segunda-feira, 8 de abril de 2019

ANIVERSÁRIO DO CÁRCERE DE LULA: POR QUE OS ATOS NACIONAIS DO 7 DE ABRIL FORAM TÃO ESVAZIADOS?


O último domingo (07/04), quando se completou um ano de prisão do ex-presidente Lula, foi marcado por atos muito esvaziados em todo Brasil, apesar da convocação de todos os partidos que integram a Frente Popular (PT,PSOL e PCdoB). Dezessete capitais brasileiras realizaram manifestações de rua, mas somente a mobilização ocorrida na cidade de Curitiba, onde Lula encontra-se encarcerado pelos bandidos togados da “Operação Lava Jato”, teve algum peso de massas (em torno de dez mil pessoas). No principal centro político do país, a cidade de São Paulo, o ato convocado para a Av.Paulista reuniu pouco mais de dois mil ativistas, sendo a grande maioria militantes do PT. A pequena afluência social nas atividades deste 07 de abril não corresponde a enorme dimensão política do fato da maior liderança da esquerda burguesa no Brasil encontrar-se injustamente presa há exatamente um ano. A explicação para o “fiasco” do dia nacional do “Lula Livre” reside na própria política covarde de colaboração de classes adotada pela Frente Popular, que primeiro entrega Lula pacificamente a “República de Curitiba”, para depois alimentar ilusões que a cúpula do judiciário o libertaria após as eleições presidenciais. O descrédito desta estratégia “suicida” da esquerda reformista resultou na desmobilização do movimento de massas e no sentimento de profunda derrota política que hoje permeia a vanguarda da classe trabalhadora. O governo fascista de Bolsonaro implementa incólume sua agenda de ajustes neoliberais e as direções da Frente Popular apostam todas suas fichas políticas no jogo sujo da institucionalidade burguesa. Nem mesmo a organização de uma greve geral por tempo indeterminado para derrotar a (contra)reforma da Previdência Social passa pelos planos da burocracia sindical das Centrais ligadas à Frente Popular. Neste cenário de inação política, o caminho da ofensiva neoliberal contra as conquistas históricas do proletariado vai avançando paulatinamente sem qualquer resistência efetiva por parte da esquerda reformista. Os Marxistas Leninistas que participaram ativamente do “Dia Lula Livre”, em frente única de ação com a militância petista, na defesa das liberdades democráticas, alertam o movimento operário para o “beco sem saída” em que a Frente Popular está guiando a população oprimida e pobre deste país. É urgente a construção do verdadeiro Partido Operário Revolucionário (POR), baseado no proletariado urbano e industrial, única garantia programática para triunfarmos sobre a reação fascista que atualmente permeia a conjuntura mundial e nacional.
                           
Direção da LBI em frente com a militância petista