quarta-feira, 8 de abril de 2020

O DIREITISTA DÓRIA E A ESQUERDA REFORMISTA MANDAM “FIQUE EM CASA”...  MAS QUANDO O POVO SAI ÀS RUAS “EM AGLOMERAÇÕES” A PM REPRIME: O QUE FAZER? POR COMITÊS DE AUTODEFESA PARA COMBATER A PANDEMIA E A REAÇÃO NEOFASCISTA!


O direitista governador de São Paulo, João Doria (PSDB) anunciou nesta segunda-feira (06.04) que as pessoas que desrespeitarem a Quarentena e fizerem aglomerações nas ruas do estado serão advertidas e orientadas, mas que se insistirem poderão ser presas pela Polícia Militar. De acordo com o governador, a Polícia Militar de São Paulo está autorizada a agir para evitar aglomerações nas ruas, primeiro com advertência e orientação, e depois com medidas coercitivas. A declaração foi dada durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes que estendeu a quarentena em todo o estado até o dia 22 de abril. “A Polícia Militar de São Paulo está autorizada para agir para evitar aglomerações, primeiro com advertência e orientação, inclusive com automóveis que possuem gravações que já foram feitas para orientar a dispersão das pessoas e que elas retornem a suas casas e fiquem em casa. A primeira medida será orientativa. Eu tenho convicção de que as pessoas seguirão a orientação. Até porque se não o fizerem, a segunda etapa será a de medidas coercitivas, podendo penalizar essas pessoas com as penas previstas em lei, que vão inclusive à prisão”. Ele aproveitou para dar aval aos prefeitos para usar a força para dispersar aglomerações usando a guarda municipal. Trata-se de uma clara medida de fechamento do regime! Enquanto a esquerda reformista sob o comando do PT e do PSOL ecoa as ordens de Dória do “Fique em casa”, a burguesia organiza seu aparato repressivo preventivamente para reprimir os trabalhadores e o povo pobre que devem sair à luta em breve para sobreviver, já que a grande maioria dos explorados tende a ficar sem comida e dinheiro, em um quadro de desemprego crescente. Os capitalistas sabem que se aproxima uma nova etapa da luta de classes no país, tendo inclusive em um horizonte próximo a radicalização das lutas e protestos populares espontâneo nas grandes cidades brasileiras em função da miséria que se alastra em proporções gigantescas, mobilizações que já vem ocorrendo nos EUA e na Itália. Em São Paulo, a Polícia Civil passou a fazer rondas noturnas após uma onda de saques a mercados. Após registrar ao menos três saques a supermercados nos últimos dias, a cúpula da Secretaria de Estado da Segurança Pública de São Paulo decidiu reforçar o policiamento preventivo das ruas da capital e região metropolitana com equipes especiais da Polícia Civil. Por regra, o policiamento ostensivo nas cidades paulistas é feito pela Polícia Militar, em algumas delas conto também com a participação das guardas municipais. Os agentes da Polícia Civil, por sua vez, normalmente se deslocam em viaturas quando estão em investigações de crimes ou em operações especiais. Elas devem ser realizadas por equipes especializadas como Deic (crime organizado), Denarc (narcóticos) e do DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania). Desde o início da semana, a Polícia Militar já vem desenvolvendo um esquema especial de policiamento, tendo como uma das preocupações centrais tentar evitar saques e depredações de estabelecimentos comerciais como supermercados e farmácias. Em resumo, as polícias estaduais protegem os capitalistas que abrem suas empresas e estabelecimentos comerciais explorando os trabalhadores e não provendo sequer os locais de trabalhado das mínimas condições de limpeza e higiene, ao mesmo tempo ficam de prontidão para reprimir ainda mais duramente o povo trabalhador! É necessário superar a política de colaboração de classes da Frente Popular, o que passa por ir além dos panelaços contra o governo neofascista de Bolsnaro e de seus “ex-aliados”, Witzel e Dória, convocando uma verdadeira jornada nacional de protesto e lutas, coordenada e unificada pelas centrais e sindicatos, associações de moradores, movimentos populares como UNE, MST e MTST, que paralise as categorias que estão trabalhando em unidade com os setores sociais explorados que se encontram em casa, os servidores públicos, a juventude estudantil, os desempregados e mesmo os marginalizados que povoam ruas, praças e calçadas, estes últimos sem qualquer proteção social. Deve-se lutar pela estabilidade no emprego, pagamento integral dos salários, nenhuma demissão, benefícios sociais do INSS para todos que precisam! Entra-se na ordem do dia a unificação da luta ativa, organizando a puteza dos explorados e oprimidos através de comitês de auto-defesa nos bairros e locais de trabalho para combater a Pandemia e a reação fascista que tem no tucano Dória um de seus pontas de lança.