quarta-feira, 24 de julho de 2019

DIANTE DA PRIVATIZAÇÃO DA BR DISTRIBUIDORA E DA IMINENTE ENTREGA DA PETROBRAS AO IMPERIALISMO: CONVOCAR A GREVE NACIONAL PETROLEIRA, COM A OCUPAÇÃO DAS REFINARIAS E CENTROS DE DESTRIBUIÇÃO PELOS TRABALHADORES!


O governo entreguista de Bolsonaro acaba de anunciar a privatização da BR Distribuidora com a perda de seu controle acionário. Ela possui oito mil postos de combustível e 14 mil grandes clientes diretos (empresas aéreas, asfaltos, transporte, produtos químicos). A Petrobras vendeu 35% da BR Distribuidora por US$ 2,5 bilhões, cerca de R$ 9 bilhões, para 160 investidores de diferentes países, a exemplo de Reino Unido, Canadá e Estados Unidos, entre outros. Como Temer já havia vendido 28% da empresa em 2017, numa operação na Bovespa, agora 63% da empresa – e, claro, o seu controle – o Estado brasileiro perde participação nos lucros – imensos – da empresa. Em 2018, R$ 3,2 bilhões. Com esta decisão, a Petrobrás perde a maioria das ações com direito a voto e o controle da subsidiária mais lucrativa, responsável pela distribuição de combustível para todo o país, passa para as mãos de grupos privados como a Raízen, controlada pela Shell. A transação, conduzida pelos bancos JP Morgan, Bofa (Bank of America Merril Lynch), Credit Suisse, Citi, Itaú BBA e Santander, foi considerada um sucesso pelos tubarões do setor petrolífero e seus porta-vozes no Brasil. 

A BR distribuidora, criada em 1971, é a maior empresa de distribuição e comércio de derivados de petróleo e atende todo o mercado interno. São mais de 8.000 postos de serviços que atingem os municípios mais distantes do país. No primeiro trimestre deste ano a companhia obteve um crescimento de 93,1% no seu lucro líquido, apesar da política de desmonte da maior estatal brasileira, implementada por Bolsonaro, Guedes e Roberto Castelo Branco. Fica evidente que após a aprovação folgada em primeiro turno da Reforma Neoliberal da Previdência, o governo Bolsonaro sentiu-se completamente de mãos livres para avançar na sua agenda privatista. Registre-se que todos esses ataques vêm sendo aplicados sem qualquer resistência do movimento operário porque as centrais sindicais, a FUP, FNP e os sindicatos seguindo a política de colaborção de classes da Frente Popular (PT, PCdoB, PSOL) não convocaram nenhuma medida de luta nem para barrar a reforma neoliberal e muito menos para impedir a privatização da BR Distribuidora. Nessa senda a entrega da própria Petrobras pelo governo do fascista Bolsonaro entra também na ordem do dia na agenda dos rentista e da burguesia subserviente ao imperialismo e as grandes transnacionais estrangueiras. Diante dessa dura realidade faz-se mais que necessário convocar imediatamente a Greve Nacional dos Petroleiros, com assembleias de base em todo o país, para deliberar pela ocupação das refinarias e centros de distribuição da BR!