sexta-feira, 28 de setembro de 2018

DATAFOLHA SEGUE CARTEL DOS INSTITUTOS E "DECRETA": HADDAD NO SEGUNDO TURNO E MORTE POLÍTICA DO TUCANO ALCKMIN, O EX-QUERIDINHO DA BURGUESIA...


O DATAFOLHA, outro pseudo "instituto" controlado pelos barões da mídia corporativa, seguiu à risca a orientação da famiglia Marinho equiparando seus resultados as últimas pesquisas do IBOPE. Há uma semana das eleições gerais, a possibilidade é remota de uma brusca reviravolta dos percentuais dos quatro principais candidatos à presidência (Bolsonaro, Haddad, Ciro e Alckmin), seguindo esta dinâmica podemos abstrair dois elementos fundamentais: o primeiro é que o segundo turno está praticamente definido entre o fascista Bolsonaro e o petista neoliberal Haddad, faltando ainda a definição de qual dos deles largará em primeiro lugar para a disputa final ao Planalto. O segundo elemento político central revelado pelas pesquisas é o da eliminação precoce do candidato tucano, Geraldo Alckmin, o ex-queridinho da burguesia e do imperialismo para triunfar em outubro sobre os possíveis escombros do PT. Este cenário não se configurou pelo fato da candidatura de Ciro Gomes ter ocupado todo o espectro do "centro" político do país e a sua direita o capitão neofascista ter hegemonizado o imenso corredor direitista que varre o Brasil desde o completo fiasco do segundo mandato de Dilma Rousseff. Pela primeira vez desde o impeachment de Collor, o PSDB não enfrenta um adversário forte a sua direita, mesmos os tucanos após a "era FHC", derrotados consecutivamente em quatro eleições presidenciais (Serra(2), Alckmin e Aécio Neves), nunca tiveram qualquer preocupação em demarcar espaço com um competidor que se apresentasse como o " anti-PT". Mas agora a situação eleitoral e política é bastante distinta, se Alckmin soube "furtar" de Ciro para a coligação tucana o arco de partidos reacionários chamado de "Centrão", o mesmo não ocorreu em relação ao próprio eleitorado de direita, que seguiu firme com Bolsonaro na perspectiva de uma alternativa mais dura para defenestrar o PT. O "caldo de cultura" do ódio de classe ao PT, identificado distorcidamente pela elite dominante como um partido que ainda carrega traços operários, disseminado fartamente em vários segmentos sociais, catapultou a escalada fascista de Bolsonaro, mas contraditoriamente também reforçou a defesa militante do PT diante da brutal ofensiva midiática contra suas principais lideranças. Neste cenário extremamente polarizado, o partido do eterno "em cima do muro" e do "príncipe da sociologia", não pode sobreviver por muito tempo, ameaçado até de perder sua "cidadela" histórica, o governo de São Paulo. Os tucanos, em guerra fratricida interna, marcham aceleradamente para um retumbante desastre eleitoral, o que obrigará os estrategistas da Casa Branca a moverem rapidamente suas fichas em outro escaninho da mesa do jogo político.