humilhação" a derrubada do caça israelense, prometendo uma dura resposta militar contra o regime nacionalista burguês da Síria. Em um comunicado, o Hezbollah (que tem decidido apoio da Síria e do Irã na guerra contra o enclave de Israel) afirmou que a derrubada do F-16 israelita abre “uma fase de uma nova estratégia no conflito. Os desenvolvimentos de hoje significam que a velha equação acabou definitivamente”. As massas palestinas da Faixa de Gaza, logo ao primeiro anúncio da derrubada do caça sionista saíram às ruas com faixas para comemorar o "grande feito" das forças militares do regime sírio. Porém para o grupo revisionista "MAIS", o revés da máquina de guerra sionista é apenas um dado geopolítico: "Claro que o cenário do Oriente Médio é mais complexo do que isso, em particular na Síria, com a divisão das áreas de influência entre EUA e Rússia e as potências regionais, etc., mas a agressão israelense tem seu papel e peso próprios." (final da nota de Waldo Mermelstein no Facebook sobre a derrubada do F-16). Não existe uma única frase em defesa do regime sírio, tampouco uma mínima orientação política de que lado os Marxistas Revolucionários devem se postar neste confronto militar entre os regimes de Assad e Netanyahu. O "blá-blá-blá" de geopolítica do MAIS, esconde vergonhosamente uma capitulação ao sionismo, do qual se dizem "inimigos", porém quando a luta de classes atravessa o rubicão da política e adentra no terreno militar, não existe mais espaço para "diletantismos"... há que tomar uma posição firme e clara como nos ensinou o legado Trotskista. Para os Leninistas não pode haver neutralidade possível entre um conflito destas proporções no Oriente Médio, nosso objetivo central na região é a derrota cabal do "porta aviões" (Estado artificial de Israel) do imperialismo ianque "ancorado" no coração da nação palestina. A justificativa de que Assad seria um "ditador sanguinário" para não apoiar a Síria, não se sustenta por um único ângulo da política revolucionária, a não ser para a "família morenista", que tem sua história manchada pelo sangue do povo líbio, quando apoiaram os bombardeios da OTAN contra o "ditador" Kadafi. Os genuínos Comunistas tem "lado" nesta guerra que já se iniciou há algum tempo, estamos incondicionalmente no campo militar do regime Assad contra o enclave sionista de Israel! A derrota do enclave de Israel representa a vitória dos povos oprimidos pelo imperialismo (não por coincidência os palestinos comemoraram a queda do F-16, o que Waldo considerou "um exagero" em seu texto posterior), independente se os regimes da Síria e Irã possuam um caráter socialista, o que obviamente não se configura politicamente. Nossa tarefa estratégica continua sendo a unidade dos proletariado árabe, persa, palestino e hebreu em direção a uma única República Socialista!

(Segue abaixo a nota do dirigente do MAIS)
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Waldo Mermelstein
(Facebook, 11 de fevereiro de 2018)

Depois de inúmeras provocações israelenses, com incursões de todos os tipos no Líbano e na Síria, um confuso incidente de um drone iraniano que teria ingressado no espaço aéreo de Israel, motivou o mais forte bombardeio aéreo israelense em décadas. O fato mais notável é que um F16 de Israel foi derrubado, o que não ocorria desde 1973, colocando em risco a hegemonia total dos ares dos sionistas no Oriente Médio. Na guerra, como na política, os golpes de efeito possuem seus efeitos.

Mas está claro que Israel se prepara para mais uma guerra de agressão na região. E que, em baixa intensidade, já começou com seus exercícios militares que simulavam a invasão do Líbano no ano passado e as ameaças ao Irã (com ações militares esporádicas de todo tipo e cada vez mais agressivas). Claro que o cenário do Oriente Médio é mais complexo do que isso, em particular na Síria, com a divisão das áreas de influência entre EUA e Rússia e as potências regionais, etc., mas a agressão israelense tem seu papel e peso próprios.