quarta-feira, 21 de novembro de 2018

PT, PCdoB E PSOL LANÇARAM NESTA QUARTA-FEIRA EM ATO NO CONGRESSO NACIONAL A  "FRENTE AMPLA"... BEM "AMPLA" DE COLABORAÇÃO DE CLASSES...


Em um ato político restrito a parlamentares e direções partidárias, PT, PCdoB e PSOL lançaram nesta quarta-feira (21/11) no Congresso Nacional a chamada "Frente Ampla", que de ampla mesmo somente o desejo que setores da burguesia nela embarquem.. mas até agora nem mesmo os aliados burgueses mais próximos como PDT e PSB manifestaram qualquer intenção de ingressar neste bloco, isto sem falar é claro dos "tucanos" do PSDB que já estão atolados até o pescoço com o governo neofascista de Bolsonaro. O ato contou com a participação do candidato à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad. Para ele, a criminalização de movimentos sociais é “equivocada e fere o direito à livre organização”. Haddad afirmou ainda que "direitos civis e sociais são complementares e que a defesa deles pode agregar parlamentares das mais variadas correntes políticas." Na mesma linha política de colaboração de classes seguiu Guilherme Boulos do PSOL e MTST: " É verdade que o Bolsonaro foi eleito, mas a democracia não é praticada apenas em um domingo de quatro em quatro anos. A democracia é uma prática cotidiana que pressupõe o respeito às oposições, às minorias, aos movimentos sociais e às liberdades constitucionais, como o direito à livre manifestação e à livre expressão. Não se pode tratar movimento social na pancada, mas sim com políticas públicas". E para fechar com "chave de ouro " o evento o PCdoB defendeu a inclusão na "Frente Ampla" de vários setores "democráticos" das classes dominantes, como FHC, Serra e afins:"Saímos da eleição com 47 milhões de brasileiros gritando por liberdade e por direitos. Então, a gente não parte do zero: estamos apenas fazendo uma articulação política, institucional", declarou a deputada "comunista" Jandira Feghali. Por mais insistentes que sejam os clamores dos reformistas pela "unidade", as lideranças das oligarquias "progressistas" caminham a passos largos em direção do "bolsonarismo", Ciro Gomes inclusive já se manifestou contrário a estabelecer uma "oposição sistemática" ao governo neofascista, trabalhando junto ao PSB e PSDB na construção de uma "terceira via" sem o PT. O movimento de massas realmente precisa de uma sólida unidade política para enfrentar os duros ataques neoliberais e retrógados que se delineiam no próximo horizonte, porém esta unidade deverá ser forjada no calor da ação direta dos explorados e oprimidos, que deverão levantar uma plataforma em defesa das liberdades democráticas e de organização da classe operária. Alimentar ilusões em alianças inócuas e sem nenhuma base real de luta com frações da burguesia é preparar o caminho para novas derrotas do proletariado, à semelhança do que ocorreu nas últimas eleições onde a Frente Popular participou e legitimou o processo mais fraudulento de toda nossa curta história republicana. Nossa tarefa tática no próximo período deverá ser a da recomposição de forças no campo operário e popular, na perspectiva da revolução socialista como a única vereda programática segura para conduzir a derrota da ofensiva neofascista. O PT já revelou historicamente que seu "norte" de acordos e conciliação é absolutamente suicida, desgraçadamente o PSOL e suas tendências internas não conseguem abstrair esta ácida lição da luta de classes. Quanto ao PCdoB nem precisa lembrar que seu papel recorrente é o mesmo do velho "Partidão", capachos da burguesia e coveiros da revolução em nome do "etapismo" stalinista. O momento crucial da história se impõe com o desafio revolucionário: É urgente construir o Partido Marxista Leninista!