domingo, 7 de abril de 2019

UM ANO DA PRISÃO DE LULA: TOFFOLI TIRA DA PAUTA DO STF AÇÃO QUE PODERIA LIBERTAR LULA, MAS PT SEGUE NEGOCIANDO SUA LIBERDADE EM TROCA DA “INAÇÃO” DO MOVIMENTO OPERÁRIO DIANTE DA OFENSIVA NEOLIBERAL 


Neste dia 7 abril completa-se 1 ano que o bandido “justiceiro” Moro ordenou a prisão de Lula. Nesta mesma semana o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-petista ministro Dias Toffoli, retirou de pauta o julgamento das ações que tratam da prisão após condenação em segunda instância, que estava marcado para o dia 10 de abril. Um dos prejudicados é o ex-presidente Lula, preso político após condenação no Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF4), de Porto Alegre, enquanto, segundo a constituição, ninguém é considerado culpado sem o trânsito em julgado de um determinado processo. Agora cooptado para o golpe institucional que destituiu a presidente Dilma, pela via do impeachment, o pusilânime Dias Toffoli mostra seus serviços aos “novos chefes”. Não é demais recordar que Dias foi indicado ao Supremo pelo PT, onde ocupou posições importantes como membro da tendência majoritária “Articulação” ligada a Lula e José Dirceu. Toffoli agora pertence ao núcleo duro do regime bonapartista, mais especificamente a sua ala militar comandada pelos generais Augusto Heleno, Hamilton Mourão e Fernando Azevedo e Silva, este último seu “tutor” no STF.  A LBI, que sempre foi uma corrente política que defendeu a oposição operária e revolucionária as gestões de colaboração de classes da Frente Popular, colocou-se sempre na trincheira da luta direta contra a prisão de Lula pela famigerada Operação “Lava Jato” patrocinada pelo imperialismo ianque. Nossas profundas diferenças políticas e de classe com o PT nos dão toda a moral para defender Lula das garras da reação burguesa sem capitular ao programa de conciliação da direção petista. Na época defendemos que Lula não se entregasse a PF e que o proletariado resistisse nas ruas e através da luta direta a prisão com a organização imediata de uma Greve Geral política contra a escalada reacionária que avança em nosso país. Hoje, apesar da decisão de Tofolli, a direção nacional do PT segue negociando nos bastidores da “república” uma barganha em torno da liberdade de Lula em troca de sua “inação” no marco da radicalização da luta contra o projeto neoliberal do mercado financeiro. É necessário organizar desde já a construção de uma vigorosa Greve Geral por tempo indeterminado para derrotar não só as (contra)reformas, mas o conjunto do regime de exceção, vigente após o golpe parlamentar que resultou na fraude eleitoral, empossando o fascista Bolsonaro no Planalto. Somente forjado uma alternativa revolucionária de poder, para romper com a farsa da democracia burguesa, a classe operária será capaz de se insurgir no cenário histórico de forma independente para iniciar uma nova etapa do desenvolvimento humano: a sociedade socialista! Está claro para qualquer observador político minimamente atento, que Lula só recuperará suas garantias constitucionais elementares com a derrubada revolucionária do atual regime vigente. Desgraçamente, o “Lula Livre” do PT não passa de uma palavra de ordem oca, demagógica, voltada apenas para cabalar voto e simpatia dos seus eleitores, não está fincada na luta concreta para romper com a legalidade burguesa. Porém os Marxistas Leninistas estaremos em frente única com a mobilização da Frente Popular nesta semana, para exigir da “República de Curitiba” a imediata liberdade de Lula!