sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

MÍDIA “MURDOCHIANA” AFIRMA 
QUE DESEMPREGO DIMINUIU: INFORMALIDADE DO TRABALHO (“BICO SEM CARTEIRA”) BATE RECORDE HISTÓRICO NO BRASIL...


No primeiro ano do governo neofascista de Bolsonaro a informalidade no mundo do trabalho assalariado, a soma dos trabalhadores sem carteira registrada, empregados domésticos sem vínculo trabalhista e o proletariado que trabalha por conta própria atingiu 41,1% da força de trabalho do país, o equivalente a 38,4 milhões de pessoas. Mas a mídia corporativa (“murdochiana”) estampa cinicamente em suas manchetes que o desemprego diminuiu no Brasil. É o maior contingente de brasileiros no trabalho precário em quatro anos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje (31/01)pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com 2018, o número de trabalhadores por conta própria subiu para 24,2 milhões, uma expansão de 4,1% (958 mil). O número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado atingiu 11,6 milhões. Uma expansão de 4% em relação a 2018, o mais alto patamar da série histórica iniciada em 2012. Portanto a sórdida comemoração dos estafetas do governo neofascista acerca da queda na taxa média de desocupação, de 12,3% em 2018 para 11,9% em 2019, foi resultado do aumento da informalidade e da precarização a que está submetida a classe trabalhadora. Nesse quadro dramático de milhões de operários brasileiros desempregados, sem direitos trabalhistas algum e com a renda comprimida foram criadas apenas 356 mil vagas com carteira assinada. O quadro econômico de aprofundamento da recessão capitalista favorece o cenário do desemprego, somado ao fato do governo neofascista reduzir drasticamente o investimento público, vetor fundamental em um país imperializado como o nosso. O total de investimentos feito pelas estatais em 2019, de R$ 58,3 bilhões, é o menor resultado registrado em 5 anos e representa uma queda de 31,3% na comparação com o ano anterior, cuja execução foi de R$ 84,8 bilhões. A equipe econômica palaciana, chefiada pelo rentista Paulo Guedes está limitando o investimento público e reduzindo o patrimônio das estatais, com isso ele eleva os ganhos dos acionistas privados e muitos deles estrangeiros como é o caso da Petrobrás. Em resumo: não há recuperação econômica alguma e muito menos redução nos níveis de desemprego, apenas “fogo ilusório” da mídia corporativa festejando a destruição do país pela receita de “ajuste” imposta pelo capital financeiro. É necessário romper a paralisia do movimento operário e popular, organizando uma jornada nacional para unificar as lutas existentes (Casa da Moeda, Petrobras, professores etc..) com o norte apontado na preparação da Greve Geral.