quarta-feira, 10 de julho de 2019

É COM A CRETINA POLÍTICA DE ACREDITAR NAS INSTITUIÇÕES GOLPISTAS QUE O PT, PSOL E PCdoB PRETENDEM DERROTAR HOJE NA CÂMARA DOS DEPUTADOS O FIM DA PREVIDÊNCIA PÚBLICA


Os partidos governistas favoráveis à (contra)reforma da Previdência conseguiram acelerar a análise do texto no plenário da Câmara dos Deputados na madrugada desta quarta-feira (10/07). A discussão da proposta aprovada na Comissão Especial começou logo depois da votação de um único requerimento de obstrução da oposição burguesa (PT, PSB, PDT, PCdoB) o de retirada de pauta da PEC. Outros requerimentos da Frente Popular, no sentido de tentar adiar a discussão por diferentes prazos, foram considerados prejudicados pela mesa, não foram sequer votados porque foram consideradas decididos quando o plenário derrubou a proposta de retirada de pauta. 

Estes requerimentos faziam parte do “kit obstrução” anunciado pelo PT e seus parceiros como um instrumento seguro para barrar a aprovação do draconiano “ajuste” do projeto dos rentistas da equipe do ministro Paulo Guedes, mas nem conseguiram atrasar o início da discussão da PEC do fim da Previdência Pública no país. O requerimento de suspensão da votação da PEC, transferindo desta madrugada para a manhã de quarta-feira, obteve 353 votos, uma demonstração de força dada pela base parlamentar bolsonarista. Paralelamente às manobras parlamentares já inúteis nesta altura do processo, a oposição burguesa anunciou publicamente, para os tolos que ainda seguem politicamente o PT, PSOL e PCdoB, que o STF poderia travar o curso da votação no plenário da Câmara, ou seja, espalharam a cretinice de que o golpismo Supremo se colocaria contra a (contra)reforma da Previdência, mesmo após Toffoli firmar o “pacto” com o governo neofascista de Bolsonaro. 

É quase inacreditável a que ponto pode chegar a plataforma de conciliação de classes da Frente Popular. Porém para os Marxistas Leninistas não é surpresa alguma o cinismo político da esquerda reformista, mesmo quando sua nefasta prática política ocorre às vésperas do movimento operário (e povo trabalhador de uma maneira geral) sofrer mais uma derrota histórica neste curto espaço de tempo da nossa conjuntura nacional. Se muito provavelmente hoje será um dia de “festa” para os parasitas do mercado financeiro, para o proletariado e sua vanguarda classista é o momento de abstrair as lições da derrota, com um rigoroso balanço do papel político “jogado” pelos traidores da Frente Popular.