sábado, 22 de fevereiro de 2020

GREVE DOS PETROLEIROS: PSTU DEFENDE A CONTINUIDADE DA PARALISAÇÃO NO SEU SITE DA INTERNET, MAS NA ASSEMBLEIA GERAL DO RJ VOTA A TRAIÇÃO COM A FUP/FNP PARA ENCERRAR O MOVIMENTO PAREDISTA...


A militância da LBI defendeu nos piquetes do dia 20.02 a continuidade da greve nacional dos petroleiros se chocando frontalmente com a burocracia sindical da FUP e da FNP... já o PSTU no site na internet defendeu a continuidade da paralisação mas nas bases mais importantes como no Rio de Janeiro votou pelo fim da greve junto com a CUT-FUP, ou seja, para a plateia posou de “combativo” mas sob pressão da burocracia sindical da CUT, CTB, da Intersindical e da própria FNP sua militância votou pelo fim da greve. Vale registrar também que apesar do PSTU defender o motim fascista da polícia no Ceará, sua militância foi rechaçada nas manifestações policiais sequer tendo coragem de se aproximar das aglomerações dos policiais com balaclavas (máscaras) que povoavam as reuniões que organizam a reacionária greve policial em curso no Ceará. Apesar de todas essas evidências, que caracterizam a greve policial como um “movimento” claramente reacionário, PSTU e outros setores da “esquerda” como a TPOR saíram em seu apoio entusiasticamente, chamando a “solidariedade da classe trabalhadora” à paralisação dos membros desta corporação militar que reprime barbaramente a população trabalhadora. O mais irônico é que enquanto na greve dos petroleiros fingem defender a paralisação nas redes sociais mas nas assembleias votam com a burocracia sindical no motim policial escrevem laudas e laudas justificando a greve, mas sequer tem coragem política de enfrentar os Bolsonaristas nas assembleias policiais no Ceará.

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Desgraçadamente a disposição de luta dos trabalhadores esbarrou na política de colaboração de classes da FUT-CUT, controladas pelo PT e na completa subserviência a essa orientação por parte da FNP, que é influenciada pelo PSOL e PSTU. Recuar neste momento representou desmobilizar uma de maiores lutas da categoria, fazer os petroleiros abaixarem a guarda e deixar caminho para que o governo e a direção da empresa aprofundem seus ataques. Com relação ao motim policial, ao defender essas posições abjetas frontalmente contrárias ao Marxismo Revolucionário o PSTU choca-se com as posições de nosso mestre Trotsky que afirma claramente “O trabalhador que se torna um policial a serviço do Estado capitalista, é um policial burguês, e não um trabalhador.” (Leon Trotsky). Para o Marxismo, um policial mesmo em greve não é um aliado, não deve ser encarado como um simples “assalariado”, mas como um inimigo de classe que reivindica de seu patrão melhores condições para reprimir o povo trabalhador em meio a um período de crise econômica. 

Por esta razão não devemos apoiar uma greve para que a polícia e seus membros tenham suas condições de trabalho melhoradas, seus salários aumentados e lhe dispor de mais armas para atacar o movimento de massas, os estudantes, os camponeses. A tentativa de dotar esta greve policial de alguma característica “progressiva” é absolutamente inútil. Por mais que se esforce em “glamorizar” a luta sindical dos policias, suas ações contra a classe trabalhadora apenas reforçam o que esses “servidores públicos especiais” são treinados e pagos para fazer, ou seja, assassinar pobres e reprimir trabalhadores. Como definiu brilhantemente Trotsky, “A polícia é um inimigo cruel, inconciliável, odiado. Não há nem que se pensar em ganhá-los para a causa. Não há outro remédio que açoitá-los ou matá-los. Quanto ao exército é outra coisa...” (História da Revolução Russa, Capítulo VII, Cinco dias - 23 a 29 de fevereiro de 1917, 1930). Tentar transformar o legado teórico bolchevique, de cindir a base das forças armadas em uma etapa revolucionária a favor do proletariado, em apoio acrítico as greves reacionárias de policiais, não passa de uma “armadilha” do mais rasteiro sindicalismo vulgar praticado pelo PSTU e seus congêneres revisionistas. O PSTU também defende a “desmilitarização da polícia” alegando que desta forma a “população” teria o controle da corporação. Nada mais falso, como explicou o grande Bolchevique “Todas as polícias, executoras da vontade do capitalismo, do Estado burguês e de suas quadrilhas de políticos corruptos devem ser dissolvidas” (L.Trotsky, Um programa para a França). 

Enquanto os Marxistas Revolucionários defendem a destruição das polícias, o PSTU reivindica sua manutenção “sob o controle da população” dentro do sistema capitalista, omitindo que o Estado burguês e sua polícia são controlados pela burguesia contra a classe trabalhadora e não para defender os interesses da “população no abstrato”. Como se pode ver, a tese destes “mestres” do oportunismo chocam-se totalmente com o Marxismo Revolucionário, tanto que chegam ao ponto de patrocinar ilusões de que no capitalismo e sob um regime político burguês os trabalhadores iriam controlar a assassina oficialidade policial e capitulam vergonhosamente a burocracia sindical petroleira!!