domingo, 21 de abril de 2019

DERROTADO NA SÍRIA: “ESTADO ISLÂMICO” LEVA O TERROR PARA SRI LANKA, ANTIGO CEILÃO


Uma série de explosões em hotéis de luxo para turistas e igrejas católicas durante a celebração da Páscoa no Sri Lanka deixou hoje (21/04) pelo menos 207 mortos e 450 feridos, na maior onda de violência já registrada no país desde o o encerramento da guerra civil que durou 30 anos, sendo finalizada em 2009. Os atentados terroristas foram registrados na capital, Colombo, e nas regiões de Katana e Batticaloa, contabilizando oito explosões. Três igrejas da minoria católica foram alvos dos ataques, que aconteceram durante as missas de Páscoa. Os hotéis cinco-estrelas Shangri-La, Kingsbury, Cinnamon Grand e um quarto hotel, todos em Colombo, também foram atingidos,houve ainda uma explosão num complexo de casas. Autoridades governamentais no Sri Lanka dizem que os ataques foram planejados e coordenados, apesar de não terem sido ainda reivindicados por nenhuma organização política ou militar.  Porém é de conhecimento no país que destacamentos de brigadas do “Estado Islâmico” se deslocaram massivamente para o Sri Lanka vindo do Oriente Médio, mais precisamente fugindo da estrondosa derrota que sofreram na Síria. Cerca de 10% da população do Sri Lanka, antigo Ceilão, é de origem muçulmana. As ações guerrilheiras e atos terroristas contra as tropas cingalesas (a maioria da população é etnicamente cingalesa) tem uma longa história no Sri Lanka, duraram três décadas, até que, derrotados militarmente, os rebeldes da minoria étnica tâmil negociaram um cessar-fogo com o governo central, encerrando a guerra civil. Mas pelas primeiras análises da conjuntura nacional recente, tudo aponta que a guerrilha maoísta não tenha tido nenhuma participação nestes bárbaros ataques. Os Marxistas Revolucionários não compartilham o método do terrorismo individual, comumente “confundido” propositalmente pela mídia corporativa com justas ações guerrilheiras. Neste caso concreto o ataque não corresponde a uma iniciativa militar ou política da minoria muçulmana, mas sim da organização reacionária e manipulada pelo imperialismo ianque, o chamado “Estado Islâmico”. O proletariado cingalês, tâmil e muçulmano deve lutar unido pelos mesmos objetivos estratégicos no antigo Ceilão, um genuíno governo operário e camponês em direção ao socialismo!