domingo, 23 de fevereiro de 2020

IVÁN DUQUE UM TÍTERE DE TRUMP: ELN DA COLÔMBIA CONVOCA UMA “GREVE ARMADA” EM SOLIDARIEDADE ÀS PARALISAÇÕES DOS TRABALHADORES CONTRA A VIOLÊNCIA ESTATAL


O ELN (Exército de Libertação Nacional), organização guerrilheira que não compactuou com o “Pacto de paz e desarmamento” celebrado entre o governo do presidente Manuel Santos e as FARC, iniciou uma “greve armada de 72 horas” em apoio ao movimento social paredista que está em andamento na Colômbia.No final da semana passada educadores colombianos iniciam uma greve nacional de 48 horas para manifestar sua rejeição à violência estatal, a iniciativa da convocação da greve foi tomada pela Federação de Trabalhadores da Educação (Fecode). A ofensiva armada do ELN foi convocada em 14 de fevereiro, os guerrilheiros exigiram a interrupção das atividades de transporte e o fechamento das lojas. O ELN apelou à população para evitar o risco de baixas civis.A operação militar do ELN foi um grande sucesso nos territórios sob a influência dos guerrilheiros. O exército colombiano não pôde responder efetivamente.  Em muitos casos, o exército e a polícia entrincheiraram-se em seus quartéis e delegacias de polícia enquanto aguardavam o fim do ataque armado.Durante a “greve”do EON os guerrilheiros realizaram uma série de ataques a várias infra-estruturas.  Duas rodovias que ligam Bogotá e Medellín à cidade foram completamente cortadas.  Durante esta operação, cinco policiais ficaram feridos.Também foi realizado um ataque a bomba em Cúcuta, no qual um soldado foi ferido.  Os motoristas de ônibus e caminhões se recusaram amplamente a usar a Rodovia Pan-Americana, devido ao seu controle pelo ELN, isso reduziu bastante o tráfego entre Cali e Equador.Objetivos privados também foram identificados.  A companhia de petróleo Ecopetrol foi forçada a fechar o oleoduto “Caño-Limón Coveñas” após repetidos ataques a bomba.Um soldado também morreu em confrontos no Catatumbo.  Além disso, seis policiais foram feridos por uma bomba entre Pelaya e El Burro e a estrada entre Catatumbo e Cúcuta foi percorrida.Mas o maior sucesso da guerrilha, sem dúvida, foi no departamento de Arauca. A capital da província foi transformada em uma verdadeira cidade fantasma;  as forças de segurança respeitavam as exigências dos guerrilheiros e não abandonavam seus quartéis. O atual governo do reacionário Iván Duque, um marionete ultra direitista da Casa Branca, vem enfrentando uma avalanche de protestos nacionais, que inclusive desembocaram em uma greve geral no final do ano passado. Este ano os professores saíram na frente com a greve, recebendo o apoio do ELN, que batizou sua ofensiva militar como sendo uma “paralisação”. Os Marxistas Leninistas não concordam programaticamente com a estratégia do “foco guerrilheiro” incapaz de isoladamente por abaixo o Estado Burguês, porém não condenamos as iniciativas do ELN que se enfrentam militarmente com o governo Duque, títere do presidente Trump. A iniciativa de demonstrar solidariedade com as lutas sociais urbanas e greves sindicais, por parte do ELN, deve ser saudada por todos os Revolucionários que não fazem apologia do regime da “Democracia dos ricos”. Porém é necessário apontar que somente a classe operária colombiana poderá ser a vanguarda política do processo de profundas transformações sociais que o país necessita para libertar seu povo do jugo do capital imperialista.