domingo, 1 de julho de 2018

UMA IMAGEM VALE MAIS QUE MIL PALAVRAS: SÍMBOLO DO TROTSKISMO REVOLUCIONÁRIO VERSUS INSÍGNIA DA SOCIAL-DEMOCRACIA DE ESQUERDA, COPIADO COMO DEFERÊNCIA AO "PODEMOS" ESPANHOL...


Um velho pensamento chinês, atribuído ao filósofo Confúcio, afirma que: "Uma imagem vale mais do que mil palavras". Não teria melhor definição a decisão política do grupo do PSOL ex-MAIS, atual RESISTÊNCIA, de adotar um ícone "pós-moderno", ainda por cima copiado em deferência a uma organização social-democrata de esquerda, o "PODEMOS" do Estado Espanhol. Para os Marxistas Revolucionários os símbolos do comunismo não são uma mera questão de "estética", representam o conteúdo programático de toda uma tradição histórica da classe operária mundial. Ao adotarem um "logo" totalmente estranho a esta tradição, o grupo Resistência não está simplesmente "inovando" os símbolos comunistas, como podem pensar alguns ingênuos e outros não tão tolos assim, o ex-MAIS decidiu romper com esta tradição comunista simbólica não só na imagem mas sim em sua própria plataforma programática e ideológica. Quando decidiram sair do PSTU/LIT, há dois anos atrás, o ex-MAIS publicitou para sua militância de base que se manteriam no marco do Trotskismo e que jamais ingressariam no PSOL, uma caricatura deformada de um verdadeiro partido leninista. Nós da LBI, logo caracterizamos a real dinâmica ideológica do grupo e fizemos um prognóstico que agora se consumou por completo com a adoção do ícone da social-democracia para a Resistência psolista. 

Insígnia do PODEMOS espanhol
É verdade que a metamorfose política dos seguidores do prof. Valério não aconteceu da noite para o dia, foi se gestando no interior do próprio PSTU, que no interior da LIT é uma de suas seções mais despreparadas programaticamente. O tênue Morenismo de Valério e Waldo, dois dos dirigentes mais antigos da LIT, logo se dissipou em um mix de ecossocialismo do SU(Secretariado Unificado da IV internacional Mandelista)/ PSOL e social-democracia de esquerda do tipo do PODEMOS e Syriza grego. Porém o que nos chama atenção é o silêncio passivo da "família Morenista" em relação a decomposição ideológica do ex-MAIS, PSTU e CST não se sabe bem se por diplomacia política, covardia teórica ou identidade longínqua raramente polemizam com o prof.Valério, e quando o fazem (no caso o PSTU) é por motivos de antigas posições ainda assumidas no interior da LIT e que ao nosso entendimento não são mais válidas para se travar uma crítica, ao contrário de suas posições oportunistas vigentes hoje no seio do PSOL. Como a Resistência, agora formalmente abdicou da condição de uma organização Leninista, adotando o Trotskismo "light" como uma modalidade "cult", a exemplo do SU, podemos afirmar com absoluta convicção que sua "impressionante" dinâmica ideológica atrai um grande setor da militância do PSTU, que considera o Marxismo Leninismo um fardo muito pesado para o partido carregar, ainda que formalmente. Como nos ensinou o "velho" Trotsky: "A luta de classes depura naturalmente, ainda que com seu passo lento, os oportunistas mencheviques dos bolcheviques leninistas".

Publicação da LBI sobre o MAIS lançada em julho de 2017