sábado, 25 de maio de 2019

PSOL E FREIXO AVANÇAM NA “COSTURA” DA ALIANÇA COM PARTIDOS BURGUESES PARA AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2020 NO RIO DE JANEIRO


O deputado federal Marcelo Freixo e seu “entorno” político, ao longo do último período tem sido falsamente apresentado pela esquerda “socialista” do PSOL (Resistência, CST, LSR, Comuna, Insurgência, etc...) como a melhor expressão de “combatividade” do partido. Inclusive os setores da “esquerda” do PSOL, em nome desta identidade programática com Freixo, não tem o menor constrangimento de indicar vários cargos remunerados de assessoria parlamentar nos gabinetes dos deputados do grupo de Freixo. Desde a LBI nunca compartilhamos do “mito” Freixo, muito pelo contrário vimos denunciando o parlamentar do PSOL como uma das melhores expressões da política de colaboração de classes do reformismo da Frente Popular. O PSOL já convertido nacionalmente em apêndice político do PT desde o impeachment da presidente Dilma, quer assumir no Rio de Janeiro o papel de protagonista da Frente Ampla, justamente fincado no grande peso eleitoral de Freixo no estado. Em meio a crise prematura do governo fascista de Bolsonaro, e no despontar das primeiras multitudinárias mobilizações contra a ofensiva neoliberal em curso, a Frente Popular(PT, PSOL e PCdoB) não consegue ter outro eixo estratégico de ação que não seja o das próximas eleições. E coube exatamente a Marcelo Freixo a iniciativa de articular na cidade do Rio de Janeiro a formação de uma bloco eleitoral burguês ainda bem mais amplo do que a “tradicional” Frente Popular. Para cumprir este objetivo o PT carioca deu um passo importante, já abriu mão de lançar uma candidatura própria à prefeitura, retirando o nome da deputada federal e ex-governadora Benedita da Silva. “Não seremos um empecilho para ampliar o arco de alianças”, afirmou Washington Quaquá, presidente do PT-RJ, admitindo ceder para o PDT a indicação do vice na chapa que seria encabeçada por Freixo. Por outro lado o PDT, dominado pelo oligarca reacionário Ciro Gomes, também aposta na consolidação da aliança com o PSOL e PT, porém com impõe a condição da deputada estadual “miliciana” Marta Rocha encabeçar a frente eleitoral. O Presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, descarta qualquer aliança que não tenha a deputada  Martha Rocha como cabeça de chapa para a prefeitura. O “ídolo” da esquerda revisionista do PSOL, Marcelo Freixo, que não tem qualquer traço político de de independência de classe, não “desanima” com as condições impostas por Lupi e tampouco se opõe a que seu partido se reivindicando de esquerda se junte a uma legenda burguesa que apoia o “ajuste” neoliberal ditado pelos rentistas do mercado financeiro. Descaradamente Freixo declarou: “O PT mostrou maturidade ao colocar o projeto coletivo acima de questões partidárias. Quanto ao PDT, o Lupi não poderia falar nada de diferente neste momento. Nós vamos continuar dialogando com todas as forças do campo progressista”. Agora as tendências de “esquerda” do PSOL, logo farão seu malabarismo para justificar o oportunismo policlassista de Freixo, mas todas de olho em uma possível vitória a “qualquer preço” para a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, afinal de contas novas e rentáveis “assessorias” poderão surgir para reforçar seus aparatos burocráticos...