sexta-feira, 30 de novembro de 2018

PRISÃO DE PEZÃO: DESCARTE DE LIXO JÁ UTILIZADO PELA LAVA JATO PARA LEGITIMAR NOVA OFENSIVA CONTRA O PT E DILMA ROUSSEFF


Para o governador Pezão sua prisão efetuada na manhã desta quinta-feira pela "República de Curitiba" não era surpresa alguma, já havia sido negociada desde que a versão carioca da famigerada operação Lava Jato encarcerou seu "padrinho" Sérgio Cabral ainda em 2016. Pezão esperava terminar seu mandato falido de governador e ser preso em seguida, após ter colaborado pacatamente com os golpistas na intervenção militar do seu estado e o bando judiciário de Moro, porém a eleição de um membro orgânico da ofensiva do bonapartismo judiciário para ocupar o Palácio das Laranjeiras precipitou os fatos. Como no plano nacional, a Lava Jato retirou da cena política do Rio de Janeiro "peças" indesejáveis ao seu próprio esquema de apropriação do Estado, obviamente tudo em nome do "combate a corrupção", uma enganação que só pode convencer otários ou oportunistas de esquerda que sonham em surfar eleitoralmente na onda midiática do bolsonarismo. Primeiro os seguidores de Moro "descobriram" que Cabral nadava de braçadas no "mar da corrupção" em plena Copacabana, enquanto os falsos vestais  tucanos da Av. Paulista, como Serra e Alckmin, eram totalmente preservados apesar de cometerem os mesmos crimes em escala muito maior. Depois a Lava Jato passou a perseguir outro ex-governador, Antony Garotinho e sua esposa Rosinha, também ex-governadora, até conseguir tirar fraudulentamente o ex-brizolista da disputa eleitoral ao governo do estado. Com Pezão fora da disputa, anestesiado e chantageado, ficou bem fácil eleger uma paródia fascista do Sergio Moro no Rio de Janeiro, o juiz "valentão" Wilson Witzel. Neste cenário nacional completamente favorável ao bonapartismo togado, não seria necessário esperar o cumprimento do "acordo de cavalheiros" celebrado com Pezão, sua prisão foi antecipada para demonstrar força e principalmente que a Lava Jato já governa em todo país. Não por coincidência a temporada de Pezão na cadeia corresponde a ida do rato Pallocci para casa, uma sincronia política perfeita para avançar em um novo ataque da Lava Jato contra o PT, agora em particular contra a ex-presidente Dilma Roussef que ainda estava "limpa" dos processos da "República de Curitiba". Um novo espetáculo midiático com a prisão de Dilma, se juntando a Lula na masmorra da Polícia Federal, ajudaria o início do governo neofascista, principalmente no seu primeiro ato neoliberal contra os trabalhadores: a malfadada contra-reforma da previdência. Desgraçadamente a esquerda reformista, e pasmem até mesmo o PT, continua legitimando o engodo jurídico da Lava Jato, Haddad o líder da "Frente Ampla Democrática" não cessa de render votos de sucesso ao próximo governo neofascista. O PSOL chegou a comemorar a prisão de Pezão, como se esta ação farsesca (pseudo combate a corrupção) não fosse parte de uma engrenagem maior de recrudescimento do regime político contra as liberdades de organização das entidades de massas. Os Marxistas Leninistas não podem depositar nenhum apoio político a "República de Curitiba" que já está alojada em Brasília, no momento em que a Lava Jato encena seu dantesco show de "moralidade da coisa pública", enviando temporariamente para cadeia notórios bandidos como Pezão.