quarta-feira, 24 de outubro de 2018

CONLUTAS APOIA PROGRAMA DE COLABORAÇÃO DE CLASSES DA CUT E DAS CENTRAIS PELEGAS EM NOME DE “DERROTAR BOLSONARO” NAS URNAS: TODA A BUROCRACIA SINDICAL QUE DEFENDE A "REGULAÇÃO DO CAPITAL" UNIDA EM DEFESA DA DEMOCRACIA BURGUESA E DA CANDIDATURA NEOLIBERAL "LIGHT" DE HADDAD!



“Para derrotar Bolsonaro nas urnas e nas ruas, votamos 13”. Com essa fórmula programática a CSP-Conlutas acaba de subscrever a “nota das centrais sindicais” em apoio à candidatura de Fernando Haddad (PT). Trata-se não “só” do apoio eleitoral ao representante da Frente Popular mas da elaboração de um programa comum entre a central sindical dirigida majoritariamente pelo PSTU com a CUT e as demais centrais ultra-pelegas como a UGT e a NCST. Em nome da “defesa dos direitos dos trabalhadores” a CSP-Conlutas levanta um programa em defesa da democracia burguesa, como textualmente está escrito na nota: “Não podemos ficar calados diante do risco que essa candidatura representa. Por isso, em defesa da autonomia e da democracia, as Centrais, Sindicatos e milhares de sindicalistas em todo Brasil estão, neste segundo turno, chamando nossa classe a votar contra Bolsonaro e votar 13”. Em todo panfleto não há um chamado a ação direta dos trabalhadores e a frente única de ação para enfrentar a ofensiva reacionária em curso, mas sim de uma frente política que reivindica a regulação do capital. As “ruas” são apenas um adereço amorfo para melhor justificar o voto em Haddad, que já anunciou seu compromisso com a aplicação do ajuste neoliberal ditado pelos rentistas, com o PT se aproximando da centro-direita (PSDB, PDT, PSB) em nome da formação de um governo burguês de “unidade nacional”. Como afirmamos anteriormente, quando o PSTU decidiu “votar 13” estava prestando um apoio político ao PT, agora com a nota assinada pela CSP-Conlutas fica mais que evidente que os sindicalistas ligados aos partidos foram além: elaboraram um programa democrático burguês comum com os representantes sindicais da Frente Popular e das centrais amarelas. Caiu a máscara de que o voto do PSTU não se tratava de um apoio político, na medida que a CSP-Conlutas agora não só apoia politicamente o candidato petista como subscreve um programa em defesa da democracia burguesia, tudo isso em nome de combater um “projeto de ditadura” quando até ontem tanto a Conlutas como o próprio PSTU negavam a existência de uma ofensiva fascista no Brasil. Não resta a menor dúvida que a Conlutas agora voltou a integrar politicamente a base da Frente Popular no Brasil, nos próximos anos em nome de “combater Bolsonaro” vamos ter de volta as “chapas comuns” do conjunto da corrompida burocracia sindical lulista que não convoca nenhuma luta concreta contra a escalada reacionária, optando sempre pela via eleitoral para amortecer a luta de classes!