sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

GREVE NACIONAL DOS PETROLEIROS: RADICALIZAR O MOVIMENTO COM OCUPAÇÃO DAS UNIDADES DE PRODUÇÃO, INCORPORANDO OS TERCEIRIZADOS À LUTA! EXIGIR DA CUT, CTB E INTERSINDICAL A CONVOCAÇÃO DA GREVE GERAL DA CLASSE TRABALHADORA!


A greve nacional petroleira completou com força sua segunda semana (14 dias), paralisando mais de 116 unidades de produção em 13 estados do país, enfrentando a repressão do governo Bolsonaro e a perseguição da justiça burguesa via as ações arbitráeias do TST. A luta em curso exige a suspensão imediata das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR). Pelo menos 144 trabalhadores da fábrica já receberam telegramas de convocação para comparecer a hotéis da região de Araucária, onde seriam feitas a partir de hoje a rescisão dos contratos de emprego, o que viola o Acordo Coletivo de Trabalho. Acampados há 23 dias em frente à Fafen, petroleiros e petroquímicos realizaram pela manhã um grande ato em Araucária, criticando a Petrobrás. Os trabalhadores queimaram os telegramas com os comunicados de demissão. Na tarde de quinta-feira, 13, os trabalhadores da P-57, plataforma do pré-sal que opera na Bacia do Espírito Santo, desembarcaram e se somaram à paralisação. Na Bacia de Campos, mais duas plataformas também aderiram à greve: PNA-1 e a P-40. Já são 35 de um total de 39 plataformas da região que estão na luta para reverter as demissões na Fafen-PR. Diante da ofensiva reacionária contra a paralisação, é necessário radicalizar o movimento, ocupando as unidade de produção e incorporando os terceirizados a luta direta contra o desmonte da empresa. Os terceirizados tem uma pauta própria de reividicações dentro do marco da luta em curso e são o setor mais explorado na cadeia de produção petroleira, sua adesão é fundamental para a vitória do combate. Ao mesmo tempo, é preciso exigir da CUT, CTB e Intersindical a convocação da Greve Geral de todos os trabalhadores para que esta luta isolada dos petroleiros não seja derrotada e tenha o mesmo desfecho das greves setoriais que ocorreram na França que se esvaíram sem derrotar a reforma neoliberal do governo Macron. Somente com a ampla unidade da classe trabalhadora, do campo e da cidade, derrotaremos o governo neofascista Bolsonaro/Guedes e seu plano de privatizção da Petrobras!