sábado, 2 de fevereiro de 2019

LUTA ACIRRADA NO INTERIOR DAS FRAÇÕES DA CLASSE DOMINANTE: RENAN RENUNCIA SUA CANDIDATURA A PRESIDÊNCIA DO SENADO, BOLSONARISMO "PASSA O RODO" E NEM A AJUDA DO STF CONSEGUIU EVITAR A DERROTA DO VELHO OLIGARCA ALAGOANO


Depois de um processo turbulento nesta manhã no plenário do Senado, com direito inclusive a anulação de um primeiro escrutínio por suspeita de fraude, com mais cédulas na urna do que o número de 81 Senadores da República. Diante de uma iminente derrota humilhante, onde a máquina do governo Bolsonaro jogou todo seu peso para a vitória de Davi Alcolumbre, o veterano Renan Calheiros anunciou no microfone sua renúncia, já em plena votação ocorrendo. Renan passou a noite e madrugada anunciando ser a favor da reforma da previdência, nos moldes propostos pelo Ministro Paulo Guedes, mas não conseguiu que o governo Bolsonaro se mantivesse "neutro" no processo eleitoral do Senado. O reforço do presidente do STF no socorro a Renan, mantendo o voto secreto, não foi suficiente para debilitar a "tropa de choque" dos senadores bolsonaristas, quase em sua maioria no primeiro mandato parlamentar. Agora o "terreno" político no Senado fica totalmente "limpo" para Davi impulsionar e aprovar pauta ultraneoliberal, uma exigência dos rentistas do mercado financeiro. O PT que apostou suas fichas na vitória de Renan, apesar do senador alagoano ter "jurado" fidelidade ao "ajuste" da equipe de Guedes, saiu ainda mais desmoralizado do que mesmo a cúpula corrupta do MDB. Para o movimento de massas a tragicômica eleição no Senado é um prenúncio claro que não há que nutrir ilusões no caminho institucional, a dupla Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre no comando do Congresso Nacional irão corroborar com os profundos ataques sociais às conquistas históricas da classe trabalhadora. Somente a ação direta do proletariado na perspectiva da preparação da greve geral por tempo indeterminado poderá derrotar a ofensiva neoliberal das classes dominantes.