quarta-feira, 29 de abril de 2020

ESQUERDA “ON LINE” COM A BURGUESIA: GRUPO RESISTÊNCIA DEFENDE “URGÊNCIA” PARA FAZER ATO COM “FHC, MAIA E ALCOLUMBRE”


O grupo Resistência (PSOL) vem se especializando nessa pandemia em ser um apêndice da burguesia no interior da esquerda. Valério Arcary orientou sua corrente a ter uma política de aberta colaboração de classes em meio a avanço do Coronavírus, defendendo inclusive uma frente ampla com figuras abjetas da classe dominante que em seus governos e mandatos atacaram os trabalhadores e suas organizações políticas e sindicais. Sob o pretexto de debater o caráter do vergonhoso ato de 1º de maio virtual em que a CUT e as demais centrais convocaram FHC, Maia e a Acolumbre para fazer um “live”, Esquerda “on line” (EOL) defende a urgência de se propor atos e ações com esses golpistas neoliberais: “Nesta conjuntura, diante da política fascista de Bolsonaro cuja finalidade é fechar o regime e acabar com as poucas liberdades democráticas, somos a favor de unidade de ação com setores da burguesia. Mais: achamos que ela é necessária e urgente. Mas isso se faz em base a um ponto de acordo: a defesa das liberdades democráticas e contra qualquer tentativa de golpe de Bolsonaro. Portanto, com este ponto de acordo, somos a favor da unidade com FHC, Maia, Alcolumbre, governadores, enfim todos e todas que se posicionem contra Bolsonaro e seu governo fascista. Inclusive é correto fazer atos, além de outras ações unitárias com esses setores”. A questão é: FHC, Maia e Alcolumbre defendem as liberdades democráticas para os trabalhadores? A resposta é simples: absolutamente não! Ao contrário, são adversários de que os trabalhadores se organizem de forma independente contra o fechamento do regime burguês ontem e hoje, como podemos citar em vários exemplos e momentos históricos: na greve petroleira de 1995 atacada pelo Exército por ordem de FHC ou na repressão recente aos protestos no Congresso Nacional ordenadas pelos presidentes da Câmara e do Senado. Para melhor camuflar sua política de traição, EOL apenas alega que o 1º de Maio não seria o “melhor momento” para expressar essa amplíssima unidade, afirmando: “Há várias possibilidades para que se realize um ato de 1º de Maio da classe trabalhadora e outro amplo pelas liberdades democráticas”. De fato “o diabo mora nos detalhes”, Valério e seu grupo revisionista defendem uma unidade “urgente com a burguesia” para além do ato de 1º de maio, reivindicam todo um programa político de conciliação estratégico, pintando inimigos de classe como aliados dos trabalhadores! Tanto que declaram: “Isso não significa secundarizar a unidade de ação ampla contra Bolsonaro. É correto as centrais, partidos e outras entidades da população oprimida fazer com urgência ato com FHC, Maia, Alcolumbre,  governadores e quem mais estiver a favor das liberdades democráticas. Mas que ocorra em momento separado do ato programático do 1º de Maio”. Esses políticos tradicionais citados por Esquerda “On Line”, conhecidos por ordenar a repressão ao movimento operário em suas gestões governamentais e em seus mandatos parlamentares são aliados de Bolsonaro nos ataques a nossa classe, investidas não só no "programático" terreno econômico e político, mas também no campo das próprias liberdades democráticas: ou não foram tucanos e demistas a reacionária base político-partidária do golpe parlamentar de 2016, da famigerada operação Lava Jato orientada pelo Departamento de Estado ianque e do apoio ao Juiz noefascista Moro na perseguição a esquerda, inclusive ao PT e Lula? Não foram esses canalhas que abriram o caminho para o neofascista instalado no Planalto? O que fica evidente é que Valério e seu séquito revisionista segue domesticadamente a política da direção do PSOL e do próprio PT, que almejam construir com esses setores uma frente ampla eleitoral para enfrentar Bolsonaro e Moro nas eleições de 2022, usando o presidente neofascista para justificar essa unidade com os piores “demônios” da burguesia. De nossa parte não somente denunciamos o ato virtual da CUT como os políticos burgueses (não esqueçamos dos fascistóides Dória e Witzel) neste 1º de Maio, como alertamos também que Esquerda “On Line” está “ligada 24 horas no ar” ao que pior existe no movimento operário, abandonou o trotskismo para ser um apêndice político e material de figuras como Ivan Valente e Marcelo Freixo dentro do PSOL, camaleões políticos que são mestres reformistas em obstruírem a luta pela construção de uma alternativa revolucionária a Bolsonaro e a Frente Popular!