domingo, 26 de maio de 2019

MAIOR ATO DA EXTREMA DIREITA FOI RIO: COMPOSTO PELAS IGREJAS EVANGÉLICAS E PENTECOSTAIS QUE REPRESENTAM A BASE THEOFASCISTA DO BOLSONARISMO



O maior ato da extrema direita nesta domingueira bolsonarista ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, onde pelo menos cinco mil pessoas se concentraram na orla de Copacabana, “em tese” para apoiar as (contra)reformas que retiram direitos históricos da população brasileira. Pode parecer estranho que setores do próprio povo se manifestem nas ruas a favor da pauta neoliberal dos rentistas e banqueiros, verdadeiros parasitas da nação. Porém em uma análise mais “fina” da situação, podemos aferir que uma parcela majoritária da audiência destes atos neofascistas foi composto por “fiéis” e funcionários das milhares de igrejas(seitas) evangélicas e pentecostais que povoam a periferia das principais cidades do país. Estes “Centros” religiosos são organizados em regiões de muita carência econômica, e funcionam como uma verdadeira rede de proteção social, onde geralmente falha por completo os serviços da seguridade estatal. Seitas empresariais como a chamada “Igreja Universal” e outras similares, tiveram um fantástico crescimento nas últimas duas décadas, e não raramente obtiverem até financiamento público para a expansão de seus negócios, inclusive nos governos da Frente Popular. Na etapa mais recente da história os “chefes” espirituais destas seitas empreenderam uma verdadeira “guerra santa” contra as lideranças do PT, consideradas como “traidoras”, assumindo desta forma um papel de protagonismo no impeachment da presidente Dilma. Após o golpe institucional os pastores evangélicos partiram para a “cruzada sagrada”, em um empenho máximo para a eleição do ex-capitão, que se dizia convertido ao “cristianismo ortodoxo”. Agora com a prematura falência de sua gerência neoliberal e inoperante, Bolsonaro apela para a imensa base social evangélica, que pela via do icentivo de seus “pastores” ganhou as ruas deste domingo para tentar lotar os atos neofascistas, contra suas próprias condições de vida. Este fenômeno político que ocorre na conjuntura de nosso país poderia se definido pelos Marxistas como uma espécie de “Theofascismo”, e não deixa de ser um elemento muito nocivo para a luta do movimento operário e popular. Como a esquerda reformista não organizou previamente nenhuma mobilização de massas para defenestrar a reacionária “domingueira”, os bolsonaristas conseguiram marchar em algumas cidades com relativo peso, sob a bandeira do “Deus Mercado” e guiados para o abismo por pastores e rentistas...