sexta-feira, 24 de abril de 2020

MORO “PULA DO BARCO AFUNDANDO” CAPITANEADO POR BOLSONARO: BURGUESIA COMEÇA A RIFAR O MENTECÁPTO NEOFASCISTA E SEU CLÃ


Sérgio Moro acaba de anunciar sua saída do governo Bolsonaro. O agora “ex-superministro” e chefe da “República de Curitiba” era a peça chave da gestão do neofascista como o BLOG da LBI pontuou exaustivamente, porém foi forçado a deixar neste momento o cargo após Bolsonaro mudar o diretor-geral da PF a sua revelia. O Palácio do Planalto tomou essa decisão depois que o Procurador-Geral da República (PGR), Augusto Aras, pediu que o STF abrisse inquérito e acionasse a PF com o objetivo de investigar a convocatória dos atos do final de semana passado que pediram o fechamento do Supremo, do Congresso Nacional e a edição de um novo AI-5. Alexandre de Moraes, do STF, atendeu ao pedido de Aras e abriu investigação para apurar atos pró-golpe, alegando “fatos em tese delituosos sobre a suposta participação de deputados na organização dos protestos”, se referindo claramente a Eduardo Bolsonaro. Como Maurício Valeixo, braço direito de Moro na PF, iria levar a frente essa investigação policial contra um membro do clã, Bolsonaro se antecipou no sentido de ter no comando da PF um homem de sua confiança. O objetivo foi proteger seus filhos que comandam o chamado “gabinete do ódio”, na verdade as hordas neofascistas e pentecostais que são a base do Bolsonarismo. Lembremos que Valeixo comandou a Dicor (Diretoria de Combate do Crime Organizado) da PF e foi Superintendente da corporação no Paraná, responsável pela famigerada Operação Lava Jato. O movimento de Moro e do próprio Aras, para além das “escaramuças” no interior da gestão neofascista, releva o que já estava ficando evidente, no que foi pontuado pela LBI: o grosso da burguesia começou a rifar definitivamente o mentecápto e seu clã no curso da Pandemia. Vale registrar também que o ministro Gilmar Mendes, do STF, deve negar nesta sexta (24) o pedido do deputado Eduardo Bolsonaro para que a CPMI que investiga fake news seja suspensa. Ao abandonar o barco afundando, o ex-juiz da Lava Jato dá um salto de qualidade nesse processo de perda de apoio de Bolsonaro no seio da elite dominante. Não por acaso, o ministro da economia, Paulo Guedes, o estafeta dos rentistas, também vem sendo escanteado por Bolsonaro, como vimos no anúncio (mal) chamado do “plano de recuperação econômica” (Pró-Brasil). Enquanto a besta presidencial fascista desfiava diariamente seu rosário de asneiras em plena Pandemia, coube a Moro a tarefa de respaldar juridicamente este regime, levado ao poder pela imensa articulação da famigerada operação “Lava Jato”. Na outra ponta o estafeta dos rentistas Guedes vem levando a cabo integralmente o ajuste neoliberal exigido pela banca financeira internacional. Esse tripé de sustentação da gestão de Bolsonaro chegou ao fim hoje, cuja gestão moribunda cada vez mais se aproxima dos escroques corruptos e fisiológicos do chamado "Centrão", em uma prova evidente que seu fim se aproximada pela ação da própria classe dominante! Bolsonaro ainda permanece formalmente no cargo da presidência devido a sua tutela política pelo alto-comando militar. Por outro lado, a burguesia já busca catapultar um novo núcleo de poder nesta fase acelerada de transição no interior da elite capitalista nacional. Frente a esse quadro de fim prematuro do governo burguês de plantão, cabe ao movimento operário e popular aproveitar a “crise nas alturas” como nos ensinou Lenin e organizar os “de baixo” para implodir através da luta direta revolucionária o poder burguês e suas instituições, ação de massas que desgraçadamente vem sendo sabotado pela política de colaboração de classes do PT e da CUT!
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