quinta-feira, 9 de abril de 2020

PETROMONARQUIA DA ARÁBIA SAUDITA ATACA CENTROS DE QUARENTENA DO COVID-19 NO IÊMEN: APÓS CINCO ANOS DE GUERRA, REAFIRMAMOS NOSSO APOIO A RESISTÊNCIA HOUTHIS NA LUTA POR DERROTAR RIAD E O IMPERIALISMO IANQUE!


A Petromonarquia reacionária que comanda a Arábia Saudita e seus aliados, apoiados pelo imperialismo ianque, atacaram centros de quarentena no Iêmen, minando os esforços para evitar o combate ao surto de coronavírus. Não por acaso, a Casa Branca cortou a ajuda financeira ao Iêmen apesar do surto de COVID-19. O Comitê Superior de Combate às Epidemias do Iêmen informou na quarta-feira (08.04) que a Arábia Saudita realizou um ataque perto do centro de quarentena da escola Al-Mahjabah em Afar, localizada na província de Al-Bayda, e outra perto da quarentena do estacionamento de motoristas locomotivos próximo de Afar. Por meio de comunicado, o comitê condenou a agressão saudita, ressaltando que esses ataques ocorrem como parte das tentativas da monarquia árabe e de seus aliados de espalhar o novo coronavírus, conhecido como COVID-19, no Iêmen, que até agora não teve mortos no país por causa da Pandemia. A nota diz que os aviões de guerra sauditas haviam lançado ataques perto da zona de quarentena em Al-Salif, na província de Al-Hudayda. Ele também acrescenta que a recente multiplicação de vôos por Riad e a deportação de iemenitas da Arábia Saudita fazem parte dos planos do reino árabe de introduzir o vírus no Iêmen. Por outro lado, o ministro da Saúde do Iêmen, Taha al-Mutawakel, denunciou no final de fevereiro passado que os Emirados Árabes Unidos (EAU), um aliado dos Al Saud em sua agressão ao Iêmen, pretendem enviar pacientes infectados com o coronavírus em seu país. Em meio à pandemia do COVID-19, Riad continua boicotes, conflitos e assassinatos de iemenitas após cinco anos  (2015) de guerra contra o Iêmen, que até agora deixou mais de 100 000 mortos. O líder do movimento popular Ansarollah do Iêmen, Abdulmalik al-Houthi, culpa os Estados Unidos pelo surto do vírus COVID-19 em todo o mundo. “Alguns países manipulam e fabricam vírus para usar contra seus inimigos. EUA e outros países têm grandes laboratórios, onde podem fabricar vírus letais”, alertou o líder de Ansarolá e ainda declarou: “Os americanos, os israelenses e seus parceiros não têm medo de usar vírus mortais, como o COVID-19, nem armas destrutivas e proibidas contra seres humanos”. Ele também classificou o anúncio de uma trégua feito pela Arábia Saudita para esta quinta-feira, 9, como uma estratégia para se fortalecer por causa de seus contínuos fracassos contra as forças iemenitas. “Esta é uma manobra simples, que visa reorganizar suas fileiras após as últimas derrotas no Iêmen”. Por sua vez, o Presidente do Conselho Político Supremo do Iêmen, Mahdi al-Mashat, já havia argumentado que Riad e seus aliados serão totalmente responsáveis ​​pelas repercussões resultantes da continuação do bloqueio e por qualquer possível vazamento de COVID-19 em seu país, para através dos portos terrestres, aéreos e marítimos que ocuparam. O conflito no Iêmen também explica por que o surto de cólera ocorreu no país mais pobre do mundo árabe. As autoridades iemenitas atribuem a propagação desta doença ao bombardeio biológico lançado pelo regime de Al Saud e seus aliados. Os atentados destruíram o sistema de água e saneamento, agravaram a situação econômica do país e tornaram inúteis os centros de saúde. Além disso, o lixo se acumula nas ruas. Sem um sistema adequado de água e saneamento, a cólera se espalha rapidamente. Sem centros de saúde ou recursos financeiros, nada pode ser feito diante de uma emergência de saúde das características desta doença, além da escassez de médicos e medicamentos, o que apenas complica ainda mais a situação. 5 anos após o início da guerra em 2005, os Marxistas Revolucionários reafirmam que se postam na frente única de ação com as forças nativas que se colocam contra a investida dos EUA, Israel e da Arábia Saudita, principalmente por que esta ofensiva está direcionada estrategicamente contra o Irã, que apoia os Houthis. 

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A milícia xiita Houthis foi alvo dos bombardeios e deve ser defendida. Ainda que não tenhamos a menor identidade programática com esse grupo, muito pelo contrário, denunciamos seu programa reacionário, teocrático e burguês, nos postamos em seu campo militar na medida em que se enfrentam com a agressão imperialista e no calor do combate buscamos forjar uma alternativa proletária e comunista no Iêmen. No caso específico do Iêmen, os comunistas revolucionários devem postar no campo militar da milícia Houthis que se opõem à investida neocolonialista e buscam paralelamente forjar a construção de um partido revolucionário internacionalista, porque uma vitória do imperialismo no Iêmen fortalece seu domínio sobre a região, favorecendo seus planos de atacar a Síria e o Irã. O eixo central da atuação dos marxistas leninistas na região continua a ser a frente única de ação com todas as forças que combatam concretamente pela derrota militar da OTAN e o enclave de Israel, no campo de luta da Palestina, Líbano, Síria e Irã.