terça-feira, 16 de abril de 2019

ESQUENTA A LUTA ENTRE AS DUAS FRAÇÕES GOLPISTAS: RAQUEL E OS FASCISTAS DA LAVA JATO QUEREM INTERDITAR A MÁFIA TOGADA DO STF


A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, requereu ao Supremo Tribunal Federal o arquivamento do inquérito sigiloso aberto pelo presidente Dias Toffoli para apurar ataques e disseminação de ofensas e notícias falsas contra a Suprema Corte e seus Ministros. Anteriormente os Procuradores federais da fascista “Operação Lava Jato” também criticaram a cúpula do judiciário por rejeitar qualquer participação do MPF nas investigações de fatos relacionados a “ataques morais” aos togados do STF. O clima esquentou ainda mais no início desta semana quando o Ministro Alexandre Moraes mandou censurar a reacionária revista “Crusoé” e também o site direitista “O Antagonista” por supostamente veicular acusações de corrupção contra o presidente Dias Toffoli, em um suposto envolvimento com empreiteiras. O Ministro do STF Marco Aurélio Mello, resolveu entrar no confronto entre as duas alas do golpismo, classificando como censura a decisão do colega Alexandre de Moraes que determinou à apreensão da revista digital "Crusoé". A maioria do STF parece seguir a orientação de Toffoli, até mesmo por uma questão de autodefesa, e já comunicou oficialmente que a PGR não tem poder algum para impedir as determinações da Suprema Corte. Aberta a guerra intestina no interior do regime bonapartista, a camarilha militar observa de camarote os desdobramentos da dissidência golpista, enquanto o triunvirato neoliberal do governo Bolsonaro joga abertamente em favor da “Lava Jato”. É evidente que os fascistas que se perfilam na tropa do justiceiro Moro não admitem que a “última palavra” do novo regime político seja dada pelos togados do STF. Nós Marxistas não ingressaremos na defesa de nenhum dos dois blocos reacionários das classes dominantes, desgraçadamente a esquerda reformista tem se divido ora apoiando a máfia togada do STF (PCdoB), ou dando suporte político aos bandidos da Lava Jato (PSTU). As justificativas de apologia da honra do judiciário e das instituições (STF), ou da defesa abstrata da liberdade das grandes corporações de imprensa (Lava Jato), são absolutamente nulas quando se trata dos interesses estratégicos da classe operária, que passa ao largo desta falsa dicotomia da burguesia. O proletariado e suas organizações de combate devem traçar uma linha bem nítida de independência de classe em relação a todas as alas deste regime de exceção bonapartista, instaurado no país após o golpe institucional de 2016. Os Marxistas Revolucionários são totalmente contrários a censura no âmbito de um regime político burguês e de sua justiça de classe em particular a qualquer pessoa, jornal, blog ou revista por expressar suas opiniões, pensamentos ou em função da divulgação de reportagem investigativa. Portanto não defendemos que o reacionário site Antagonista e a direitista Revista Crusoé sejam censurados pela máfia togada do STF porque essa perseguição arbitrária que se volta hoje pontualmente contra esses órgãos da imprensa burguesa que conformam o PIG tem como alvo principal a esquerda revolucionária, a imprensa operária e os lutadores sociais. Ao mesmo tempo denunciamos o covil reacionário da PGR e os fascistas da Lava Jato como agentes da reação burguesa que atacam as liberdades democráticas dos explorados. A vanguarda dos trabalhadores construirá no curso de sua luta concreta seus próprios organismos de defesa e publicidade, sem que necessitem de qualquer “autorização” institucional da decadente elite dominante para existir e cumprir seu papel histórico: o socialismo!